A Globo distribui R$ 400 mi entre os clubes do Brasileirão pelas assinaturas do Premiere FC, pay-per-view da competição. Mas a divisão do dinheiro das cotas de televisão incomodam os rivais. Isso porque o time da audiência, o Flamengo, recebe mais que os outros clubes, como acontece geralmente.

Mas a audiência não é o único motivo para o Mengão receber mais que os rivais. O clube tem o mecanismo do ‘mínimo garantido’ ativado em contrato e, por isso, recebe praticamente o dobro do que receberia normalmente. Todos os clubes tem direito a essa cláusula, mas a maioria prefere o adiantamento das cotas, perdendo o direito ao benefício. Por isso, os rivais recebem ainda menos do que poderiam por precisarem do dinheiro rápido, coisa que o Mais Querido não precisa por conta de sua boa situação financeira.

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Mas em seguida, o profissional explica justamente sobre o mínimo garantido e, depois de se mostrar contrário ao valor recebido pelo Mengão alegando discrepância, ele mesma explica que os clubes perdem o direito ao benefício por conta do adiantamento.

Veja a explicação do jornalista:

“O que significa o ‘mínimo garantido’? Desde 2019, Flamengo e Corinthians têm esse item em contrato. Enquanto os outros times dependem da arrecadação anual dos pacotes para extrair suas porcentagens, o Rubro-Negro e o Timão independem disso e têm valores corrigidos pela inflação. Tratando-se dos rivais cariocas, o Vasco ganhará R$ 27,2M, o Fluminense receberá R$ 13,9M e o Botafogo R$ 12,6M. Total: R$ 53,7M, quantia praticamente 3x menor do que os Rubro-Negros. Na Série B, o Grêmio também tem o mínimo garantido em contrato e vale lembrar que alguns times poderiam ter optado por isso, mas preferiram fazer a antecipação de receitas e perderam esse direito”, explica Pedrosa, sem se dar conta que estava respondendo seu próprio questionamento.

O jornalista ainda continua o discurso vitimista:

“A diferença de valores é assustadora e, com a tendência da diminuição da venda dos pacotes de PPV, os times que não possuem o mínimo garantido vão ganhar ainda menos, enquanto Flamengo e Corinthians seguirão ganhando o mínimo com correção. Desequilíbrio financeiro, pelo menos até 2024 (último ano dos times com contrato com a Rede Globo), só aumentará. A criação da liga, em moldes mais justos, é urgente dentro do futebol brasileiro. Não por um clube ou outro. Mas como produto de potencial que é o futebol brasileiro”, conclui.

Distribuição de cotas que é benéfico ao Flamengo passou a vigorar em 2019

O sistema de cotas de televisão mudou em 2019. Algumas cláusulas, como a ‘paraquedas’, foram abolidas. Por isso, os times rebaixados não levaram a melhor com essa mudança, já que a cláusula permitia que os grandes clubes tivessem manutenção de cota em caso de queda.

As mudanças foram boas para quem está em ascensão. Além do tamanho da torcida, o bom momento do clube também entra na jogada. O recorte do montante final das cotas de televisão desde 2019 é 40% igualitário, 30% por posição e 30% por exibição por TV fechada, aberta, pay-per-view e placas de publicidade. Ou seja, quanto melhor colocado, mais dinheiro recebe ao fim do torneio. O campeão recebe ainda mais em cotas de TV. Em 2019, por exemplo, o Rubro-Negro recebeu o total de R$ 329 mi por ter sido campeão.

O Mengão, com o mínimo garantido, recebe 19% da bolada total da distribuição de cotas entre todos os times do Brasileirão e frustra os rivais que querem ganhar parecido. No entanto, foi a gestão flamenguista que fez com que o clube chegasse até o nível que chegou. Enquanto isso, os rivais seguem precisando de adiantamentos e recebendo menos que o Mais Querido.

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