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Jorge Jesus abre o jogo e revela maior dificuldade que teve no Flamengo com jogadores: ‘Muito trabalho para fazê-los entender’


Ex-comandante do Flamengo, atual técnico do Benfica palestrou em conferência de futebol nesta terça-feira (12), em Lisboa

Em participação no

Global Football Management

, nesta terça-feira, o técnico do


Benfica


, Jorge Jesus, relembrou sua vitoriosa passagem pelo


Flamengo


durante palestra e abriu o jogo sobre a maior dificuldade que teve ao trocar o futebol europeu pelo brasileiro.

Na visão do

Mister

, o maior problema dos atletas brasileiros é a dificuldade no trabalho sem a bola, algo que o comandante garantiu que teve “muito trabalho para fazê-los entender”.

Os jogos do Benfica no


Campeonato Português


têm transmissão ao vivo pela


ESPN no Star+


.

Jesus ainda assegurou que esse aspecto mudou no futebol nacional depois de sua passagem pela Gávea, que durou entre 2019 e 2020 e foi recheada de grandes títulos.

“O jogador brasileiro, quando tem a posse de bola, não se preocupa. Ele sabe conviver com a bola, independente do fato de ter um, dois ou três jogadores marcando. O convívio com a bola sempre foi mais importante que outros aspectos do jogo. Mas é preciso saber jogar sem a bola”, explicou.

“Os jogadores brasileiros não conheciam tão bem o jogo sem bola. Que a tática é tão importante quanto a parte técnica. Foi preciso muito trabalho para fazê-los entender. Sem vaidade, isso começou a mudar depois da nossa passagem pelo Brasil”, acrescentou.

O

Mister

ainda descreveu detalhadamente o estilo de jogo que adotou no Fla.

“O que tentamos passar quando estivemos no Flamengo é que a equipe precisava jogar mais ligada, mais próxima e compactada. Isso fez com que o nosso jogo ficasse mais rápido”, afirmou.

“Aqui na Europa os jogadores notam que há menos tempo e espaço para pensar. No Brasil, há mais espaço, mas isso está mudando com o tempo. Já não há mais apenas só o posicionamento tático, há muita pressão sobre quem tem a bola, mas com pegada ou não os jogadores brasileiros têm muito talento individual. E, às vezes, não há tática que resista ao talento individual”, argumentou.

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