Após o caso de racismo contra torcedores do Flamengo no Chile, a Conmebol tomou uma atitude com relação ao crime nas partidas da entidade. Conhecida popularmente pela impunidade nesses casos, a entidade prometeu mudanças nos regulamentos dos torneios da confederação.

Conforme divulgado em nota, a Conmebol garante que “promoverá mudanças na regulamentação para aumentar e endurecer as penalidades em casos de racismo”. Além disso, a entidade informa que “se compromete a desenhar e implementar novos programas e ações que visem banir definitivamente este problema do futebol sul-americano”.

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No entanto, em nenhum momento, a nota cita a partir de quando as medidas serão tomadas. Além disso, a entidade escreveu que “agora é possível identificar claramente os infratores e puni-los com a maior gravidade”, mas não estipulou punições para essas pessoas identificadas.

Nas duas últimas semanas, cinco times brasileiros foram alvo de racismo. Flamengo sofreu no Chile contra a Universidad Católica; enquanto o Palmeiras no Equador contra o Emelec. No entanto, os argentinos foram os mais racistas. Torcedores de Boca Júniors, River Plate e Estudiantes cometeram atos de injúria racial contra Corinthians, Fortaleza e Red Bull Bragantino, respectivamente.

Universidad Católica será punida

Conforme informou o jornalista Venê Casagrande, a Conmebol vai punir a Universidad Católica pelos gestos racistas contra o Flamengo. O jornalista relevou também o que o delegado da partida escreveu no relatório do jogo sobre o crime.

“Ao final do jogo, os torcedores da Universidade Católica que estavam na arquibancada de Ignacio Prieto fizeram gestos racistas contra os torcedores do Flamengo”, escreveu o delegado.

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Ainda de acordo com o jornalista, a entidade já tem os documentos em mãos. Agora, a entidade avalia quais serão os próximos passos.

Confira a nota na íntegra da Conmebol

“-A CONMEBOL promoverá mudanças na regulamentação para AUMENTAR E ENDURECER as penalidades em casos de racismo. Também se compromete a desenhar e implementar novos programas e ações que visem banir definitivamente este problema do futebol sul-americano.

-O futebol é um difusor incomparável de valores positivos e construtivos na sociedade. Nos campos, treinos e competições, os jogadores de futebol aprendem desde cedo a respeitar seus adversários e valorizar suas virtudes, a tolerar os erros dos companheiros e ajudar a corrigi-los, a trabalhar em equipe e em união, a saber que o caminho para vitória É a do trabalho e do sacrifício. A CONMEBOL intensificará o trabalho contra o racismo e outras formas de discriminação nas CATEGORIAS DE TREINAMENTO.

-É preciso ressaltar que o racismo não é um fenômeno que começa e termina no futebol, que, sendo um espetáculo massivo, torna-se mais um campo de ampla visibilidade em que este e outros vícios sociais podem vir à tona. A sensação de anonimato proporcionada pelas arquibancadas esportivas leva os desajustados a desencadear seu comportamento inaceitável. No entanto, isso mudou muito nos últimos anos, pois agora é possível IDENTIFICAR CLARAMENTE OS INFRATORES E PUNI-LOS COM A MAIOR GRAVIDADE.

-Esses flagelos não serão superados se não se entender primeiro que eles devem ser atacados em todos os níveis: na educação familiar, nas escolas e faculdades, na mídia, nas organizações civis, no mundo empresarial, através das políticas públicas e certamente também em esportes.

– A CONMEBOL exorta todos os jogadores do futebol sul-americano — clubes, federações, mídia e torcedores — a REDOBRAR ESFORÇOS PARA ERRADICAR O RACISMO e outras formas de violência e discriminação e preservar o que há de mais valioso em nosso esporte: sua mensagem de camaradagem, esportividade e saúde concorrência.”

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