TORCEDORES: Por Flavio Souza

Nos últimos anos o Flamengo vem se consolidando como um dos principais clubes do futebol brasileiro. E um fator que ajuda a entender isso é a forma como o clube está sendo administrado. Conforme estudo da empresa Sports Value o Rubro-negro acumulou um superávit de R$ 179 milhões nos últimos anos.

Esse resultado positivo está atrelado também a redução das despesas do clube. De acordo com informação do balanço oficial do Rubro-negro, em 2021 os gastos com futebol foram de R$ 693,5 milhões. Isso representa 64% do valor arrecadado pelo time no ano passado.

Conforme informações de especialistas financeiros, o ideal é que este custo não passe de 70%, ou seja, dentro do valor que o Flamengo teve de custos com seu departamento no último ano.

Vale destacar que uma nova regulamentação de sustentabilidade financeira, o chamado “Fair Play Financeiro”, define que os clubes poderão destinar apenas 70% de suas receitas para despesas de salários, transferências e taxas de agentes.

Cenário estável nos últimos anos
Desde que o Flamengo fez sua reestruturação financeira, os dirigentes procuram manter as finanças em dia, justamente para manter as dívidas controladas. A pandemia acabou impactando tanto nas receitas como despesas para todos os clubes, mas o clube carioca conseguiu se recuperar já em 2021.

Em 2019 o total devido pelo Fla era de R$ 509,5 milhões. Esse valor aumentou para R$ 748,9 milhões em 2020, mas caiu para R$ 428,2 milhões no último ano, uma redução de 43% ao considerar apenas os dois últimos anos.

Sobre os custos com futebol, o percentual esteve estável em 2018 e 2019 (65%), tendo um aumento apenas em 2019 (84%).

Futuro do Flamengo
Os bons números financeiros aliado ao retorno dentro de campo contribui para o torcedor ter esperanças de que o Flamengo siga entre os principais clubes do Brasil. O clube passou de R$ 1 bilhão de faturamento em 2021, com boa parte desse valor sendo com direitos de TV e premiações (R$ 450 milhões).

Além disso, o clube carioca vem conseguindo uma boa arrecadação com vendas de atletas. No último ano foram R$ 278 milhões com transferências. Porém, é importante lembrar que isso ocorreu sem prejuízo ao time titular, afinal a maioria dos jogadores que saíram foram da base do clube, caso de Rodrigo Muniz, que rendeu quase R$ 50 milhões aos cofres do clube.