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Mais uma grande atuação de um Flamengo que voltou a ser gigante


30 minutos do segundo tempo e, diante de um estádio lotado, um Flamengo muito superior e com amplo domínio das ações, toca a bola com relativa tranquilidade diante de um adversário que já perde por 2×0 e parece bem mais interessado em evitar o terceiro gol do que em buscar qualquer tipo de reação.

Parece o roteiro de uma vitória tranquila diante de uma Cabofriense da vida, durante uma Taça Guanabara que fosse, numa dessas tardes ensolaradas de Maracanã. Mas não, estamos falando do jogo de ida das quartas de final da Libertadores, estamos falando de uma partida fora de casa, estamos falando de um duelo contra o Corinthians, segundo colocado do Campeonato Brasileiro.

Leia do mesmo autor: Só faltou o gol para o Flamengo. Infelizmente ele é a coisa mais importante

Porque nesta terça-feira o Flamengo, como já aconteceu algumas vezes desde a chegada de Dorival Junior, conseguiu transformar em fácil algo que tinha todo o potencial para ser um tanto quanto complicado.

Enfrentar, fora de casa, um dos times de maior torcida do país, diante de um estádio lotado? É uma tarefa das mais complexas, a não ser que você tenha em campo Giorgian de Arrascaeta, um homem que não precisa nem olhar pro gol pra acertar um chute na gaveta, provavelmente o maior meia em atividade no futebol sulamericano, um camisa 10 tão habilidoso que entra em campo com a camisa 14 pra driblar os adversários até na numeração.

Perdeu quando tava fácil pra decidir na hora que tava complicado
Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Abrir vantagem já na primeira partida contra um postulante ao título brasileiro, uma equipe com cinco pontos de vantagem sobre o Flamengo no atual momento? Não soa viável para muitos times, ainda mais para os que não tem em campo Gabigol, um homem cuja patologia é vencer, cujo crime – além da presença em cassinos clandestinos, claro – é se importar demais, um atacante pra quem toda crítica é combustível, pra quem toda provocação é mais um estímulo na busca pelo gol.

Porque tudo no confronto de hoje indicava uma partida das mais equilibradas, até a hora em que Éverton Ribeiro decidiu desequilibrar, até o momento em que mesmo Rodinei e Léo Pereira resolveram que era hora de jogar futebol a sério, até aquela altura do jogo em que David Luiz, nosso zagueiro, resolveu dar um drible absurdo no ataque e quase marcar um golaço para finalmente cumprir sua promessa de dar alegria para seu povo.

O sorriso de quem começou o ano de 2022 no Ceará e já pensa em começar 2023 na Seleção Brasileira
Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

O que o Flamengo fez hoje, dominando absolutamente a partida contra um adversário extremamente qualificado e que se encontra entre os melhores do país, foi mais um passo na jornada dessa equipe rubro-negra que parece ter, após um começo de temporada confuso, instável e profundamente desanimador, sob o comando de Dorival Junior, encontrado uma forma de jogar que, apesar de não tão inovadora, não tão ousada, não tão disposta a colocar Éverton Ribeiro na ala esquerda como fazia Paulo Sousa, parece potencializar o elenco que possuímos e proporcionar a base necessária para voos mais altos.

Porque é evidente que nada está garantido. Temos um jogo da volta pela frente, temos meio Campeonato Brasileiro, temos um cenário até bem desfavorável contra o Athletico-PR pela Copa do Brasil. Mas vendo vitórias maiúsculas como a de hoje, vendo a franca evolução da equipe, e notando que saímos de um time cujos titulares não funcionavam para uma equipe que pode ter Vidal e Cebolinha na reserva, a sensação é de que cada vez mais esse Flamengo, que sempre teve potencial pra ser imenso, decidiu acordar e voltar a ser gigante. Que ele continue assim.

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