A edição de quarta-feira do
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antevia que era impossível apostar todas as fichas no Flamengo sob a batuta de Renato Portaluppi. Salvo o talento óbvio do elenco, o Rubro-Negro, que também sofre com lesões, vinha desmoronando.
Na noite de ontem, diante de 30 mil torcedores no Maracanã, o Flamengo foi uma bagunça em campo. E, mais uma vez, com o dedo do treinador, que inexplicavelmente sacou Michael do time titular para colocar Diego Ribas e, de quebra, alterando o posicionamento de Andreas Pereira.
Melhorou no segundo tempo pela necessidade de tentar reverter o placar, mas fruto principalmente da qualidade técnica dos jogadores.
O Athletico, que com muitos méritos mudou de patamar na última década, não precisou ser brilhante: teve intensidade para marcar a saída de bola, ótima movimentação da dupla formada por Renato Kayser e Nikão para aproveitar os enormes buracos nos contra-ataques e, quando o adversário conseguia pisar em sua área, teve a segurança do ótimo goleiro Santos.
Renato ainda tem a final da Libertadores no fim de novembro, contra o Palmeiras, mas até lá terá o seu trabalho avaliado sob uma lupa, ainda mais com poucas chances de lutar pelo tricampeonato brasileiro.
A comparação não é com o mágico time de Jorge Jesus, mas até mesmo com Rogério Ceni, seu antecessor, que ao menos mantinha um esquema mais organizado e menos dependente de improvisos. O ano ainda pode acabar em festa para o Flamengo, mas o que parecia fato consumado se tornou uma roleta russa.
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Marcelo Cortes / Flamengo
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