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Flamengo: Patrícia Amorim diz que assinou com Vini Jr. e cia. e rebate ‘massacre político’: ‘Deixei R$ 80 milhões em caixa’


Ex-presidente do Flamengo rebateu as críticas durante a sua gestão, entre 2010 a 2012, e disse também ter deixado legado positivo no

Rubro-Negro

Presidente do


Flamengo


no triênio 2010/12,

Patrícia Amorim

assumiu o clube no ano seguinte à conquista do


Brasileirão


de

2009

, mas em campo não conseguiu levar o

Rubro-Negro

aos títulos esperados (a única conquista foi o


Campeonato Carioca


de 2011). Durante a sua gestão, também foi feitas algumas contratações badaladas, como a de

Ronaldinho Gaúcho

, em 2011, mas de forma geral a ex-mandatária recebeu mais críticas do que elogios ao longo do período em que esteve na presidência.

A ex-presidente, por sua vez, acredita que a maioria das críticas foram resultado de um

“massacre político”

que ela recebeu durante a gestão. E, na sua opinião, também fez coisas positivas durante o período em que comandou o clube carioca, incluindo, por exemplo, a assinatura dos contratos com jogadores revelados pelo clube e que hoje brilham na Europa, como

Vinicius Jr.

e

Lucas Paquetá

.

“É preciso respeitar o momento que a gente passava. Eu vinha de um ex-presidente que dizia que o clube quebrou, faliu, que não tinha mais dinheiro. A gente conseguiu virar a chave.

O contrato da Adidas é o melhor contrato de marketing do Flamengo até hoje, 10 anos depois.

O rompimento com o Clube dos 13 e a negociação com a Rede Globo foi um enfrentamento pessoal que eu tive, contra inclusive um ex-presidente que era candidato a ser presidente do Clube dos 13, mas que hoje faz com que o Flamengo tenha o melhor contrato de diretos de transmissão e possa até fazer as suas próprias transmissões”, começou por dizer, em entrevista ao canal ”

Antenados na Jogada

“, realizada no dia da última eleição do clube, em 4 de dezembro.



Eu penso que participei de um momento de transição, peguei um clube que não pagava o 13º, nem salário, e entreguei com R$ 80 milhões em caixa.

Negociamos o Morro da Viúva [sede],

o Ninho do Urubu era um terreno, que não tinha luz elétrica, poste…rede de internet? Não tinha nem computador, ele treinavam no início da tarde porque não tinha luz

. A valorização patrimonial foi muito grande, assim como os jogadores da base.

Assinei contrato do Vinicius Jr., Vizeu, Paquetá…

trouxe o Noval em 2010, que é o gerente da base até hoje. Claro que não vão creditar nunca isso a mim, mas é a verdade. Eu fico satisfeita”, prosseguiu.

Em relação ao “massacre político” por ela citado, Patrícia acredita que, hoje, isso não aconteceria. Ela ainda lembrou de outros temas que foram alvo de críticas durante a sua gestão, como a própria

contratação de Ronaldinho

.


“[Muita gente] não sabe porque o massacre político na época não aconteceria hoje. Não fariam com uma mulher o que fizeram há 10 anos, sem dó. Hoje não fariam, estariam respondendo a muitos processos [risos

], mas enfim, acho que isso foi importante, necessário.

Hoje, o Flamengo é um clube bem melhor

. Pagou as suas certidões com esse dinheiro que tinha em janeiro. Eram R$ 35 milhões da Adidas, com R$ 25 milhões em luvas, mais a venda do Morro da Viúva. Eu fico muito satisfeita de ter contribuído com essa passagem, e mais ainda, de ver que o clube avançou, evoluiu. Não há uma competição de gestão, eu sou Flamengo, eu quero ver o Flamengo bem”, disse.



A questão patrimonial foi subdimensionada, e dizem assim ‘porque a dívida do Ronaldinho vão ser R$ 50 milhões’, e foram R$ 14 milhões

. Jogadores que vieram depois e passaram menos tempo, com um resultado muito pior, que não foram melhores do mundo, e as rescisões foram muito maiores. Isso é da política.

Só que no meu caso, depois da eleição, houve uma perseguição, tudo o que acontecia foi culpa do passado

. O passado está aí para dizer,

eu fiquei três anos, nunca em nenhuma rodada nesses três anos, eu fiquei em zona de rebaixamento, e a gente quase caiu há muito pouco tempo

. Deixei um time campeão de basquete, que logo depois foi campeão mundial, e campeão da Copa do Brasil, que foi em 2013… Ganhamos a Copinha, coisas que eram importantes, e naquele momento era o que era possível fazer”, complementou.

Por último, a ex-dirigente ainda falou sobre o atual momento do clube – inclusive revelou seu voto em Rodolfo Landim, na eleição passada, vencida pelo dirigente reeleito – e apontou o que, na sua opinião, ainda precisa mudar por lá.

“Sim [gostei da gestão Landim]. Três anos, campeão, bicampeão e vice-campeão, acho que não tem que contestar. É merecido. É reconhecimento ao trabalho realizado. A gente tem algumas críticas? Tem, não tenha dúvida. Mas eu acho que a crítica, eu sou grande benemérita, eu faço nos Conselhos, eu coloco, se for o caso, direto para o presidente ou para os vices. Ele [Landim] merece. Não consigo enxergar de outra forma. Meu apoio foi na outra eleição e nessa também. Embora eu tenha amigos em outras chapas, adversários também, e que eu respeito muito”, disse.

“Sempre tem o que melhorar, niguém tem a verdade ou certeza absoluta. Esporte não é uma ciência exata. Não é simples.

Acho que questões que são contemporâneas, modernas, o Flamengo precisa absorver. É muito pouca, ou quase nenhuma, participação feminina

.

O Flamengo já foi um clube de vanguarda e, nesse ponto, acho que está atrasado

. Tem muita associada feminina, não preciso nem falar,

é um clube muito machista. Isso tem que melhorar bastante

“, finalizou.

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