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Mais jovem a fazer 100 gols no Brasileiro, Gabigol mira marca de Dinamite


Titular absoluto do “time das Copas” e muitas vezes poupado quando joga o “time do Brasileirão”, Gabigol tem motivos históricos para querer voltar logo a atuar no torneio nacional no clássico contra o Fluminense, amanhã, às 16h, no Maracanã. Suspenso do último jogo do Flamengo, contra o Goiás, domingo passado, o atacante marcou seu gol número 100 na competição na última vez que atuou, diante do Ceará. Foi o 16° jogador a atingir a marca, e bateu um recorde: foi o mais jovem a conseguir.

Com 26 anos e 5 dias, Gabriel Barbosa superou Roberto Dinamite por 19 dias. E, se a marca já diz muito sobre a história que o atacante do Flamengo construiu na competição até aqui, o adversário batido ajuda a entender o que o camisa 9 rubro-negro ainda pode aprontar no futuro. É que Dinamite é, simplesmente, o maior artilheiro da história do Brasileirão, com 190 gols. Hoje com 100, Gabigol parece ter fôlego para, no mínimo, pensar que pode chegar lá.

O atacante já é um ídolo consolidado no Flamengo e tem uma experiência em grandes europeus. Com 26 anos, uma permanência sólida por mais alguns anos no clube não é algo impossível e seria parte fundamental do projeto de se tornar o maior goleador do maior campeonato no país. Para isso, porém, Gabigol tem que aumentar sua média de gols por jogo.

Apesar de ter se tornado o mais jovem jogador a atingir 100 gols na competição, ele precisou de 213 jogos para isso, uma média de 0,46 por partida. Dinamite atingiu a marca em 167 jogos, com quase 0,6 gols por jogo. Curiosamente, porém, 0,6 por partida é a média de gols de Gabigol pelo Flamengo no Brasileirão desde que estreou, em 2019. O início da carreira no Santos é que joga seu número para baixo. Se conseguir manter esse patamar rubro-negro nos próximos anos, o camisa 9 precisaria de mais cinco temporadas para chegar ao recorde de Dinamite. Se não conseguir, aos 31, teria ainda mais caminho pela frente. O último gol do ídolo vascaíno pelo Brasileirão foi marcado aos 35 anos, na edição de 1989. Ele ainda jogou até a edição de 1992.

Antes disso, porém, é possível vislumbrar Gabigol atingindo outros recordes no Brasileiro: faltam apenas 16 gols para entrar no top-10 geral e, mesmo com 169 jogos e dez edições do torneio a menos, só 30 gols o separam de Diego Souza, do Grêmio, maior artilheiro em atividade. Wellington Paulista, do América-MG, em fim de carreira como Souza, é outro atrás dessa marca.

Apesar dos números deslumbrantes, recordes batidos e a bater, Gabigol está longe de ter uma boa média histórica, o que mostra como a história do Campeonato Brasileiro é marcada por grandes goleadores. Entre os 16 que chegaram a 100 gols, a média do rubro-negro (0,46 por partida) só é maior que a do próprio Diego Souza, Wellington Paulista e Paulo Baier (0,26 cada), e de Alecsandro (0,35) se comparada com cada jogador no momento em que fez o seu centésimo gol pela competição. Serginho Chulapa detém esse recorde: quando fez 100 gols pelo São Paulo no Brasileirão de 1982, tinha 117 jogos: média de 0,85 por jogo. A média cai para 0,69 ao fim da carreira, mas é insuperável entre os 16 jogadores que fizeram mais de 100 gols.

Voltemos aos números: Gabigol tem média de 0,46 por jogo no Brasileirão, e 0,6 jogando a competição pelo Flamengo. Em 2022, porém, essa média desaba para 0,3 se levarmos em conta os 7 gols em 23 jogos na edição deste ano.

Dois fatores levam a conta para baixo: Gabigol divide agora o protagonismo de fazer os gols com Pedro, também com sete gols em 20 partidas. Com o sucesso do Flamengo nas Copas, o camisa 9 vem sendo menos utilizado no Brasileiro, diminuindo suas chances de bater o recorde de Dinamite.

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