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Empate com Palmeiras deixa um misto de frustração e esperança no Flamengo


O Flamengo jogou bem no Maracanã lotado e pulsante, com torcida única.

A atmosfera favorável ajudou o bom trabalho coletivo a potenciar individualidades. Difícil apontar quem jogou mal entre os onze escolhidos por Paulo Sousa. Só Lázaro, que perde intensidade no segundo tempo, deu brecha para a entrada de Marinho, que também teve boa atuação, jogando bem aberto pela esquerda. Foi a única substituição em 90 minutos.

Depois de um início naturalmente tenso, pelo reencontro com o algoz da Libertadores, que conseguiu se impor, inclusive no aspecto mental, o time rubro-negro foi superior. Terminou com 56% de posse, 88% contra 76% na efetividade dos passes e 17 finalizações a dez, nove a cinco de dentro da área.

Mas na direção da meta de Weverton apenas duas, mesmo número do oponente. É muito pouco para vencer um goleiraço, protegido por sólido e organizado sistema defensivo, especialmente da dupla Gustavo Gómez e Murilo.

É preciso ser mais assertivo na zona de conclusão. Ter “punch” e a compreensão de que chances cristalinas, como a que De Arrascaeta desperdiçou no primeiro tempo, após receber passe certeiro de

Gabigol

, em ataque iniciado por arrancada de Lázaro, precisam ser convertidas em um jogo deste tamanho.

Porque o Palmeiras mobilizou suas forças como se fosse mata-mata de Libertadores. Time completo, concentração máxima. Entrou focado em se superar no cenário mais que adverso e também teve chances de vencer: Raphael Veiga perdeu à frente de Hugo, que salvou chute de Danilo com defesa espetacular. No final, com mais gás pelas substituições, também ameaçou.

Era impossível a “vingança” da final continental, já que só em outra decisão será viável devolver o revés, mas uma vitória do Fla carregaria simbolismo, uma demonstração de força. Mais que isso, seria um afago para a torcida que não vive uma alegria de título por mais tempo que o esperado, nem consegue superar os rivais que impuseram as derrotas recentes mais duras: Fluminense, pela sequência de resultados, e Palmeiras, por um só, mas gigante.

Talvez tenha faltado Bruno Henrique, que costuma crescer em jogos grandes. Ou mais felicidade nos chutes de Arrascaeta, inclusive o que bateu na trave de Weverton. Em suma, uma melhor relação finalização/gols, velho problema do time carioca.

Fica a expectativa da evolução de uma equipe que vai afirmando uma base, que deve ganhar reforços com saídas do departamento médico, especialmente de defensores. As atuações de Isla, Willian Arão, Filipe Luís, Thiago Maia e Everton Ribeiro são sopros de esperança em dias melhores. O Flamengo de Paulo Sousa foi organizado, intenso e criativo.

Mas o gol da catarse no Maracanã cheio ficou engasgado. Um misto de emoções para o torcedor que pode olhar o copo cheio pela metade ou meio vazio. Houve bom

futebol

e o gosto amargo do “quase” na mesma medida.

(Estatísticas:

SofaScore

)

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