Em entrevista exclusiva à
ESPN
, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, falou sobre a troca de Paulo Sousa por Dorival Jr. e o efeito que surtiu a mudança no clube
Depois de um período turbulento na temporada 2022, o
Flamengo
vive momentos de tranquilidade antes do jogo contra o
Vélez Sarsfield
pela semifinal da
Conmebol Libertadores
. A partida, que terá transmissão exclusiva
pela ESPN no Star+
, nesta quarta-feira (31), às 21h30, por si só já é histórica para o clube da Gávea.
É a terceira semifinal do Flamengo nos últimos quatro anos atuando na Libertadores, todos sob a gestão do presidente
Rodolfo Landim
. Campeão em 2019 e vice em 2021, o
Rubro-Negro
tenta mais uma decisão. E o mandatário conversou com exclusividade com a reportagem da
ESPN
e não escondeu a felicidade pelo feito.
“Muito feliz. A gente está no trabalho desde 2019. Terceira semi em quatro anos é algo inédito na história do Flamengo. A gente sempre acreditou no trabalho. Em termos de Libertadores, fomos muito bem, pontuação alta”, disse Landim, alertando para os perigoz de uma semifinal.
“A gente sabe que cada jogo é uma batalha, vai ficando mais difícil.
A gente chega confiante para o jogo contra o Vélez, com esperança de um bom jogo para ir à final
“, completou.
Para chegar ao duelo de semifinal, o Flamengo precisou corrigir uma importante rota até aqui. Trocou
Paulo Sousa por Dorival Jr
.. Algo que foi muito maior do que uma simples troca no comando técnico.
A metodologia de trabalho do português não casou com o elenco. Choques aconteceram no Ninho do Urubu e o fim do ciclo se tornou algo natural ao longo da curta passagem. Sincero, Landim afirmou que Paulo Sousa tinha uma ideia de jogo definida e fazia com que os atletas tivessem que se moldar a esse propósito, mesmo que fosse diferente daquilo que muitos já tinham feito e com sucesso no clube.
“Teve (uma correção de rota). Na verdade, a gente, ao longo do nacional, começou muito abaixo do que tinha como expectativa.
Correções de rumo tiveram que ser feitas
. Foi necessário uma avaliação. É sempre difícil quando monta um processo, se o trabalho vai recomeçar com outras pessoas à frente. É complicado. Correções de rumo que tentavam ser feitas não eram conseguidas. Fizemos.
O time está melhorando, sequência de vitórias. Nada disso garante o sucesso, temos que provar a cada dia.
”
“Para quem conheceu (o Paulo), é uma pessoa com muita experiência com jogador, vencedor, saiu do futebol e foi estudar. A equipe que ele tinha ao lado era formada por pessoas com nível de formação muito bom.
Tinha tudo para dar certo. Mas os resultados não vieram. Quando nao ocorre, tem que ter mudança re rumo. E isso foi feito
“.
“Não deu certo porque não deu certo. O Paulo Sousa tinha lá as suas convicções. Para mim, percebia que ele tinha esquema de jogo, que montava, ele entendia que era aquele. Queria que os jogadores se adaptassem ao que ele propôs para a partida. Não sei, isso acabou não dando certo. A gente tem muito sucesso, deixa nossos jogadores livres no que melhor conseguem produzir, o jogo encaixa.
A gente via que o posicionamento por aqui, mudar jogador, até dificuldade dos jogadores entenderem
. Eles não tinham conseguido assimilar. Teve todo um período de adaptação, a verdade é que não funcionou. Jogos onde tivemos o melhor desempenho na Libertadores, tivemos menos mudança do jeito histórico de jogar.”
Tudo muda com Dorival
Desde que chegou, Dorival transformou o Flamengo. Internamente, resolveu a questão do ambiente e trouxe uma paz que não existiu com Paulo Sousa. Em campo, adotou o simples e colheu frutos.
Landim acredita que o diferencial foi conhecer o clube para acelerar a adaptação. Para ele, o trabalho tem sido fantástico.
“Procuramos um técnico que já conhecesse bem o elenco do Flamengo. A gente nao tinha muito tempo para adaptação.
Fomos afortunados na escolha do Dorival, conhece a casa, o trabalho no Ninho. O fato de ter passado lá em 2018 ajuda. Ele vem conduzindo de forma brilhante
“, finalizou.
