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Combativo, Vélez fará semifinal muito dura com o Flamengo


Aconteceu o que se previa. Como

a coluna imaginava há mais de um mês

, o Vélez Sarsfield será o adversário do Flamengo em uma das semifinais da Libertadores de 2022.

Há sim uma diferença de elenco, e o Flamengo é o aberto favorito à chegar à sua segunda decisão seguida da Libertadores, mas convém respeitar o Vélez desde já.

O clube portenho levou a campo ontem na vitória por 1 a 0 sobre o Talleres em Córdoba aquilo que tem caracterizado sua campanha especialmente nos matas-matas: um apetite absurdo em cada jogada, brilhando naquilo que os argentinos tradicionalmente apreciam em seu “campo de batalha”. É um Vélez que não poupa energia em cada dividida, sendo um digno representante de outro trocadilho bem repetido no país vizinho. É um primor de ”

futebol

arte”.

Arte marcial, que fique bem claro

Dividida até com a cabeça

A proposta do técnico “Cacique” Medina ontem em Córdoba foi trancar o time em duas linhas de quatro bem formadas na defesa e no meio-campo. O Vélez se desfazia da bola e dava “estourões” para apostar numa dividida e na constante briga dos atacantes Janson e Orellano contra os zagueiros do Talleres.

O enorme ponto alto foi Lucas Pratto, que na opinião da coluna fez sua melhor partida na carreira desde os gols nas decisões contra o Boca em 2018. Fez jus ao seu apelido de “Urso”, dando pontapés e lutando pelas bolas com um apetite realmente interessante para o seu porte físico. Ajudou demais o esquema de Medina, atuando como um armador e oferecendo as bolas precisas que tanto ameaçaram o Talleres.

Outro destaque deste Vélez que chega para encarar o Flamengo é a falta de pudor na hora de competir. Ontem em Córdoba se viu uma seriedade realmente rara nas jogadas. O lateral-direito Jara foi outro exemplo de seriedade, isolando a bola para onde o nariz apontava, mas jamais perdendo o duelo pelo seu setor.

Quem fez o mesmo foi o bom zagueiro Valentín Gómez, de 19 anos, que ainda no primeiro tempo foi para uma dividida com a cabeça contra o pé de um atacante do Talleres.

É um Vélez mesclado e de ótimo aproveitamento das divisões de base. Impossível chamá-los de promessas. Todos com 19 anos, o zagueiro Gómez, o volante Máximo Perrone e o atacante Julián Fernández, autor do gol, são jogadores que vão encarar esta semifinal com o Fla como o jogo de suas vidas.

Para o Fla, será um degrau a mais em busca do objetivo que alcançou, por exemplo, no ano passado. Para o Vélez, será o portal para uma façanha histórica em um clube que está em sua primeira semifinal desde 2011 (perdeu para o Peñarol) e busca sua primeira decisão desde 1994 (foi campeão em cima de um São Paulo que também era imenso favorito).

Por fim, há a dúvida sobre como o Vélez vai receber o Flamengo depois do bárbaro espancamento aos visitantes do Talleres na semana passada. A Conmebol fez um duro relato sobre o que aconteceu no Estádio José Amalfitani, mas ainda não anunciou se haverá sanção.

Será merecido. Quem também merece punição é o técnico Alexander “Cacique” Medina, que ontem deu um tapa em jogador do Talleres.

O Flamengo tem muito mais time, mas vai precisar de técnica e paciência para furar a retranca e murchar o entusiasmo do Vélez. O adversário do Fla já provou seu espírito “copeiro” nas duas séries anteriores e vai exigir enorme seriedade dos comandados de Dorival Júnior.

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