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Como a autoestima palmeirense alimenta a má vontade da mídia


Quase finalizada mais uma rodada do Brasileirão, o Palmeiras segue líder isolado. São nove pontos de vantagem sobre o mais recente vice-líder, o Fluminense, que ontem venceu o Flamengo. Aquele que praticamente todos concordavam ser o único capaz de ameaçar o título alviverde se vê agora com 12 pontos para buscar.

O problema, cara gente bonita que me lê, é que o time de Abel Ferreira praticamente não perde. Desde a derrota na estreia, para o Ceará, em abril, houve apenas um outro tropeço, contra o Athletico-PR, em 2 de julho.

De lá para cá, enfrentou todos os adversários mais bem colocados no campeonato: Internacional (ganhou),

Corinthians

(ganhou), Flamengo (empatou), Fluminense (empatou).

Ontem, venceu o clássico contra o Santos atuando, novamente, com dez. Aos 15 minutos do segundo tempo, Danilo foi, novamente, bem expulso. O Palmeiras continuou controlando a partida e, aos 32, depois de passar perto com uma bicicleta, Merentiel fez um golaço para selar mais uma vitória, mais uma semana com folga na liderança. Hoje, o Inter enfrenta o

Atlético-GO

e pode assumir o segundo lugar, a oito pontos do Alviverde.

E sabem o que se encontra na imprensa, nos grupos de zap, no Twitter? Muita reclamação e pouca empolgação.

Abel e Danilo expulsos outra vez! Cadê a cabeça fria? Esse Tabata não dá. Atuesta nem se fala. Finalmente o Merentiel mostrou a que veio tendo custado uma fortuna. Não sabe contratar. Leila isso e aquilo.

O apoio nunca deve ser acrítico, claro. Mas a torcida palmeirense reclama – com razão – de uma má vontade da mídia, enquanto ela própria não para de cornetar o clube por um segundo.

Além do eterno medo da “parmerada”, da hora em que o mundo começará a despencar, da falta de otimismo e excesso de amendoim, há uma baixa autoestima que não ajuda. Sabe aquela história de que quando você projeta autoconfiança, as pessoas também confiam mais em você? É verdade.

Existe uma boa vontade extra com o Flamengo, por exemplo? Sim. Existe também uma confiança quase sem limites por parte de quem apoia a equipe. No dia do confronto direto que poderia ter colocado o Rubro-negro de vez na luta pelo título, brinquei que era capaz de os flamenguistas saírem mais otimistas com seis pontos de desvantagem do que palmeirenses com 12 na frente.

A relação da torcida com a cobertura da imprensa se retroalimenta. É como se ninguém quisesse acreditar que o Palmeiras pudesse ser tão bom assim. Uns porque prefeririam que não fosse e outros porque acham bom demais para ser verdade.

Só que é verdade esse bilete. E quanto antes a torcida abraçar o sucesso, antes o entorno pode se render também. Ou não, mas talvez a torcida esteja curtindo tanto, que se importe bem menos com o que dizem por aí.

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