A
derrota para o Botafogo
, ontem (8), pelo
Campeonato Brasileiro
, foi mais um ingrediente num momento turbulento vivido pelo
Flamengo
e que teve fortes capítulos nos últimos dias. Em meio a este cenário, o técnico Paulo Sousa tenta manter a missão de repaginar o elenco e fazer a equipe engrenar, mas vê contestação ao trabalho ganhar ecos.
A conjuntura no Rubro-Negro passa longe da tranquilidade. Durante o duelo no Mané Garrincha, já com o resultado negativo no placar, pôde-se ouvir, das arquibancadas, pedidos pelo retorno de Jorge Jesus, “fantasma” que perseguiu os últimos técnicos do clube e ganhou ainda mais força na semana passada, com o
próprio Mister externando o desejo em retornar à Gávea
.
O início da caminhada de Sousa no Fla tem sido de altos e baixos. As derrotas na Supercopa do Brasil e no Campeonato Carioca colocaram o nome dele na mira de críticas da torcida, mas a diretoria demonstrou apoio e confiança. O técnico também fez
movimentos para tentar aparar arestas
que eram nítidas e
conseguir uma maior conexão com os comandados
, com o objetivo de tornar os próximos passos mais leves.
Imagem: Mateus Bonomi/AGIF
As mudanças mais drásticas não estavam apenas nas peças em campo, mas também nos treinos, na formação e estratégia de jogo. O treinador tenta quase que construir uma equipe com uma nova cara.
Após as frustrações iniciais em 2022, o Rubro-Negro largou bem na
Libertadores
e o trabalho indicava dar frutos mais maduros, apesar de ainda distante da solidez esperada. Porém, veio nova oscilação e uma bombástica entrevista de Jorge Jesus.
As
declarações não caíram bem
, e criaram uma confusão na Gávea, aumentando a pressão externa sobre Paulo Sousa. Apesar do clima, os dirigentes adotaram cautela e ainda não se pronunciaram de forma oficial. Sabe-se, porém, que as afirmações de JJ não foram bem digeridas por Marcos Braz, vice-presidente de
futebol
.
O revés diante do Botafogo, em clássico em que entrou como favorito diante de um elenco que ainda busca um maior entrosamento, pesou e estendeu as dúvidas.
Ao apito final, foi à coletiva e
falou pela primeira vez sobre Jorge Jesus
. Evitou frases ácidas, mas lembrou Paulo César Carpegiani, técnico do Mundial de 1981, quase que uma forma irônica. Também admitiu que a equipe tem de melhorar em alguns aspectos, mas, principalmente, lembrou ser uma temporada de mudanças.
“Esse é um ano sensível, que há uma ruptura e uma reconstrução de processos. Precisamos dar consistência e acreditar convictamente neles”, disse.
Entre dúvidas e convicções, Paulo Sousa vive uma gangorra e busca mais que simples soluções. Com o trabalho de 2019 ainda bastante reluzente na memória dos rubro-negros, o português tenta fazer com que aquele ano seja apenas uma boa lembrança da torcida e fazer 2022, enfim, caminhar.
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