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Flamengo x Corinthians: análise mostra probabilidade de vitória de cada equipe na Libertadores



Flamengo

e

Corinthians

se enfrentam nesta terça-feira, a partir das 21h30, no Maracanã, pelo jogo de volta das quartas de final da Libertadores com amplo favoritismo para o

Flamengo

, mas com a esperança corintiana depositada aparentemente nos cruzamentos: sem contar pênaltis e faltas diretas, dos últimos dez gols sofridos pelo

Flamengo

, cinco nasceram em cruzamentos, com os adversários atacando pela esquerda, direita da defesa do

Flamengo

. Dos últimos dez gols feitos pelo

Corinthians

, cinco também foram marcados a partir de cruzamentos, mas só dois deles da esquerda.

Pedro fica frente a frente com Cássio no jogo de ida das quartas de final da Libertadores — Foto: Marcos Ribolli
1 de 3 Pedro fica frente a frente com Cássio no jogo de ida das quartas de final da Libertadores — Foto: Marcos Ribolli

Pedro fica frente a frente com Cássio no jogo de ida das quartas de final da Libertadores — Foto: Marcos Ribolli

É de se esperar o

Flamengo

fazendo uma marcação forte para impedir o

Corinthians

de levantar a bola sobre sua aérea. O

Corinthians

fez pelo alto sete dos últimos dez gols, mesma influência dos dez últimos gols sofridos pelo

Flamengo

.



+ Veja a tabela da Libertadores

Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 88.889 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.629 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

A partir dessa métrica, a probabilidade de o

Flamengo

vencer é de 64%, o empate, que também dá a classificação à equipe carioca devido à vitória por 2 a 0 no jogo de ida, tem 21% de chances de ocorrer, e o potencial de vitória corintiana é de 15%. Mas para o

Corinthians

não basta apenas vencer, a equipe precisa pelo menos ganhar por dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis, e estatisticamente, essa chance é bem menor, por volta de 3,3%. Como é futebol, é possível, mas raro.

 — Foto: Espião Estatístico
2 de 3 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Quando analisado o retrospecto entre as equipes com mando do

Flamengo

na Série A de 2006 em diante, nos pontos corridos com 20 equipes, fica evidente por que o favoritismo carioca é tão grande: em 15 jogos, o

Flamengo

venceu dez, e o

Corinthians

, dois, com três empates.

Nesta temporada, nos últimos seis jogos disputados, o

Flamengo

também tem um desempenho superior, com aproveitamento de 89% contra 56% do

Corinthians

.

Na edição deste ano da Libertadores, o

Flamengo

está com o segundo ataque mais eficaz da competição, com um gol marcado a cada 4,8 conclusões (121 finalizações e 25 gols).

Já o

Corinthians

tem um gol a cada 18 tentativas, quinta pior eficiência da Libertadores. A pressão ofensiva de cada equipe rendeu em média 4,9 escanteios para o

Flamengo

e 2,3 para o

Corinthians

.

Veja abaixo o desempenho das duas equipes nos últimos 60 dias e como elas se compararam às 20 equipes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro. O

Corinthians

só não levou gol em um dos oito jogos que disputou como visitante neste bimestre, e o

Flamengo

só não fez gol em um dos oito jogos que disputou como mandante. O

Corinthians

precisará atacar sem descuidar da defesa, um desafio gigantesco.

Para tornar ainda mais difícil a missão corintiana, o

Flamengo

não levou gol em seis dos oito jogos que fez como mandante no bimestre, 75% do total. Se o

Corinthians

classificar, será um evento tão histórico quanto a invasão corintiana de 1976, quando eliminou o Fluminense nas semifinais do Campeonato Brasileiro. Será lembrado por gerações e gerações.

 — Foto: Espião Estatístico
3 de 3 — Foto: Espião Estatístico

— Foto: Espião Estatístico

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 88.889 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.629 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti.

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