A
vitória do Fluminense diante do Flamengo
no Fla-Flu pelo
Brasileirão
no último domingo (18) rendeu novos elogios ao técnico Fernando Diniz, que na semana passada havia sido apontado por um jornal espanhol como possível substituto de Tite na
seleção brasileira
. Para
Casagrande
, é preciso ter mais cautela nas análises sobre o treinador, assim como faltam conquistas.
No
Cartão Vermelho
, ao lado de José Trajano e Juca Kfouri,
Casagrande
afirma que os elogios a Diniz e a lembrança de que ele é psicólogo só aparecem nos momentos em que ele ganha, assim como ao ser colocado como alguém que faz seus times jogar bem sem que vençam, às vezes o leva a ser colocado em um patamar que ele ainda não tem.
“Ficar valorizando o trabalho que ele faz, que é ótimo, mas esquecendo que não ganha títulos, é colocar o Diniz na mesma prateleira do Rinus Michel e do Telê, porque o Telê não ganhou a Copa de 1982 com aquele timaço e ficou com fama de pé frio, só foi perder essa fama quando ganhou o bicampeonato mundial e a
Libertadores
com o São Paulo”, diz
Casagrande
.
“Rinus Michel em 1974 e o mágico time de 1982 com o Telê, são dois treinadores lembrados como gênios e duas seleções lembradas como históricas, mas que não ganharam. Você vai colocar o Diniz nesse patamar? Ele precisa ganhar algum título, senão a lembrança que vão ter dele é a do pé frio. Valorizo sim o trabalho que ele faz, mas eu cobro títulos, precisa ter títulos,
futebol
é competição”, completa.
Veja o que mais rolou de interessante na opinião dos colunistas do UOL:
Casagrande: Flamengo é freguês, mas é quem disputa título
O Flamengo voltou a ser derrotado pelo Fluminense em um Fla-Flu, ampliando a vantagem que o time tricolor tem nos últimos confrontos. Para
Casagrande
, apesar da rivalidade, o que vale mais é que o time de Dorival Júnior é o que tem a possibilidade de títulos na temporada.
“Às vezes uma grande equipe fica perdendo para um rival, quando tem essa rivalidade, a disputa não tem diferença, pode acontecer qualquer coisa. Para mim não é uma surpresa no momento o Flamengo ser freguês, mas ele está na final da Copa do Brasil e da Libertadores e o Fluminense vai brigar por vaga na Libertadores. Quem está nas disputas de título é o Flamengo”.
Casagrande: Ganso não tem intensidade para jogar na seleção
A atuação de Paulo Henrique Ganso no Fla-Flu foi decisiva para a vitória do time comandado por Fernando Diniz e José Trajano lançou uma provocação a
Casagrande
se não era o caso de considerar o meio-campista para a seleção brasileira.
“Sou fã do Ganso, voltou a jogar bem, o Diniz encontrou posição para ele que funciona, mas ele não tem a mesma dinâmica e numa Copa do Mundo a intensidade do jogo é absurda, o jogo não para. O número 10 do time quando a bola está chegando, já tem três nele. Ganso tem um passe maravilhoso, é um maestro, mas não tem mais o raciocínio que o futebol tem hoje para uma Copa do Mundo”.
Trajano sobre racismo com Vini Jr: É assustador que tenha gente assim
Antes do clássico vencido pelo
Real Madrid
contra o Atlético de Madri, o atacante brasileiro Vinícius Júnior foi vítima de racismo em um programa de TV e também por parte de torcedores do Atlético. Trajano ficou indignado com a forma como abordaram o jogador.
“Depois daquele empresário que falou aquelas barbaridades, a resposta do Vini Júnior foi exemplar. Aí vem o outro e fala de novo, despejando tudo em cima do Vini Júnior. É assustador que mundo afora tenha gente assim, o mundo está meio perdido mesmo, de ponta cabeça, isso magoa muito”, conclui.
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