MUNDO RUBRO-NEGRO: Por Ivan Trindade

A diretoria e os torcedores do Flamengo comemoraram uma vitória fora de campo nessa quinta-feira (19). O Banco Central aprovou a sociedade entre o clube e o Banco BRB Brasília para administrarem o banco digital Nação BRB Fla.

A plataforma de negócios criada em 2020 tem hoje cerca de 3,5 milhões de contas abertas. De acordo com o vice-presidente geral do Flamengo, o banco digital tem valor aproximado de mercado de um bilhão de reais. Em entrevista ao GE, Rodrigo Dunshee de Abranches falou sobre os próximos passos da empreitada.

De acordo com Dunshee, a aprovação do Bacen coloca o Flamengo em uma posição mais privilegiada para atuar na administração do Nação BRB Fla. O dirigente explicou:

“Hoje em dia, só o BRB toca o negócio. Agora, o Flamengo vai ter gente participando das decisões, estará muito presente”, declarou.

Dunshee garantiu que o Flamengo vai buscar profissionais com credibilidade no mercado para atuar na administração do banco digital:

“Todos esses negócios que o Flamengo tem são tocados por profissionais escolhidos. Não são amadores. Certamente o Flamengo vai ter profissionais indicados, profissionais de mercado”, disse.

Estádio pode estar no futuro da parceria entre Flamengo e BRB
O vice-presidente geral do Flamengo projetou o que será o futuro dessa parceria entre Banco BRB e o clube mais popular do Brasil. Ainda que seja difícil projetar quanto exatamente o Flamengo pode lucrar com a nova empresa, há planos de expansão. Dunshee explicou:

“Eu acho que o céu é o limite. Ainda não está estruturada, claro, mas já vai começar a funcionar como empresa. O Flamengo tem a ideia de ter mais um sócio. O banco e mais um sócio digital para mais capital e, com isso, nessa venda, vai ter uma entrada forte de recurso.”

Com mais recursos disponíveis, o Flamengo poderia, enfim, realizar um dos maiores sonhos dos seus torcedores. Ter um estádio para chamar de seu. O dirigente rubro-negro falou sobre o tema:

“O Flamengo pode se capitalizar para usar em várias coisas, como por exemplo o estádio. O presidente não quer tirar das receitas tradicionais, para investir, por exemplo, em um estádio. Porque isso prejudicaria a nossa competitividade no futebol e nos outros esportes.”

Dunshee de Abranches concluiu, dando esperança aos torcedores:

“Até onde eu sei, a prioridade desse dinheiro será para o estádio próprio. Estamos disputando a concessão (do Maracanã, mas são 20 anos, e tem muita gente querendo jogar no Maracanã. Um investimento em um estádio moderno pode ser um grande negócio.”