O sorteio dos mandos das semifinais Copa do Brasil ganhou alguma complexidade por envolver dois times da cidade do Rio de Janeiro, que, inclusive, mandam seus jogos no mesmo estádio, e dois de São Paulo.
O confuso processo da CBF fez com que o convidado Carlos Alberto Parreira ajudasse mais o
Corinthians
, time em que conquistou o seu único título da competição, em 2002, do que o Fluminense, time de coração do ex-treinador, no qual venceu o Brasileiro de 1984.
O Corinthians é forte na Neo Quimica Arena, demonstrou especialmente na vitória sobre o
Boca Juniors
na fase de grupos da Libertadores e nas goleadas sobre Santos e
Atlético-GO
que fizeram o time de Vitor Pereira chegar até a esta penúltima etapa do torneio. Será um trunfo importante para a volta em 14 de setembro.
Caberá ao Fluminense de Fernando Diniz se impor no Maracanã, mas certamente não terá a facilidade dos 4 a 0 no Brasileiro, contra um time praticamente C dos paulistas no momento apoteótico da despedida de Fred, com direito ao último gol do centroavante veterano.
No outro confronto, o favoritismo do Flamengo, que já era destacado, se ampliou com a possibilidade de definir no Maracanã. Mas há uma “armadilha” pelo contexto.
O time rubro-negro tem jogo decisivo no domingo com o Palmeiras no Allianz Parque para tentar reduzir a vantagem de nove pontos do líder absoluto do Brasileiro. Saiu de Curitiba classificado, mas correu muito na grama sintética e levou muitas pancadas do truculento Athletico de Felipão. O desgaste foi grande.
A necessidade deve empurrar Dorival Júnior a escalar boa parte dos titulares no fim de semana, para jogar novamente em gramado artificial. E a vitória recente no Morumbi por 2 a 0 sobre o São Paulo utilizando o time B, além do retrospecto positivo de 14 a 2 nas quatro últimas partidas, com quatro vitórias e duas goleadas, pode induzir o time rubro-negro a tirar o peso da ida da semifinal.
Só que o São Paulo já mostrou ser forte em seus domínios nas copas. Venceu o Palmeiras nas oitavas do ma-mata nacional por 1 a 0. O mesmo contra Ceará na Sul-Americana e América na Copa do Brasil. E administrou essas vantagens, mesmo com dificuldades e está vivo.
No Brasileiro, Ceni mescla e vai empurrando uma campanha na zona intermediária, justamente para dar tudo no mata-mata. Se o Flamengo entrar achando que vai encarar esse cenário novamente e relaxar, pode complicar a missão para a volta em casa. É a chance do São Paulo.
Mas não muda o palpite deste que escreve para a final: um Flamengo x Corinthians para parar o país.
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