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Flamengo é amplamente superado pelo Fortaleza


O Flamengo encerrou uma sequência de quatro vitórias na temporada ao perder para o Fortaleza na tarde do último domingo (06). Apesar dos resultados positivos, a equipe não vinha apresentando um grande desempenho. Fato que se repetiu contra o Leão do Pici.

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Mesmo bastante mexido, Fortaleza é bastante superior na primeira etapa

Com os desfalques de Gabi e Arrascaeta, Paulo Sousa optou por uma formação inicial com Pedro na referência do ataque e Andreas como meia mais avançado. Dado o desgaste da temporada e a ausência de diversos jogadores, Vojvoda iniciou o jogo com uma equipe bem diferente.

Além de não poder contar inicialmente com Tinga, Ceballos, Felipe e Lucas Lima, o treinador argentino optou por começar o jogo com três titulares da equipe no banco de reservas: Crispim, Moisés e Romero. Assim, uma equipe com muitos jogadores que não vinham sendo usados com frequência.

Apesar dos problemas para escalar a equipe para o jogo, o Fortaleza foi superior ao Flamengo em toda primeira etapa. Aproveitando-se bastante das inversões de jogo no corredor lateral-esquerdo. Seja em organização ou em transição ofensiva.

O Flamengo retinha uma posse passiva e distante do gol adversário e era facilmente dominada pelos encaixes individuais do seu oponente. Romarinho e Pikachu tomavam conta dos laterais do Mengão.

Jussa e Ronald geravam superioridade numérica contra os volantes. Em péssimo dia, Arão e João Gomes não conseguiam gerar apoios por dentro. Everton Ribeiro foi vigiado por Juninho Capixada em boa parte dos 45 minutos iniciais.

Já o Fortaleza conseguia rapidamente acionar o setor ofensivo com infiltrações nas costas da última linha rubro-negra. Em lances relativamente parecidos, Robson e Romarinho perderam duas chances claríssimas de gol após acionamentos em profundidade nas costas de Hugo.

Rápidas dinâmicas com lançamentos em bola descoberta e sem pressão dos meias e atacantes do Flamengo. Aliado a má orientação corporal de Pablo, a equipe estava bastante exposta defensivamente (mais uma vez).

Na terceira grande oportunidade, o Leão abriu o placar. Após mais um erro de Arão na saída de bola, Jussa recebeu o presente e serviu Robson. Dessa vez o atacante não perdoou. 0x1.

O Flamengo chegou a acertar uma bola na travessão antes de sofrer o gol. Após cruzamento na área, Boeck se chocou com J. Capixada e largou a bola sem goleiro. No bate-rebate, Everton Ribeiro quase marcou.

Mas o time seguia com dificuldades na construção e mais problemas ficavam claros. Andreas não conseguia dar profundidade como meia e também não auxiliava os volantes. Pelos lados do campo, Bruno Henrique e Matheuzinho eram pouco auxiliados e tecnicamente erravam bastante.

Mesmo assim, o Flamengo achou um gol no fim do primeiro tempo. Everton Ribeiro centralizou e saiu do encaixe de Capixada e conseguiu achar Ayrton Lucas, que avançou sem a marcação de Pikachu. O lateral passou para o camisa 7 empatar o jogo. 1×1.

O primeiro tempo terminou com a nítida sensação que o Flamengo teve um resultado bem acima do desempenho em campo. A equipe foi amplamente neutralizada pela marcação individual do Fortaleza e sofreu muito para lidar com as transições rápidas pelo lado esquerdo.

Flamengo quase vira, mas segue abaixo na segunda etapa

Paulo Sousa fez três mudanças para começar o segundo tempo: Vitinho, Thiago Maia e David Luiz nos lugares de Arão, João Gomes e Pablo. Pikachu passou a marcar mais recuado e gerando uma dobra com Landaruzi em Bruno Henrique.

E os 45 minutos finais começaram de forma parecida com o primeiro tempo: Flamengo perdendo a posse e sofrendo contra-ataque. Porém, Pedro foi derrubado na área durante o lance. Pênalti.

O centroavante conseguiu deslocar Boeck, mas tirou muito do goleiro e acabou acertando a trave. O Flamengo quase virou o jogo mesmo longe de ter produzido longe volume ofensivo para isso.

Com Andreas mais recuado, o Flamengo passou a ter certa verticalidade à frente da zaga, mas a equipe não conseguia apresentar dinâmicas pelo corredor central. Devido à boa marcação do Fortaleza e também a limitação do meia belga e Thiago Maia. O Mais Querido passou a forçar bastante o jogo pelos lados. Associações bastante aleatórias de Bruno Henrique e Andreas pela esquerda. Everton Ribeiro e Matheuzinho apresentam algo mais organizado pela direita.

Renovando fôlego, Vojvoda sacou Romarinho e Ronald para as entradas de Moisés e Hércules. Paulo Sousa fez uma mexida buscando mudar um pouco a dinâmica da equipe. Filipe Luís entrou no lugar de Ayrton Lucas visando maior associação no corredor central com os meias e Pedro.

Curiosamente o Flamengo teve seu melhor momento pelo lado direito. Com o auxílio de Andreas, Matheuzinho e Everton conseguiram boas associações pela direita, gerando enfim algum volume ofensivo em último terço.

Ainda assim, o Fortaleza seguiu sendo perigoso nos contra-ataques. Com os dois zagueiros do Flamengo na área após bola parada, Moisés foi acionado e cruzou para Hércules. Hugo defendeu o chute do volante na pequena área e Ayrton Lucas tirou na linha.

Então Vojvoda e Paulo Sousa fizeram as mudanças finais na equipe. Lázaro entrou no lugar de Everton Ribeiro, fazendo com que o Vitinho jogasse na direita e Bruno Henrique centralizado. Sílvio Romero entrou no lugar de Robson, numa mudança simples de atacantes.

Cada vez mais disperso e perdido, o Flamengo não conseguia causar o mínimo desconforto para a defesa cearense. E continua cedendo espaços para contra-ataques.

Já nos acréscimos, o Fortaleza marcou o gol da vitória. Moisés foi mais um vez acionado em contra-ataque. O atacante driblou Matheuzinho e finalizou. Hugo defendeu e no rebote Hércules recebeu livre para decretar números finais ao jogo. 1×2.

Erros individuais não atenuam péssimo plano de jogo de Paulo Sousa

Apesar dos erros individuais, o revés diante do Fortaleza tem muito dedo de Paulo Sousa. O treinador não consegue automatizar dinâmicas com bola para a equipe produzir ofensivamente com frequência. Além disso, expôs seus defensores a seguidos contra-ataques durante o jogo.

O treinador não é o único nem o maior problema do Flamengo. Mas parece que não consegue consertar os problemas da equipe durante seus seis meses de trabalho. Continuidade difere de continuísmo. Sem correções, seguirá cometendo os mesmos erros. A temporada está em perigo.

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Link do Artigo do MundoRubroNegro

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