Quando uma equipe é muito superior a outra, se espera que o domínio seja colocado em prática dentro de campo. E nenhum outro time nesta Libertadores repete o que o Flamengo faz com os rivais que encontra. Foi assim contra o Tolima, o
Corinthians
, e agora, diante do Vélez. Os 4×0 no José Amalfitani ficaram baratos. A atuação rubro-negra beirou a perfeição. E os argentinos não reúnem a menor condição de reverter o quadro no Maracanã.
Maximiliano Perrone foi o importante desfalque de Alexander Medina no meio-campo. Cáseres entrou e compôs o 4-4-2 argentino. Dorival Junior escalou aquilo que tinha de melhor, inclusive com David Luiz confirmado na zaga.
A torcida do Flamengo se habitou a ver um time que tenta ser dominante e controlar o jogo com a bola dentro e fora de casa na Libertadores. Diante do Vélez não foi diferente. E com muita eficiência! O time argentino demorou cerca de 15 minutos para conseguir sair do próprio campo, tamanha era a organização rubro-negra para marcar a saída de bola rival e a qualidade para circular a pelota no campo adversário.
Faltava contundência e decisões melhores na hora de definir os lances. De los Santos errou duas saídas de bola e por pouco João Gomes e Pedro não abriram o placar. O ímpeto inicial arrefeceu um pouco. Os cariocas não perderam o comando da partida, mas levaram sustos em finalizações de Janson e Orellano da entrada da área. O segundo chegou a acertar a trave esquerda em cobrança de falta.
Como Vélez e Flamengo iniciaram o primeiro jogo pelas semifinais da Libertadores 2022
Imagem: Rodrigo Coutinho
Os argentinos tentaram adiantar a marcação, mas não conseguiam fazer isso com eficiência. A qualidade brasileira falava mais alto. Principalmente com David Luiz encontrando Rodinei e Everton Ribeiro pela direita. A partir dali o Flamengo progredia. O gol parecia questão de tempo. E ele veio aos 31′. Léo Pereira recebeu pela direita em rebote de escanteio e cruzou na medida para Pedro desviar.
João Gomes e Thiago Maia eram leões recuperando bolas no meio-campo. O jovem volante iniciou a jogada do segundo gol do Mais Querido desta forma. Tomou de Cáseres e inicou um lindo contragolpe. Pedro, Everton Ribeiro, Arrascaeta e
Gabigol
participaram de uma envolvente e rápida troca de passes. O camisa 9 recebeu na área e serviu Everton Ribeiro. O meia tocou com classe na saída de Hoyos e ampliou.
O rubro-negro ainda teve uma outra grande chance com Filipe Luís, mas o lateral pegou de direita na bola e não aproveitou a assistência de Pedro. Finalizou muito fraco diante de Hoyos. Não faria falta. O Vélez teve que se expor totalmente na 2ª etapa. Além de não levar perigo ao gol do Flamengo, se expôs. Uma goleada histórica poderia ser construída se o time carioca tivesse um pouco mais de capricho nos arremates.
Pedro toca por cima do goleiro e faz o terceiro do Flamengo contra o Vélez Sarsfield, pela Libertadores
Imagem: Marcos Brindicci/Getty Images
Pedro marcou o terceiro aos 16′. Gabigol recebeu de Filipe Luís no bico direito da grande área e deu nova assistência. O próprio camisa 9 perdeu três grande chances em contra-ataques. Chutou em cima de Hoyos ao sair cara a cara. Depois mandou na rede pelo lado de fora, mesmo sem a presença de Hoyos na sua frente. Na sequência o brigou o goleiro argentino a fazer nova defesa.
A
ansiedade
de Gabi para marcar contrastava com a serenidade de Pedro. Ele marcou mais um aos 37′. Vidal serviu o centroavante e a finalização encontrou o canto esquerdo da meta. Os brasileiros terminaram o jogo colocando os argentinos na ”roda” e arrancando gritos de olé contra uma atônita torcida anfitriã.
