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Craque o Flamengo faz em casa! Relembre os jogadores da base que participaram nos títulos da Libertadores


(Foto: Reprodução)

Craque o Flamengo faz em casa. Esse é um dos lemas do clube rubro-negro, que sempre revelou diversos jogadores muito talentosos e que ajudaram bastante o time na história. Na Libertadores, não é diferente. No próximo sábado (27/11), o Mais Querido vai disputar a final da Libertadores pela terceira vez. Em todas essas campanhas, os atletas da base foram importantes. O DIÁRIO DO FLA fez um levantamento da participação de todos os “crias” do Mengão que participaram em 1981, 2019 e, agora, em 2021.

O primeiro título foi justamente o que teve a maior participação da base rubro-negra. O histórico time de 1981 era quase inteiramente composto por atletas revelados no Flamengo. Dos 18 jogadores que entraram em campo pelo Mais Querido ao longo de toda a campanha, 13 passaram pela base. Já quando se leva em consideração a equipe considerada titular, 9 eram “crias” da Gávea. Apenas Raul e Lico/Baroninho, que alternavam, não eram revelações do clube.

Os outros 9 jogadores do time titular eram: Leandro, Figueiredo, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Zico, Tita e Nunes, todos revelados no Flamengo. Além deles, Cantarelli, Rondinelli, Vítor e Anselmo também começaram na base rubro-negra. Vale destacar que Nunes teve uma trajetória diferente dos demais. O centroavante foi revelado na Gávea em 1972, mas, sem chances no profissional, acabou indo para o Confiança, de Sergipe. Passou pelo Santa Cruz, Fluminense e Monterrey, do México, até retornar ao Mais Querido em 1980 e fazer história, se tornando o artilheiro dos jogos decisivos.

Nunes, inclusive, disputou todas as 14 partidas da campanha e marcou 6 gols, sendo o vice-artilheiro do time. Apenas Júnior também participou de toda a trajetória da conquista da Libertadores. Zico, por sua vez, foi o jogador com mais gols da competição, com 11 marcados em 13 jogos disputados, sendo 4 deles na final contra o Cobreloa, 2 no primeiro confronto e 2 no terceiro, de desempate. O camisa 10 marcou todos os gols da equipe na soma dos jogos da decisão. Leandro e Adílio também atuaram 13 vezes, com o volante balançando as redes em três oportunidades.

A dupla de zaga Mozer e Figueiredo atuaram em doze confrontos. Figueiredo, inclusive, começou a competição como reserva, entrando do banco em duas oportunidades, e acabou ficando de fora da partida final. Outro que disputou doze jogos foi Tita, que marcou 1 gol, justamente no empate com o Atlético-MG por 2 a 2 na fase de grupos, que foi fundamental para a classificação. Andrade, por sua vez, foi o titular que ficou de fora mais vezes, pois perdeu quase toda a primeira fase por lesão, mas esteve presente em toda a reta final e entrou em campo em 8 confrontos.

Já dos reservas revelados pela base rubro-negra, Vítor foi quem mais atuou, disputando 6 partidas, sendo 5 de titular, justamente na vaga de Andrade, no período que o volante ficou lesionado. Rondinelli, o Deus da raça, começou na zaga em dois jogos e entrou ao longo de outro. O goleiro Cantarelli iniciou a competição como titular e disputou um total de 4 confrontos, mas perdeu a vaga para Raul. Já Anselmo disputou apenas duas partidas, ambas vindas do banco, todas com boas histórias.

A primeira foi no último jogo da segunda fase, em que entrou na vaga de Nunes no ataque, fazendo a estreia na competição aos 22 anos, e marcou 1 gol. Já a outra foi no desempate contra o Cobreloa. Com a vitória praticamente garantida, Carpegiani colocou o atacante nos últimos minutos, de novo no lugar de Nunes, com um único objetivo: agredir o zagueiro Mário Soto, que na partida do Chile abusou da violência contra os jogadores do Flamengo, entrando em campo com uma pedra na mão e cortando o supercílio de Lico e Adílio. O ponta, inclusive, não teve condições de atuar a grande decisão. Assim, Anselmo entrou e, poucos segundos depois, deu o famoso soco no defensor adversário, que caiu no chão. O jogador foi expulso, mas a torcida celebrou e o apelidou de “Anselmo Vingador”.

2019

O título de 2019 já foi diferente. Os protagonistas não eram os jogadores da base. Pelo contrário. O time titular da reta final sequer tinha algum atleta revelado pelo Mais Querido. Mas, ao longo da campanha, alguns “crias do Ninho” foram importantes. Além disso, a equipe era muito forte, devido ao alto investimento nas contratações, que foram possíveis em boa parte graças às vendas de revelações no ano anterior, como Vinicius Jr, Paquetá e Felipe Vizeu.

