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Dorival Júnior descomplica o que Paulo Sousa complicou


Dorival Jr, técnico do Flamengo – Foto: Paula Reis

DRIBLE DE CORPO: Marcos Paulo Lima

Dorival Júnior foi anunciado oficialmente como sucessor de Paulo Sousa em 10 de junho. Completou 50 dias no cargo neste sábado na goleada por 4 x 1 contra o Atlético-GO. O técnico brasileiro pode encerrar a temporada de mãos abanando, faz parte do jogo, mas mostra até aqui uma enorme habilidade para descomplicar o que o antecessor insistia em complicar. A comparação entre os dois trabalhos a essa altura é constrangedora.

Goste você ou não, Dorival Júnior conseguiu explorar a fartura oferecida pelo elenco do Flamengo e montou a toque de caixa dois times competitivos para manter o time vivo na maratona do Brasileirão, na Copa do Brasil e na Libertadores. Tudo pode virar um castelo de areia em caso de eliminação contra Athletico-PR e/ou Corinthians nas quartas de final dos dois torneios disputados no sistema de mata-mata, porém o trabalho é competente.

Uma das razões do sucesso de Dorival é não inventar moda. Ele nem tem tempo para isso. O sistema de jogo dos times principal e reserva ou misto são simples, objetivos e sem as ideias rebuscadas e em certos momentos confusas de Paulo Sousa. Se Marinho chegou a ser ala-esquerdo com o português, com o brasileiro ele é ponta-direita e acabou. Leve, livre, solto e feliz, o atacante balançou a rede pela segunda vez na vitória deste sábado. Antes, ele havia marcado na vitória contra o América-MG, por 3 x 0, também no Maracanã.

O ataque sem centroavante usado no início da partida tinha Everton Cebolinha atuando nas quebradas em que mais se sente feliz, ou seja, aberto na ponta-esquerda em um 4-3-3 com a posse de bola e no 4-4-2 na recomposição defensiva. Dorival também dá moral a Lázaro. O menino do Ninho formou o trio de ataque com Marinho e Cebolinha e deixou o dele. Assim como na vitória contra o Juventude, em Brasília, ele soube aproveitar a oportunidade.

Em meio a tanta pressão por resultados, Dorival potencializa jovens da base. A exibição de Victor Hugo fez valer o ingresso desembolsado por 60 mil pagantes no Maracanã. Que atuação ao lado de cobras criadas como Diego Ribas e Vidal. Aos 18 anos, o “moleque” participou diretamente das tramas de três gols. Certamente ele colocou um trevo na cabeça do técnico. Principalmente para a volta contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada. Quem sabe não pinta como surpresa contra o Corinthians, terça-feira, na Neo Química Arena.

O Flamengo dorme no G-4 e pode até passar a semana nele se outros dois Atléticos não vencerem. O Mineiro visitará o Internacional e o Paranaense receberá o São Paulo. Na pior das hipóteses, o time carioca ficará no G-6. A distância de nove pontos em relação ao líder Palmeiras perdura. Não é culpa do Dorival. Ele administra o passivo da Era Paulo Sousa.

Link do Artigo do FlaResenha

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