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Hugo e Andreas: início da redenção ou problemas adiados no Flamengo?


O roteiro do Fla-Flu com Fernando Diniz no comando tricolor simplesmente virou do avesso em relação aos últimos disputados.

O time tricolor tomou o protagonismo no Maracanã cheio, abriu o placar no início, novamente com Germán Cano, e sufocou o rival dobrando Arias, em tese o ponta pela esquerda do 4-1-4-1, com Luiz Henrique, mais Samuel Xavier contra o Ayrton Lucas frágil na marcação e sem o devido auxílio de Bruno Henrique sem bola – o velho “ponto cego” no setor esquerdo rubro-negro que Paulo Sousa não consertou.

Coube ao Flamengo, que pegava a “pilha” errada e se perdia com o jogo físico e as provocações tricolores, desta vez menos presentes, se acalmar, colocar a bola no chão e encontrar no lado direito o “mapa da mina”. Diniz repetiu Yago Felipe na lateral, como na vitória sobre o Fortaleza, mas desta vez pela esquerda. Logo o corredor em que o Fla concentra Matheuzinho, Everton Ribeiro e

Gabigol

.

E sem Arias para dar suporte, já que muitas vezes na transição defensiva ele estava lá do lado oposto. Por ali o time de Paulo Sousa construiu os gols da virada. Com chute preciso de Andreas Pereira no empate e assistência do volante belga, um protagonista inesperado, para a finalização de Gabigol – mais uma prova de que a função primordial do camisa nove é o toque final e não lançamentos e inversões que demonstram repertório, classe e versatilidade, porém, na maioria das vezes, significam que a área adversária estará mais vazia.

Apegado ao resultado por necessidade, Sousa foi recuando as linhas, juntou Pablo a Rodrigo Caio e David Luiz na reta final do clássico e sofreu para se defender contra um Flu que empilhou atacantes, cruzou 19 bolas no segundo tempo e poderia ter empatado ou virado.

Aí surgiu o herói mais improvável da noite: Hugo Souza, questionado, cuja escalação parecia até ameaçada pelo jovem Matheus Cunha, fez nada menos que cinco defesas fundamentais para garantir uma retaguarda que segue sofrendo quando pressionada e sem a proteção de João Gomes, que sequer entrou na partida.

Foram 17 finalizações tricolores, dez de dentro da área, seis no alvo. A primeira, de Cano, entrou e as demais Hugo impediu que fossem às redes. Atuação portentosa, nota dez. Andreas logo abaixo, especialmente pela produção ofensiva.

No apito final, muita festa para o goleiro redivivo. Na coletiva pós-jogo, Paulo Sousa elogiou Andreas Pereira e afirmou que conta com ele e já comunicou à direção, que ainda resolve a vida do atleta com seu clube, o

Manchester United

. Cujo novo treinador, o holandês Erik ten Hag, já pediu o retorno de Andreas ao elenco dos Red Devils.

E eis que surgem as dúvidas que não existiam antes do Fla-Flu que encerrou uma série de cinco jogos sem vitórias rubro-negras: as atuações do goleiro e do meio-campista foram as exceções que confirmam as regras, ou espasmos em um jogo que valia demais, até a autoestima, com mobilização e concentração diferentes? Ou são o início de uma redenção da dupla?

Vale retomar o negócio interrompido e pagar pouco mais de 60 milhões de reais por um jogador tão inconstante e marcado por uma falha grotesca e gigantesca? Será produtivo insistir com Hugo e seguir com a prática, depois do retorno de Santos, de manter o jovem arqueiro como titular no Brasileiro e o recém-chegado jogando apenas Libertadores e Copa do Brasil?

Este colunista ainda vê como as melhores respostas liberar Andreas para o United e até buscar mais um goleiro no mercado quando a janela abrir. Ou seja, as ótimas atuações apenas adiam problemas com soluções óbvias.

Mas também reconhece que a dupla outrora perseguida protagonizaram o grande “plot twist” de um Fla-Flu maluco, mas que encerrou um jejum incômodo para o lado vermelho e preto e, enfim, colocou o time na primeira pagina da tabela do Brasileiro, a apenas três pontos do líder Palmeiras.

(Estatísticas:

SofaScore

)

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