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Dorival vê o Flamengo refém do sucesso e defende estratégia de ter dois times: “Decisões corretas”


Depois de vencer por 3 a 1 no Morumbi, o

Flamengo

enfrenta o São Paulo nesta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã, no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil, e o técnico Dorival Júnior recebeu o Maestro Júnior no Ninho do Urubu para um bate-papo sobre os três meses de trabalho do treinador à frente da equipe.


+ Pedro atinge contra o São Paulo seu maior número de jogos como titular pelo Flamengo num ano

Depois de muitas histórias do futebol contadas nos bastidores, Dorival, que disse a Júnior que ele é um dos seus grandes ídolos, respondeu sobre como conseguiu recuperar o time do

Flamengo

depois de um início de temporada ruim.

Júnior e Dorival Júnior no Ninho do Urubu, CT do Flamengo — Foto: Ivan Raupp
1 de 4 Júnior e Dorival Júnior no Ninho do Urubu, CT do Flamengo — Foto: Ivan Raupp

Júnior e Dorival Júnior no Ninho do Urubu, CT do Flamengo — Foto: Ivan Raupp

O treinador também comentou bastante e defendeu sua estratégia de escalar dois times diferentes, um no Brasileiro e o outro, considerado titular, nas copas

– A atitude tomada foi certa. As decisões foram corretas. Ano passado o

Flamengo

chegou num momento de decisões fragilizado em razão de lesões em sequência. Vamos correr o mesmo risco? Por quê? Ah, queremos todas as competições. Mas pode ficar sem nenhuma.

O bate-papo de Júnior com Dorival:


Resultado rápido em apenas três meses de trabalho

“Não esperava. Não tão rápido. Eu esperava resgatar a confiança dos jogadores, que a grande maioria eu já havia trabalhado. Alguns aqui no

Flamengo

, em 2018, alguns deles no Santos, o Filipe Luís praticamente começou comigo no Figueirense… Isso deixou menos complicado, já conheço as características de cada jogador”.


Mudança na forma de jogar após a lesão de Bruno Henrique

“Independente da lesão do Bruno, que sempre foi um jogador importante. O levei para o Santos, eu queria sua contratação antes mesmo de ele ir para Alemanha. Mas eu já estava com a ideia de que o Pedro teria uma oportunidade, porque sempre o vi como diferenciado. Em qualquer situação, é possível adaptar o Pedro”.


Resgate de Filipe Luís, Rodinei, Léo Pereira…

– Ninguém desaprende. Esse é um ponto importante. Era o momento que a equipe passava de incertezas e desconfianças. Queira ou não, esses jogadores já tinham mostrado a qualidade. O Léo estava no Athletico comigo, o Thiago Maia no Santos… São jogadores que eu sabia que não estavam dentro das melhores condições. Eu só provoquei uma condição em cada um e dei a condição de se recuperarem. Primeiro, com treinamentos, intensificando. Atacamos por todos os lados e modificamos o padrão de confiança. Depois, direcionamos com trabalhos táticos, mostramos caminhos.

Júnior entrevistou Dorival Júnior no Ninho do Urubu, CT do Flamengo — Foto: Fred Huber
2 de 4 Júnior entrevistou Dorival Júnior no Ninho do Urubu, CT do Flamengo — Foto: Fred Huber

Júnior entrevistou Dorival Júnior no Ninho do Urubu, CT do Flamengo — Foto: Fred Huber


Mudança de ambiente no elenco

“Isso é fundamental. Se não tiver um ambiente acolhedor, não caminha. Vai até um limite e não passa daquilo. Quando todos se sentem importantes, o retorno é maior. Eu também tinha duas equipes no Ceará, mas as pessoas não percebiam. Mudava quatro, cinco peças de uma partida para outra, e não jogavam mais do que três jogos seguidos.

É muito difícil jogar uma sequência de jogos em alto nível, principalmente nesses dois últimos anos. Os campeonatos se acumularam”.


Dois times no



Flamengo



e as cobranças

“Tenho convicção e certeza no que faço. Será que está certa essa desconfiança por causa de um empate ou outro? Mas vamos pensar de outra forma: por que os campeonatos não são mais divididos pelo ano? Você acaba penalizando as equipes que estão chegando. Quando consegue os resultados, se vê refém da situação.

As fases decisivas das competições confrontos. Os técnicos não são ouvidos. É culpa da comissão? Dos jogadores? Não é isso. O

Flamengo

é o único que está em três competições. Não tem como fazer diferente. O São Paulo não colocou ninguém para jogar. Nós colocamos uns seis jogadores que talvez possam atuar. Será que isso é o correto? A fase já está decidida? Não. O São Paulo vai deixar de viajar? A mesma coisa contra o Vélez. O 4 a 0 foi ótimo, mas já estava decidido? Não. O Vélez deixou de vir? Saíram na frente, e talvez a gente não tivesse forças para buscar a virada. Poderia acontecer se estivéssemos sempre com a mesma equipe.

Se eu tenho todo um aparato de fisiologia e medicina e me avisam que um jogador corre risco, podemos ter problemas. Estamos há três meses sem lesão. Resultados a todo instante nenhuma equipe vai conseguir, por melhor elenco que tenha. Contra o Goiás, tivemos seis jogadores considerados titulares, e nem por isso o jogo foi simples.

As pessoas não têm noção. Não podemos trabalhar com as possibilidades, mas com a realidade, principalmente com o que é mostrado aqui dentro pelas pessoas, que estudam, avaliam e passam os dados para o técnico errar o mínimo.

Ano passado o

Flamengo

chegou num momento de decisões fragilizado em razão de lesões em sequência. Vamos correr o mesmo risco? Por quê? Ah, mas queremos todas as competições. Mas pode ficar sem nenhuma.”

No bate-papo com Júnior, Dorival disse estar convicto de suas estratégias no Flamengo  — Foto: Fred Huber
3 de 4 No bate-papo com Júnior, Dorival disse estar convicto de suas estratégias no Flamengo — Foto: Fred Huber

No bate-papo com Júnior, Dorival disse estar convicto de suas estratégias no Flamengo — Foto: Fred Huber


Vantagem contra o São Paulo

“Não tem nada decidido. O São Paulo tem um treinador que conhece a maior parte dos jogadores que estão aqui, que teve uma ótima passagem e tem muita capacidade. A equipe saiu dessa mesma situação na Sul-Americana, merecidamente. Então, o que nos leva a crer que essa fase já esteja concluída? Nada! Não podemos correr riscos, precisamos ter os pés no chão. Tudo está em aberto e precisamos trabalhar muito.

O que é certo? O que é errado? No futebol só vamos saber depois do resultado, mas é preciso tomar precauções. A atitude tomada foi certa. As decisões foram corretas. Se tivemos um ou outro empate no caminho, foi uma coisa de momento. Que certeza teríamos que a equipe titular venceria? Nenhuma. O importante foi o que deixamos lá atrás”.



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