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Como som alto e carrão a 200km/h fizeram André Santos ser preso em Londres


A caminho do CT do Arsenal, dirigindo uma Maserati a cerca de 200 km/h (em uma estrada em que o limite de velocidade era cerca de 110 km/h), e ao som do cantor Belo. Foi assim, basicamente, que André Santos foi preso na véspera da estreia do time londrino no Campeonato Inglês de 2012/13 – jogo em que o ex-lateral esquerdo foi titular, apesar do episódio.

Atualmente com 47 anos, o ex-jogador contou que a abordagem policial era comum em Londres por conta do barulho de seu carro esportivo. No dia da prisão, no entanto, André Santos alega não ter visto a sinalização dos oficiais para que parasse o carro. Depois disso, ele admite que se excedeu.

“Fui preso em Londres indo para o treino. Na verdade, eu tinha três carros quando eu jogava no Arsenal: um Smart, que não tinha estacionamento lá; uma Land Rover, para a família; e um carro esporte, que eu gostava, a Maserati [GranTurismo]. Eu ia para o treino com a Maserati, fazia muito barulho, sempre que a polícia me via, parava. Tudo certo, pedia documento”, disse em entrevista ao programa Reis da Resenha, da

Jovem Pan

.

“Nesse dia, eu estava indo para o treino e tinha uma rua que ia para o CT do Arsenal, chamava M25. Aí, novo na Inglaterra, tudo funciona, estava com a Maserati e pensei: ‘vou dar uma esticada’. Tranquilo, som do Belo explodindo. Ouvindo Belo e indo para o treino. A polícia mandou parar e eu não vi. Entrei na M25 e rasguei. Era 70 mph [112 m/h, o limite de velocidade]. Eu estava a 125 m/h [201 km/h]. Aí, cortando, cortando, quando eu chego perto do CT, onde tinha uma bifurcação, fui encostar, dois carros de polícia me fecharam e um outro chegou atrás”, continuou o atleta, que chegou a defender a seleção brasileira.

André Santos comemora seu gol pelo Arsenal contra o Olympiakos, pela Liga dos Campeões - AFP PHOTO/GLYN KIRK - AFP PHOTO/GLYN KIRK

André Santos comemora seu gol pelo Arsenal contra o Olympiakos, pela Liga dos Campeões

Imagem: AFP PHOTO/GLYN KIRK

Sem dominar o idioma local, André Santos contou com a ajuda de um funcionário português do Arsenal, já que estava perto do centro de treinamento do clube. Enquanto esperava o auxílio, companheiros de time, como Giroud e Arteta, viram a situação de longe.

“Mandaram eu descer do carro, eu saí. Nem falava inglês. E o som explodindo com o Belo. Eu falava que não era bandido e eles me revistaram. Os caras [do Arsenal] passando para o treino, Giroud, Arteta: ‘what did you do? [o que você fez?]'”, contou André Santos.

“Eu só queria alguém que falasse português para me ajudar. O Seu José, um português que trabalhava no CT, cuidava dos campos, veio e me ajudou. Eles me prenderam, algemaram, colocaram dentro do camburão. Falaram que precisava de alguém para pegar o carro e que eu ia para a delegacia. Fui preso. Um dia antes da estreia do Inglês. Eu seria titular. Fiquei das 9h até 19h”, afirmou.

André Santos disse, ainda, que Arsène Wenger, então treinador do Arsenal, foi quem cuidou de sua saída da prisão. O técnico francês conversou com o brasileiro ainda detido, aconselhando-o e acalmando-o, além de garantir que ele não perderia lugar no time titular no dia seguinte.

“Fiquei lá, o Wenger me ligou, explicou que eu tinha que segurar, respeitar as leis de trânsito, disse que os ingleses eram complicados. Ele mandou um advogado. Saí, fui direto para a concentração e joguei no dia seguinte. A torcida fez até uma

música

para mim, que eu dirigia mais rápido. Dentro da cela, era um negócio no chão para ir ao banheiro, cama de cimento. Aí, você deita, começa a pensar”, finalizou o ex-jogador.

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