Técnico do Fluminense participou do ESPN FC desta quinta-feira (22) e falou sobre a chegada de treinadores estrangeiros no Brasil
Um dos treinadores mais elogiados do Brasil no momento é
Fernando Diniz
. Nesta quinta-feira (22), o comandante do
Fluminense
participou do
ESPN FC
e foi perguntado sobre
a chegada de colegas estrangeiros ao futebol brasileiro
.
Diniz disse que vê
naturalidade e modismo no movimento
e fez comparação com o movimento de contratação de interinos que ocorria há alguns anos.
“Eu acho que a chegada dos estrangeiros tem uma certa naturalidade.
Tem um pouco de moda, como há quatro, cinco anos era subir os interinos
. Justamente pelo pensamento:
‘ah, Jorge Jesus e Sampaoli vieram aqui e deram certo, então, vamos trazer treinador estrangeiro’
. Estrangeiro tem muitos bons e outros que não são, como são os brasileiros”, disse ele, que ainda seguiu exaltando os brasileiros, além de falar sobre o trabalho de Dorival.
“Aqui, tem muito treinador bom. Só ver o caso do Dorival no
Flamengo
. O tipo de performance que está tendo, é um cara que está aí há muito tempo, ficou quase dois anos sem um trabalho.
Se é um cara que vem de fora, a gente iria exaltar mais, a gente tem que exaltar mais
“, avaliou.
“O que tem de diferente do Flamengo? A posição do time no
Brasileirão
, como está nas Copas. E sempre foi um dos nossos grandes treinadores. Não precisa valorizar mais do que o estrangeiro, é valorizar da mesma forma”.
O treinador tricolor ainda fez questão de elogiar nomes de estrangeiros e
citou Sampaoli como o que mais contribuiu taticamente, em sua opinião
.
“E eu já cansei de elogiar, elogio o Vitor Pereira, o Sampaoli, que dos que vieram para cá, na minha opinião, é um dos que mais contribuiu em tática. E a gente valoriza menos ele no Brasil porque não ganhou título importante”.
O que falta ao futebol brasileiro
Perguntado sobre o que ele viu de crescimento esportivo nos últimos anos, o treinador ressaltou os avanços na fase defensiva dos clubes daqui, mas disse que o que falta está na formação dos jovens.
“Acho que o futebol brasileiro,
no aspecto de formação defensiva, melhorou muito.
Algumas coisas de aspecto ofensivo, mas menos. Mas
acredito que o nosso principal defeito é não olhar para os nossos jogadores
como a gente deve. Isso vem da base, a formação é falha. A gente tem que formar a pessoa primeiro, não só o jogador. Tem que saber quem é, da onde vem, quem são os pais”, avaliou.