
Favoritismo
não é certeza de vitória. Algo óbvio, mas que muitas vezes não é bem entendido pelo torcedor no Brasil.
O Flamengo tem um time mais qualificado, conseguiu a classificação na Libertadores com relativa tranquilidade na mesma ordem de mando de campo. Natural ser considerado o que tem mais possibilidades de conquistar a Copa do Brasil em 180 minutos.
Mas o
Corinthians
tem cinco bons motivos para acreditar na chance de levantar o quarto troféu de mata-mata nacional no Maracanã:
1 – História
As três conquistas do clube nesta competição aconteceram fora de casa:
Em 1995, vitória no Pacaembu por 2 a 1 sobre o
Grêmio
de Felipão, que seria campeão da Libertadores meses depois. Novo triunfo, por 1 a 0, em Porto Alegre, ratificando o título.
Em 2002, o time de Carlos Alberto Parreira venceu o surpreendente Brasiliense na ida: 2 a 1 no Morumbi. Empate por 1 a 1 no Serejão, em Taguatinga/DF.
Sete anos depois, o Corinthians de Mano Menezes e Ronaldo Fenômeno, na volta da Série B e depois de perder a edição anterior para o Sport, superou o Internacional de Tite, campeão da Sul-Americana invicto no ano anterior. 2 a 0 no Pacaembu, 2 a 2 no Beira-Rio.
O Flamengo caiu duas vezes no Maracanã em finais do torneio: 0 a 0 no Olímpico e 2 a 2 no Maracanã, perdendo no “gol qualificado” em 1997 para o Grêmio e o histórico revés em 2004, empatando por 2 a 2 fora e sendo derrotado no Rio de Janeiro pelo Santo André por 2 a 0.
2 – Vítor Pereira
O português é um treinador melhor que Dorival Júnior. Já mostrou mais currículo e repertório tático que o brasileiro. Também capacidade de adaptação, ao chegar ao Brasil e trabalhar sem tempo para treinar e com elenco desequilibrado. Montou equipe mais reativa e foi até o limite na Libertadores e segue lutando por G-4 nos pontos corridos.
Agora terá tempo para montar a equipe e pode, inclusive, tentar algo que surpreenda um adversário que tem formação titular mais que definida e o técnico pode se debruçar sobre virtudes e defeitos, como fez Abel Ferreira pelo Palmeiras na final da Libertadores 2021.
3 – Renato Augusto
O Corinthians é outro com seu camisa oito em boas condições físicas.
Vitor Pereira ainda dá liberdade, com Du Queiroz e Fausto Vera mais dedicados à proteção da defesa, deixando Renato Augusto para organizar os ataque e aparecer na frente para finalizar, com sua famosa “chapada” de direita com efeito no canto ou ângulo esquerdo do goleiro. Assim marcou gol fundamental
na semifinal contra o Fluminense
.
Pode ser um fator de desequilíbrio nos dois jogos.
4 – Flamengo na final da Libertadores
O Corinthians tem apenas a Copa do Brasil como possibilidade real de título, enquanto o adversário estará a menos de um mês de uma final de Libertadores.
No caso de um jogo mais intenso e físico, a equipe paulista pode se impor pelo receio de lesões, ainda que inconscientemente, dos rubro-negros. Por mais que a cultura de mata-mata no Brasil seja forte e a premiação excelente, ainda é uma copa nacional e não pode ser comparada em relevância com o grande título sul-americano entre clubes. Ainda mais depois do doído revés do time carioca do ano passado.
5 – Força em Itaquera na ida
O Flamengo tem retrospecto favorável em na Neo Química Arena, inclusive aplicando a maior goleada sofrida pelo Corinthians em sua casa: 5 a 1 em 2020, pelo Brasileiro.
Mas valendo taça é diferente e a Fiel, que cria atmosfera impressionante no estádio, pode ajudar a equipe a construir uma vitória administrável fora. Mais um motivo para ter fé.
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