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Clubes racham por criação de liga após ‘telefone sem fio’ entre grupos



Com Igor Siqueira

Em reunião na CBF, 25 clubes das Séries A e B decidiram formar uma nova entidade para discutirem a Liga para organizador o

Campeonato Brasileiro

, entre outros assuntos. Do outro lado, já existe a Libra (Libra de Clubes do Brasil), com participação de 13 times. A divisão dos times em dois grupos foi precedida por um ‘telefone sem fio’ sobre uma carta e critérios de divisão de receita de TV.

No meio de maio, os 25 clubes – liderados por

Atlético-MG

, Fluminense e Internacional – mostraram disposição em um encontro com os times da Libra para negociar a distribuição das cotas de transmissão. Mas todas as tentativas de conversas entre as partes foram malsucedidas, principalmente uma correspondência entre as partes.

O Atlético-MG e Fluminense assinaram uma carta, em 31 de maio, em nome de todos os clubes pedindo um encontro com os dirigentes da Libra, com duas datas possíveis. Havia um prazo de sete dias para resposta.

“No dia 31 de maio, nós fizemos um ofício pedindo aos clubes da Libra para que marcasse uma reunião, nos dessem duas datas, com local e horário, para sentar e tentar discutir. Eles nem resposta nos deram”, disse o presidente do Galo, Sergio Coelho.

A questão é que a carta chegou para representantes da Libra em 1° de junho por meio de telefone. E nem todos os presidentes de clubes listados — Flamengo,

Corinthians

, Santos, São Paulo, Palmeiras e

Red Bull Bragantino

— receberam o documento pelo no WhatsApp.

Ainda assim, a Libra preparou um documento como resposta que mandaria para todos os 25 clubes por e-mail. O objetivo era oferecer uma reunião para mostrar todos os critérios de distribuição de receitas de TV, incluídas as mudanças recentes. O documento seria enviado no dia 8 (ontem). Mas os representantes da Libra foram surpreendidos com a reunião de fundação de outra entidade, e agora analisam se respondem.

No documento, os 25 clubes propõe uma divisão com 45% igual, 30% por performance e outros 25% por engajamento de torcida. Dizem que isso foi discutido com o presidente do São Paulo, Julio Casares. E defendem a discussão dos critérios de performance e engajamento, com alterações na proposta da Libra.

Mas a discussão dos critérios de divisão de dinheiro na Libra evoluiu e a realidade é diferente da incluída no estatuto. Atualmente, o engajamento por torcida já excluiu redes sociais dos itens que seriam medidos. Também foi retirado o item audiência, que é o defendido pelos 25 clubes do novo grupo.

Já a distribuição do dinheiro por performance também já foi revisto dentro da Libra: houve redução entre o time campeão e o último colocado proporcionalmente. Dentro do grupo, a informação é de que sugestões dos 25 clubes foram incorporadas

A dificuldade do diálogo entre as partes tem um motivo conceitual. Os 25 clubes só aceitam se juntar à Libra se forem revistos os critérios antes, enquanto os times da Libra só concordam em discutir se houver adesão.

Há um consenso ouvido de líderes dos dois grupos, Libra e 25 times: quando houver dinheiro da TV de fato na mesa, os dois lados vão se sentir obrigados a dialogar para evitar a redução do bolo do Brasileiro. Se ainda assim não sair um acordo, aí cada um dos dois lados terá de montar nova estratégia para aproveitar fatias menores.

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