Paz em campo, discórdia fora das quatro linhas. O Conselho Deliberativo do
Flamengo
convocou uma sessão extraordinária para o próximo dia 25, na sede da Gávea, para apreciar o recurso de dois conselheiros contra a
decisão que manteve o título de grande benemérito
dado ao ex-presidente do clube, Kléber Leite, em 2021.
Um dos argumentos usados contra o ex-dirigente é o episódio ocorrido em 2018, quando o Conselho Deliberativo do Flamengo o suspendeu por dez meses do quadro associativo do clube. A decisão foi tomada por conta de improbidade administrativa referente ao empréstimo de R$ 6 milhões junto ao Consórcio Plaza em 1995, primeiro ano do mandato do dirigente, que resultou em uma dívida de R$ 61,5 milhões quitada pelo clube 22 anos depois, no início de 2017. A punição foi suspensa pela Justiça posteriormente.
O recurso é de autoria dos conselheiros Artur Rocha Neto e Tulio Cristiano Machado Rodrigues. Ambos são ligados a situação e tem relações familiares com o atual presidente rubro-negro, Rodolfo Landim (são primos).
Em julho do ano passado, uma sessão extraordinária do Conselho Deliberativo aconteceu para votar a proposta de cassação do título a Kleber Leite, mas a maioria dos conselheiros votou pela manutenção da honraria ao ex-dirigente. Artur e Túlio agora pedem a nulidade desta reunião alegando a existência de vício.
Kleber Leite foi Presidente do Flamengo de 1995 a 1998 e vice-presidente de
futebol
de 2005 a 2009. No período em que assumiu o cargo máximo do clube, ficou marcado por ter contratado Romário logo após a conquista da Copa do Mundo de 1994.
Com uma política de contratações agressiva, ele formou no Rubro-Negro o fracassado “melhor ataque do mundo”, que foi formado por Romário, Edmundo e Sávio.
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