Pilar do Flamengo desde que chegou ao clube em 2019, Giorgian de Arrascaeta vem sendo preparado pelo departamento médico do clube para a grande final da Libertadores, contra o Palmeiras. O DIÁRIO DO FLA relembrou a história do camisa 14 do Mais Querido, que deu os primeiros chutes na bola já aos quatro anos de idade.

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Nascido na pequena Nuevo Berlín, no Uruguai, cidade com pouco mais de 2.400 habitantes, Arrascaeta começou a carreira na infância pelo Pescadores Unidos, clube amador da região. O meia é filho de Alfredo Arrascaeta, jóquei que venceu alguns torneios de hipismo com o cavalo Giorgian. Assim se deu o primeiro nome do jogador.

“Tinha o futebol e os cavalos. Meu pai, primo e tio eram jóquei, trabalhavam com cavalos, então conciliei minha vida no futebol e os cavalos. Mas sempre me inclinei mais para o futebol, a paixão era muito grande. Comecei a jogar com quatro anos”, declarou Arrascaeta, durante o evento ‘Craques da Paz’, em 2019.

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Torcedor do Peñarol desde criança, Arrascaeta poderia ter seguido carreira totalmente diferente se não fosse uma fratura no braço. Uma reportagem do ‘Esporte Espetacular’, em 2019, revelou que o meia chegou a montar alguns cavalos para tentar seguir a carreira do pai, mas sofreu a lesão ao cair do animal e desistiu do esporte.

Alfredo também incentiva o filho no futebol e dava cinco pesos (moeda local) a cada gol que o atleta fizesse. Contudo, Arrascaeta passou a marcar inúmeros gols por partida e o pai não conseguia mais arcar com a promessa. Destaque entre os companheiros no Pescadores Unidos, Arrascaeta chamou atenção de olheiros do Club Anglo, da cidade vizinha e se juntou à equipe em 2007.

Já em 2009, com 15 anos, foi notado pelo Defensor Sporting, de Montevidéu e foi contratado pelo time da capital. Pelo clube, Arrascaeta estreou em 2012, aos 18 anos, e ajudou a equipe a conquistar o Torneio Clausura, um ano depois. Ao todo, o meio-campista atuou em 65 partidas pelo time uruguaio, com 18 gols anotados.

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“Tive que deixar a família de lado para ir em busca do sonho que era ser um jogador profissional. Então parti cerca de 500km da minha cidade, para chegar em Montevidéu, cheguei la no clube e morava com 25 meninos. Obviamente, a saudade da família no começo foi muito grande”, disse o meia no evento há dois anos.

“O começo foi difícil que sempre ligava meu pai e mãe e dizia que queria voltar para casa. A gente tem os sonhos, as metas, de querer jogar então quando coloco uma coisa na cabeça dou o meu melhor. A noite sempre imaginava que minha hora iria chegar, que deveria dar duro no dia a dia, e graças a Deus aos poucos fui melhorando”, completou.

Em 2014, se destacou na Libertadores, nas duas partidas contra o Cruzeiro na fase de grupos, e foi comprado pelo time mineiro em janeiro de 2015. Quatro anos depois, se tornou a contratação mais cara da história do Flamengo (R$ 63 milhões) e foi peça fundamental das conquistas da Libertadores, Campeonatos Brasileiros, Supercopas e Recopa Sul-Americana.