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Balanço defensivo: entenda o conceito e os erros táticos do São Paulo – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 25/08/2022 às 13:56:07 Apesar de ter criado e jogado bem, equipe de Rogério Ceni falhou duas vezes da mesma forma e sai em prejuízo no jogo de ida na Copa do Brasil Como seu time defende quando está atacando? Pode parecer que são coisas separadas, mas ataque e defesa estão intimamente interligadas no jogo. Um bom exemplo é o São Paulo. O time perdeu por 3 a para o Flamengo, pela ida das semifinais da Copa do Brasil, com dois gols sendo tomados pelo erro de execução de um conceito muito importante: o balanço defensivo.

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Logo quando o jogo começou, a proposta de Rogério Ceni ficou clara: ao invés do 3-6-1 de costume, o São Paulo se posicionou num 4-1-4-1, com Igor Vinícius fazendo dobra no setor direito, junto de Rafinha, e Pablo Maia incubido de marcar Everton Ribeiro. Everton Ribeiro é uma peça chave quando o Flamengo constrói as jogadas, e Maia tinha a tarefa de marcá-lo nesses deslocamentos.

O São Paulo teve a bola por mais tempo que o Flamengo e mostrou uma vulnerabilidade: se defendeu mal quando perdia a posse. Já percebeu que nenhum time no planeta ataca com os dez jogadores ao mesmo tempo? Isso porque todo momento de ataque vem sucedido de um momento de defesa. Logo, ao atacar, um time precisa estar preparado também para se defender.

Essa preparação é chamada de balanço defensivo: o posicionamento e organização do time para se defender quando o próprio time está atacando. E vice-versa! Quando uma equipe se defende, ela precisa também saber como vai atacar após recuperar a posse. Tudo isso com bola rolando e nos momentos de bola parada, nos encanteios e nas faltas.

O São Paulo marca por encaixes individuais. Nos escanteios, o posicionamento para se defender era claro: Rafinha ficava atrás. Nestor e Maia eram os responsáveis pela segunda bola em cada canto da área. E Reinaldo era o articulador, que podia tanto pressionar como voltar junto de Rafinha. Veja esse posicionamento logo após Santos repor a bola no lance do primeiro gol.

Posicionamento do São Paulo após a reposição de bola

Reprodução

Percebeu que Pedro estava livre? Como o São Paulo marca por encaixes, a orientação é sempre a partir do jogador: ninguém pode estar livre! Por isso, Igor Vinícius, mesmo fora de seu setor, tomou a iniciativa de marcar individualmente Pedro enquanto Léo e Diego, os zagueiros, retornavam da área. Com isso, ele ajudava o time a dar tempo para os outros jogadores se ajustarem.

Por falar em ajuste, começam aí os erros. O São Paulo aplica seu balanço e volta inteiro para a defesa. Não era preciso retornar todo mundo: Reinaldo tinha a função de ser a flecha, de pressionar quem estava com a bola. Como ele retornou, ficou um buraco imenso para três jogadores do Flamengo. Diego percebe isso e pede para que Rafinha troque com ele e passe a pressionar o setor direito. Veja na imagem.

São Paulo se defende, mas deixa espaço para a condução da bola

Reprodução

Rafinha não consegue pressionar a bola, e outro erro no balanço acontece: não perseguir individualmente. Como o São Paulo é um time que persegue por encaixes, o balanço tem uma parte (Rafinha, Nestor e Maia) que cobre o espaço e outra parte (o restante do time) que precisa correr junto com os adversários. Reinaldo, Rafinha (que troca com Diego) e Patrick deixam adversários livres, permitindo que o Flamengo tenha espaço para cruzar.

Momento do cruzamento: muito espaço para Everton Ribeiro

Reprodução

O lance do segundo gol é quase que um oposto: o São Paulo se preocupa demais em pressionar a bola – dois vão em Arrascaeta – mas não para a jogada. Como pressionou a bola, não cobriu direito o espaço e permite o cruzamento que termina em gol.

Segundo gol: erro de pressão na bola

Reprodução

Os erros do São Paulo não tiram o mérito do Flamengo. Se não foi bem em boa parte do tempo, teve o brilho costumeiro de dois jogadores geniais: Everton Ribeiro no cruzamento, Arrascaeta no jogo de corpo e em outro cruzamento. Além do timing de João Gomes, vendo que Patrick olhava a área e deixava suas costas totalmente desprotegidas.

Dois lances que aconteceram euquando o São Paulo atacava o Flamengo. Porque ataque e defesa não são momentos separados: é uma coisa só, parte de algo ainda maior: o jogo de futebol.

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