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Caio foi talismã do Botafogo contra o Flamengo e agora sonha em levar Emirados à Copa do Mundo


Ex-Botafogo, Caio Canedo defende a seleção dos Emirados Árabes Unidos, que briga por vaga na Copa do Mundo.

O atacante Caio Canedo ficou conhecido por fazer gols decisivos pelo


Botafogo


no


Campeonato Carioca


de 2010. Apelidado de “Talismã” pela torcida alvinegra, ele agora tem outra missão: ajudar os Emirados Árabes a conseguir uma vaga na


Copa do Mundo


do Catar, em 2022.

Para isso, precisará vencer a Coreia do Sul, em duelo válido pelas eliminatórias asiáticas, nesta quinta-feira (11), às 8h (de Brasília), com transmissão


pela ESPN no Star+


.

Desde 2014 jogando no futebol dos Emirados, ele se naturalizou no ano passado e foi o primeiro estrangeiro – ao lado de Fábio Lima – a ser chamado para a seleção local.

“Conseguir esse feito é raro. É necessário jogar por mais de cinco anos na liga local e, além de tudo, ter números acima da média na liga local. Me deixa muito satisfeito ver o que construí por aqui. Tive uma passagem marcante no Al-Wasl, marquei mais de 100 gols no clube e fui contratado pelo Al-Ain, maior campeão nacional. Posso dizer que é um momento marcante na minha carreira”, disse ao

ESPN.com.br

.

Na quarta posição do grupo A, os Emirados têm três pontos, cinco a menos que a Coreia, vice-líder Restando seis rodadas para o fim, a equipe precisa terminar entre as duas primeiras para garantir uma vaga direta no Mundial e não passar pela repescagem.

“Por ter oito anos no país, conheço todos os atletas e a relação no vestiário é a melhor possível. Procuro ajudar e ser ajudado, e posso dizer que estão todos empenhados para os próximos jogos. Cada jogo agora é uma final, visto que ainda temos chances matemáticas de nos classificar”.

Em 10 jogos com a seleção, Caio marcou quatro gols – sendo dois deles nas eliminatórias da Copa.

“Jogar na seleção tem sido uma experiência fenomenal. Sempre tive o sonho de representar esse país que me acolheu tão bem e vejo que a possibilidade de jogar uma Copa do Mundo motiva todo o grupo. É uma seleção jovem e de qualidade”.

Carreira

Caio se mudou ainda garoto para os Estados Unidos com a família, onde começou a jogar em colégios e a se destacar. Aos 16 anos, porém, decidiu retornar ao Brasil para tentar a carreira de jogador.

“Voltei sozinho para morar com a minha avó em Volta Redonda-RJ. Fiz um teste no time juvenil e passei. Como fui bem no Campeonato Carioca da categoria, o São Paulo se interessou por mim”.

Com 17 anos, ele ficou três meses na equipe do Morumbi, atuando ao lado de Henrique Almeida, Casemiro e Oscar, com quem dividia quarto no alojamento. Após ser pouco aproveitado, ele retornou ao “Voltaço” antes de ir para o Botafogo, no qual se profissionalizou.

Em 2010, ajudou a quebrar uma série de derrotas em finais e acabar com as gozações dos rivais.

“Aquele título estava engasgado na garganta. O lance do chororô enchia o saco da gente (risos). Qualquer piadinha alguém soltava isso. Os caras mais antigos que viveram tudo aquilo ficavam ainda mais incomodados com essa história”, contou o jogador.

A campanha do time alvinegro começou difícil na Taça Guanabara e teve mudança no comando logo no final de janeiro. Após levar uma goleada de 6 a 0 do Vasco, o técnico Estevam Soares saiu para a chegada de Joel Santana, conhecido por seu estilo folclórico.

“A gente ia jogar contra o Tigres-RJ e logo de cara ele chegou à academia do clube e falou: ‘O que passou, passou. Não tô nem aí se vamos jogar contra cobra ou jacaré, mas temos que ganhar. Daí um jogador falou: ‘O time é o Tigres, professor’ (risos). O Joel respondeu: ‘É tudo bicho, porra! Vão lá ganhar'”.

“Sou muito grato ao Joel. Além desse bom humor que ajuda a descontrair é um ótimo técnico e sempre acreditou em mim. Eu era um dos filhos dele”.

Caio gargalha ao lembrar as preleções do “Papai Joel”, que utilizava famosas figuras do esporte para motivar os atletas.

“Ele era sempre brincalhão nas palestras. Um dia, imitava o Mike Tyson. Dizia que a gente tinha que ir para cima e destruir o adversário que nem ele fazia (risos). Na outra, ele ficava de pé e começava a golpear o ar simulando o Muhammad Ali e falava: ‘Você precisa pegar o adversário e dar duas porradas embaixo e um soco em cima para ele ir pra lona (risos)'”.

Campeão

Com seu estilo paizão, o treinador conquistou os jogadores e levou a equipe até a semifinal da Taça Guanabara. Com um gol de Caio, o Botafogo venceu o Flamengo por 2 a 1 e reencontrou o Vasco na final.

Desta vez, porém, o time de General Severiano bateu o adversário por 2 a 0 e conquistou o 1º turno da competição. “O Maracanã estava lotado. Eles tinham Carlos Alberto, Dodô e Coutinho, mas vencemos”.

Na Taça Rio, o atacante apareceu novamente e fez o gol decisivo na vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense. “Quando eu estava no banco e a torcida gritava meu nome para entrar era especial. Aí no Brasil sempre lembram da história do talismã”.

O Botafogo bateu o Flamengo na decisão por 2 a 1 e venceu o Campeonato Carioca de forma direta. “Nosso título foi algo muito marcante por causa da rivalidade”.

O atacante jogou depois por Figueirense, Internacional e Vitória antes de ir para o Al Wasl, dos Emirados Árabes. A aventura deu tão certo que ele mudou-se para em 2016 o Al-Ain, um dos principais clubes do país.

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