Flamengo e Corinthians começam a decidir a Copa do Brasil 2022 nesta quarta-feria (12), às 21h45, na Neo Química Arena. Quase 50 mil corintianos vão lotar o estádio para empurrar o time de Vitor Pereira para cima do Rubro-Negro. A Rede Globo e o Sportv transmitem a partida.

A partida de hoje será mais um capítulo em uma longa rivalidade entre os dois time de maior torcida do Brasil. Por décadas, Flamengo e Corinthians duelaram nos campos, enquanto suas torcidas fizeram grandes festas nas arquibancadas.

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Para esquentar o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil 2022, entre Flamengo e Corinthians, o Mundo Rubro-Negro foi atrás do olhar do rival. Marcelo Dunlop, rubro-negro, falou sobre o Corinthians. Marília Ruiz, corintiana, deu a visão dela sobre o Flamengo.

Quem torce para time de massa, que ganhou tudo, carrega muitas características semelhantes. Seja de preto e branco ou seja de vermelho e preto, ser parte de uma massa de milhões é sempre uma experiência transformadora.

Marília Ruiz explora essa semelhança, mas com algumas diferenças claras. A jornalista da Band e do UOL afirma: “Torcer para um time de massa é se relacionar com todos os tipos de pessoas na arquibancada e se sentir “em casa”. Essa é a principal semelhança. Corintiano e flamenguista não tem uma cara, um tipo. Somos todos.”

Em seguida, Marília lista a principal diferença entre os dois clubes. Para a jornalista, tudo é uma questão de como se encara o jogo, mas também tem a ver com os espíritos das duas cidades, Rio e São Paulo: “A principal diferença é o jeito de ver e querer ver seu time em campo. Corintianos trocam dribles por carrinhos.”

Corinthians e Flamengo dividem a massa, mas também craques

Perguntada sobre o que vem a sua cabeça quando pensa em Flamengo, Marília reconhece o bom momento que o time vive. para ela, o rubro-negro é: “Um time com muitos talentos.”

Marília buscou na memória um duelo que foi marcante para as duas torcidas. As oitavas de final da Copa Libertadores 2010 colocou o Corinthians de Ronaldo e Roberto Carlos contra o Flamengo de Adriano e Vagner Love.

Naquela ocasião, o alvinegro chegava como favorito, pois tinha feito a melhor campanha da fase de grupos. Já o Flamengo , no seu eterno caos, tinha se classificado como o pior segundo colocado. Depois de vencer por 1 a 0 no Maracanã, gol do Imperador, os dois times decidiram a vaga no Pacaembu.

Marilia lembra de um episódio que aconteceu depois do jogo: “No Corinthians 2 x 1 Flamengo, na Libertadores de 2010, depois de trabalhar no Pacaembu, fui jantar com amigos cariocas que também estavam no jogo em bar famoso de São Paulo. Por acaso, lá estava o autor do gol da classificação rubro-negra [Vagner Love]. Anos mais tarde, quando ele foi jogar no Corinthians, contei essa história para ele que respondeu: ‘Agora sou um novo eu. Jamais vou repetir aquele “gol contra” e gargalhou.’

Além de Vagner Love, Flamengo e Corinthians compartilharam diversos outros ídolos. Sócrates e Casagrande, que comandaram a Democracia Corintiana, mas depois foram brilhar brevemente com a camisa rubro-negra. Por outro lado, Adriano e o já citado Vagner Love tiveram passagens marcantes no Parque São Jorge.

Isso sem falar em Marcelinho Carioca, formado no Flamengo, mas ídolo corintiano. Já Ronaldo, que sempre se declarou torcedor do Mais Querido, foi jogar no Corinthians e jamais foi perdoado pela torcida carioca.

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