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Flamengo ganha corpo e variações contra o Juventude


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Em uma atuação protocolar, o Flamengo goleou o Juventude pelo Brasileirão. O time do Dorival Jr. ganha consistência nas ideias estabelecidas, bem como novas variações com a chegada de Cebolinha.

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Pelo lado direito, Flamengo encaminha vitória em 17 minutos

Partindo para o plano tático inicial, enquanto o Flamengo seguiu utilizando o 4-4-2 losango já estabelecido nas últimas vitórias em mata-mata, o Juventude veio com uma modificação. Marlon começou o jogo mais alinhado a Ricardo Bueno ao invés de mais próximo dos volantes.

A ideia na teoria era de gerar pressão em Thiago Maia e dificultar a saída de bola rubro-negra. Na prática as coberturas liberaram os zagueiros para acionar o lado direito em igualdade numérica em muitos momentos. Dessa forma o Flamengo pavimentou sua vitória em 17 minutos.

Aos quatro minutos, o Flamengo abriu o placar numa transição ofensiva. Rápida dinâmica entre Everton Ribeiro e Arrascaeta após arraste de Rodinei facilitou o trabalho de Pedro, que venceu Rodrigo Alves para abrir o placar. 1×0.

Oito minutos depois o Mengão chegou ao segundo gol na mesma dinâmica. Everton Ribeiro se aproveitou do arraste de Rodinei pelo corredor lateral e cruzou na cabeça do camisa 21, que marcou pela segunda vez na partida. 2×0.

Em seguida, o Mais Querido marcou seu terceiro gol. Com o auxílio de Arrascaeta, o lado direito voltou a ser aglomerado. Em mais um arraste de Rodinei, Gabi recebeu livre no corredor lateral e serviu Everton Ribeiro marcar de cabeça. 3×0.

Com bola, o Juventude pouquíssimo agrediu o Flamengo, graças à pressão coordenada da equipe. As coberturas do central pelos atacantes e dos corredores laterais pelos volantes/laterais parece ganhar automação com o tempo.

Como resultado, o clube alviverde só causou perigo ao Flamengo na primeira através dos escanteios. Aproveitando-se da maior proteção a pequena, cabeceios mais distantes do gol foram concedidos.

Louzer faz mudanças para mitigar danos, mas Jadson é expulso

O técnico Umberto Louzer fez duas mudanças ainda durante o primeiro tempo. Edinho e Marlon saíram para as entradas de Capixada. A equipe voltou a atuar no 4-1-4-1 habitual, se protegendo melhor do lado direito rubro-negro.

Com o placar já estabelecido, o Flamengo terminou a primeira etapa num ritmo mais lento. Ainda assim, foi possível identificar algumas dinâmicas por dentro para facilitar o acionamento de seu setor mais forte, em especial as dinâmicas de terceiro homem.

Nos minutos finais, Jadson foi expulso após agredir Gabi em uma transição ofensiva. O ato inconsequente do volante tirou qualquer chance do Juventude ser minimamente agressivo na segunda etapa.

Os 45 minutos finais começaram com a estreia de Everton Cebolinha pelo Flamengo. O atacante entrou no lugar de J. Gomes, enquanto Vitinho substituiu Pedro. Dessa forma, o Mengão passou a ter um meio-campo ainda mais técnico com Arrascaeta pelo lado esquerdo.

Com um jogador a mais, o Flamengo seguiu produzindo naturalmente. Pressionando a saída de bola adversária e se aproveitando do seu fortíssimo lado direito com Rodinei em alta voltagem. E as chances foram se acumulando em profusão. Em uma noite pouco inspirada, Vitinho tomou algumas decisões ruins que impediram o Flamengo de ampliar o marcador.

Contudo com o passar do jogo, o Flamengo passou a atacar com mais frequência pelo lado esquerdo. A fim de mostrar serviço para Dorival, Cebolinha buscou bastante apoio em profundidade pelo corredor lateral. Assim como, finalizou de dentro da grande área.

Próximo ao fim do jogo, Dorival sacou seus principais jogadores e testou alguns jogadores formados na Gávea em posições diferentes: Lázaro mais centralizado e França pelo lado direito. Já o Juventude se protegeu ainda mais de uma goleada num 5-3-1 com o volante Jean Irmer.

Com as novas peças, foi interessante notar novas dinâmicas pelo lado esquerdo. Com Cebolinha dando amplitude para as infiltrações de França e gerando espaço para as infiltrações de Rodinei.

Por fim, após perder muitas chances, o Flamengo chegou ao seu quarto gol. Belo cruzamento de Cebolinha na cabeça de Lázaro, que como um centroavante cabeceou para o gol e deu números finais ao confronto. 4×0.

Flamengo consolida ideias e apresenta variações em seu repertório ofensivo

A fragilidade adversária em tese dificultaria em parte a avaliação da equipe, dado a facilidade na qual o Flamengo conseguiu construir o resultado. Todavia, com os testes deste modelo já feito contra Tolima e Atlético-MG, é possível ver uma equipe cada vez mais encorpada.

As ideias de Dorival Jr. estão cada vez mais mecanizadas na equipe. Execução com e sem bola apresenta evolução em relação às vitórias pelos duelos eliminatórios. Fruto de um mínimo tempo de trabalho para estimular os atletas e naturalizar suas ações em campo.

Além disso, o técnico já apresentou novas ideias para o encaixe de Cebolinha de alguns jogadores do elenco. A principal notícia são as soluções pelo lado esquerdo no segundo tempo. É importante buscar alternativas para quando o forte lado direito da equipe for menos efetivo.

Enfim, a perspectiva nesse momento é muito positiva para o restante da temporada do Flamengo. Em campo, a equipe desempenha bem e evolui com os jogos. A expectativa agora é saber como a equipe se adaptará as variações já implementadas com Cebolinha e no futuro com Vidal!

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