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Flamengo transforma final da Libertadores em rotina


Goleiro Santos, Pedro e Filipe Luís – Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

O GLOBO: Por Diogo Dantas

Se a campanha do Flamengo até a sua terceira final nas últimas quatro edições de Libertadores tem uma cara, ela é a de Pedro. O atacante manteve a regularidade ao marcar até agora em todas as fases do torneio este ano, e foi decisivo na classificação rubro-negra para a decisão, com mais um gol e um passe para Marinho marcar o segundo sobre o Vélez, na vitória por 2 a 1 de virada no segundo jogo da semifinal no Maracanã.

Em busca de seu terceiro título continental, o Flamengo vai enfrentar o Athletico no dia 29 de outubro, em Guaiaquil, no Equador. E lá, Pedro pode assumir o protagonismo e a idolatria de Gabigol, que em 2019 foi o herói da conquista. Ter os dois em campo após o camisa nove ser preservado por estar pendurado é a prova de como o Flamengo transformou, nos últimos anos, a vaga na final em rotina, justamente por ter um elenco de peso, agora melhor administrado por Dorival Jr.

Na ausência de Gabigol, Pedro assumiu o papel de desafogo da equipe, que foi mal no primeiro tempo, quando o Vélez abriu o placar. O centroavante deixou tudo igual com uma bela cabeçada e fez história. Ele se tornou o maior artilheiro do Flamengo em uma única edição de Libertadores, com 12 gols, superando Zico e Gabigol, que tinham 11 em 1981 e 2019, respectivamente. Além disso, se tornou o segundo maior artilheiro do clube na competição em todos os tempos, ao lado de Zico e Bruno Henrique, com 16 gols. Gabigol tem 27.

Quem também alcançou uma marca histórica ontem foi Everton Ribeiro: com 49 jogos, se tornou o jogador que mais vestiu a camisa rubro-negra na Libertadores:

— É um momento especial para mim, um privilégio. Estou pronto para fazer o jogo de número 50 na final.

Depois de um primeiro tempo apático, o Flamengo trocou o ímpeto ofensivo que não dera resultado por maior cautela no posicionamento, e preferiu não assumir mais riscos. Dorival promoveu substituições para os atletas com cartão amarelo e fisicamente abaixo. A equipe ficou menos vulnerável e Marinho liquidou a vitória com belo chute após jogada de Pedro.

Agora, o Flamengo volta atenções para a recuperação no Brasileiro, domingo, contra o Goiás, e terá no meio da próxima semana o jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, contra o São Paulo, no Maracanã.

Tal maratona por tantas decisões cobra seu preço. Vidal e Everton Cebolinha, que entraram como titulares nos lugares de Thiago Maia, também pendurado, e de Gabigol, não conseguiram manter o ritmo para que o Flamengo controlasse o jogo. O time teve dificuldade para pressionar o rival para carimbar a vaga com uma vitória convincente como a do jogo de ida – 4 a 0.

A impressão é que a parte física pesou. A consequência foi um time que se desorganizou nas subidas ao ataque e deu espaços, sobretudo com os avanços de Rodinei. Os argentinos anularam as ações de Everton Ribeiro e Arrascaeta. O uruguaio foi bem marcado e perdeu a bola que originou o gol do Vélez, marcado por Pratto.

O Vélez fechou bem o espaço entre as linhas e impediu que o Flamengo entrasse em sua área. Tanto que Pedro só empatou no jogo aéreo insistente. No segundo tempo, o centroavante foi novamente o melhor em campo. Já com Pulgar, Ayrton Lucas e Marinho em campo, Pedro foi armador e fez bela jogada entre as pernas do marcador em lance que culminou com belo chute de Marinho.

Soluções de um elenco em renovação, mas que mantém seu alto nível para conseguir se manter de pé em três competições e em busca pela glória eterna mais uma vez. Saber dosar e não perder as principais peças nos jogos decisivos tem sido um dos principais méritos do Flamengo, que segue com esse mesmo objetivo para a final de 29 de outubro.

Link do Artigo do FlaResenha

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