Ao todo, 7 jogadores da base rubro-negra participaram da campanha da Libertadores de 2019. Mas, vale destacar que a maioria atuou poucas vezes, sendo que só três atletas foram titulares em algum jogo. O volante Ronaldo, por exemplo, só disputou 10 minutos, na vitória por 1 a 0 em cima do San José na estreia, enquanto Lincoln atuou em 33 minutos, na ida contra o Emelec nas oitavas de final, e Reinier por 19, na volta do confronto. Já Lucas Silva entrou em campo no total de 33 minutos, sendo 24 na derrota para os equatorianos e 9 na goleada em cima do San Jose por 6 a 1 na fase de grupos.

O atleta da base do Flamengo que foi mais importante na campanha do título de 2019 foi Léo Duarte. O zagueiro foi titular em todos os 6 jogos da fase de grupos e na ida contra o Emelec nas oitavas, quando fez a última partida com o Manto Sagrado, pois foi negociado para o Milan. Já Thuler teve uma função primordial no único jogo que disputou, atuando em todos os 90 minutos na volta contra o Emelec, que o rubro-negro venceu por 2 a 0. César, por sua vez, também entrou em um momento de pressão e deu conta do recado. O goleiro substituiu Diego Alves ao longo da derrota para a LDU na fase de grupos e foi titular na última rodada contra o Peñarol, em um jogo que o time seria eliminado se perdesse. O jogador foi bem e conseguiu segurar o 0 a 0.

2021

Por mais que não seja ainda como em 1981, a campanha atual tem uma participação bem maior dos jogadores da base que em 2019. Ao todo, também são 7 atletas com passagens pelas categorias inferiores do Mais Querido atuaram na competição, só que com mais impacto. O único desses que não participou tanto foi Rodrigo Muniz, que disputou apenas 9 minutos contra o Vélez, pelo último jogo da fase de grupos. Hugo Souza também só disputou uma partida, só que 45 minutos de bastante pressão contra a LDU, fora de casa, na altitude, pela segunda rodada da primeira fase.

Gabriel Batista foi outro goleiro da base que entrou na atual Libertadores, no período que Diego Alves estava lesionado. O jovem foi titular em duas partidas da fase de grupos, nos empates contra LDU e Unión La Calera, ambos por 2 a 2, fazendo algumas bonitas defesas. O volante Hugo Moura, por sua vez, entrou ao longo de três partidas da primeira fase, sendo os 8 minutos finais na estreia contra o Vélez, 37 minutos na vitória de 3 a 2 em cima da LDU fora de casa e 7 minutos no empate em 0 a 0 com o Vélez, na última rodada.

Já três jogadores da base tiveram grandes participações na campanha: João Gomes, Ramon e Matheuzinho. O volante disputou 6 jogos, sendo titular em 3. A primeira vez que iniciou foi justamente na altitude, contra a LDU, e foi um dos destaques do Flamengo no confronto. O jogador também começou no empate em 2 a 2 com o Unión La Calera e na vitória por 1 a 0 contra o Defensa y Justicia, na Argentina, pela ida das oitavas de final da Libertadores, única partida em que atuou todos os minutos e foi muito importante na defesa, com 5 desarmes, 3 interceptações e 3 cortes. João também entrou no primeiro tempo contra a LDU no Maracanã, após expulsão precoce de Arão. Já contra Vélez e La Calera, jogou pouco tempo.

Matheuzinho, por sua vez, atuou em 7 partidas na Libertadores, sendo uma como titular, contra a LDU, no Maracanã, em que teve ótima atuação. O jovem lateral também disputou 14 minutos contra o La Calera fora de casa. Já no mata-mata, entrou em quase todos os confrontos, sendo 11 minutos contra o Defensa y Justicia na ida e 16 na volta, 37 minutos contra o Olímpia fora de casa e 17 em Brasília, além de 15 contra o Barcelona-EQ no Maracanã, pelo primeiro jogo da semifinal, ficando de fora apenas do confronto de volta contra a equipe equatoriana.

Já Ramon disputou quatro partidas na edição atual, sendo 14 minutos contra o La Calera fora de casa e todo o segundo tempo contra a LDU, no Maracanã, tendo boa atuação. No mata-mata, o lateral não atuou nas oitavas de final contra o Defensa y Justicia e nem na semi contra o Barcelona. Entretanto, o jogador entrou nos dois jogos contra o Olímpia, nas quartas de final. Na ida, disputou 37 minutos, fora de casa. Na volta, esteve em campo por 22 minutos. Em ambos, o atleta foi bem.

Ou seja, o Flamengo, tradicionalmente, revela talentos nas categorias de base, que não só ajudam o clube financeiramente, mas também tecnicamente nas partidas. Os atletas foram importantes em todas as campanhas que o rubro-negro foi campeão da Libertadores e, caso vença a atual, terá sido mais uma vez com o apoio dos atletas com passagem pelo Ninho do Urubu.

 

Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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