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Dorival Jr. mostra seu lado mais estrategista na vitória sobre o Atlético-MG


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Mais uma vez usando uma equipe alternativa, o Flamengo de Dorival Jr. venceu o Atlético-MG no último sábado (15) pelo Brasileirão. Com Matheuzinho no meio-campo, o treinador mostrou sua versão mais estrategista para lidar com os desfalques e manter a equipe competitiva.

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Dorival Jr. usa nova variação tática para se defender

Em princípio, com a prévia da escalação, esperava-se que o Dorival Jr. seguisse utilizando o 4-3-3/4-3-1-2 para se defender. No entanto, o técnico fez algumas mudanças de posicionamento com e sem bola que modificaram coletivamente o funcionamento da equipe.

Defensivamente, o Flamengo passou a utilizar uma nova formação: o 4-1-4-1. Everton Cebolinha e Marinho atuaram mais alinhados a Matheuzinho e Victor Hugo, enquanto Matheus França ficou a frente. A formação protege melhor o corredor lateral dos avanços adversários.

Nos momentos em que o time buscava pressionar a saída de bola atleticana, um dos pontas avançavam para auxiliar Matheus França, implicando numa mudança da formação da equipe para o 4-4-2. Quando Marinho avançava, Matheus França cobria o corredor lateral e Victor Hugo se alinhava a João Gomes.

Já quando Cebolinha avançava, Victor Hugo cobria o corredor lateral esquerdo e Matheuzinho se alinhava a João Gomes na volância.

Com Matheuzinho, Flamengo se torna simétrico com bola

Além das mudanças defensivas, Dorival Jr. também trouxe inovações para o Flamengo com bola. A principal delas foi na simetria da equipe em atacar pela direita e esquerda. Normalmente os dois volantes pelos lados do losango do meio-campo têm características diferentes, ou seja, tem ações diferentes para se associar a seus companheiros ofensivamente.

Por exemplo, no ‘Flamengo das Copas’ Everton Ribeiro e João Gomes ocupam essas duas posições. Já na equipe alternativa, normalmente os que fazem esse papel são Vidal e Victor Hugo.

Apesar de ser um lateral de origem, Matheuzinho conseguiu emular muitos movimentos de Victor Hugo. O atleta não consegue gerar a mesma profundidade que o meia, todavia tem um bom timing para atacar espaços às costas e iniciar construções.

Dessa forma ambos conseguiam se associar com os pontas e laterais de seus setores, formando triângulos: Victor Hugo com Cebolinha e Ayrton Lucas. Matheuzinho com Varela e Marinho.

Variando bastante entre as posições, os três jogadores se posicionavam desta forma:

  1. Um jogador mais recuado, na base da jogada (ou seja, mais próximo dos zagueiros, no início da construção).
  2. Um jogador mais aberto, gerando amplitude para alargar a linha defensiva adversária e gerar espaços entre seus intervalos.
  3. Um jogador centralizado, que flutua para ser acionado no entrelinhas/profundidade ou ser uma opção de passe para o jogador mais recuado.

Algo que não era possível nas formações anteriores, pois os jogadores que atuavam no meio-campo não tinham parte dessas características citadas. Assim, ao contrário da equipe de titular que possui um lado mais agudo e outro mais protegido, a equipe alternativa usada pelo treinador foi simétrica.

Dorival Jr. consolida seu lado estrategista

Enfim, após chegar no Flamengo no meio de uma temporada em andamento e diversos problemas internos e externos, Dorival Jr. assina cada vez mais a autoralidade de seu trabalho no clube.

Ainda há quem diga que o treinador somente “fez o simples”, no sentido de agrupar os melhores jogadores num 11 inicial. Mas a realidade é que o técnico tem diversos planos táticos, diferentes e complexos.

Um grande trabalho que ganha cada vez mais forma e repertório. E que está preparado para ser campeão.

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