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Autor de gol decisivo na Argentina, Rodrigo Mendes recorda duelos Flamengo x Vélez: “Acirrados” – Flamengo Com Vc, Mengo


Por Redação em 30/08/2022 às 08:16:19 Ex-atacante rubro-negro marcou o terceiro na vitória por 3 a 2 no José Amalfitani, em 95. Ele fazia parte do time que tinha o “Melhor Ataque do Mundo”, com Sávio, Romário e Edmundo O Flamengo começa a decidir nesta quarta-feira, com o Vélez Sarsfield, na Argentina, quem vai se classificar para a final da Libertadores. Será mais um capítulo de um confronto sul-americano que tem muitas histórias e personagens.

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Um deles é o ex-atacante do Flamengo Rodrigo Mendes, que em 1995, na Supercopa dos Campeões da Libertadores, fez o gol da vitória rubro-negra por 3 a 2, de virada, no estádio José Amalfitani.

– Foi um grande jogo, com todas as características de um grande clássico sul-americano, com muita catimba, muito acirrado. O jogo já estava no final quando eu achava que não entraria. Mas aí entrei no jogo e, com assistência do Edmundo, conseguir fazer aquele gol – contou o ex-atacante, hoje com 47 anos.

Rodrigo Mendes, ex-jogador do Flamengo, comemora o gol do título do Carioca 99

Agência O Globo

Naquele ano, Flamengo e Vélez ainda fizeram no jogo da volta, em Uberlândia, um duelo que ficou marcado pela briga entre Zandona e Edmundo. Será a 12ª vez que os times vão se enfrentar, com vantagem rubro-negra: 7 vitórias, dois empates e duas derrotas.

Em entrevista ao ge, Rodrigo Mendes recordou momentos marcantes pelo Flamengo e de seu início no clube, quando muito jovem participou do time que tinha o “Melhor Ataque do Mundo”, com Sávio, Romário e Edmundo.

Ex-jogador do Flamengo, Rodrigo Mendes relembra confrontos com o Vélez

Confira a entrevista completa:

Ge: Em 1995, no José Amalfitani, você entrou durante o jogo e marcou o gol da vitória nos acréscimos. Quais são as suas recordações?

Rodrigo Mendes: Não só do jogo, mas daquela época, que foi bem distinta. O Flamengo vinha mal no Brasileiro e muito bem na Supercopa. Eu estava buscando meu espaço, e cada oportunidade que eu tinha tentava aproveitar. Eu era usado pelo Apolinho (técnico) como alternativa nos jogos. Entrava bem e fazia gols.

Nesse jogo eu aguardava uma oportunidade. Tinha grande repercussão, já chegando nas fases finais, e era contra um dos melhores times da América do Sul. Tinha o melhor goleiro do mundo (Chilavert). Nossa equipe estava tentando se provar, com Romário, Edmundo e Sávio, o ataque dos sonhos.

Foi um grande jogo, com todas as características de um grande clássico sul-americano, com muita catimba, muito acirrado. O Vélez saiu na frente, depois nós empatamos. Depois, chegamos ao 2 a 2. O jogo já estava no final quando eu achava que não entraria. Estávamos felizes com o empate, acreditávamos que no Brasil iríamos jogar com mais vantagem.

Mas aí entrei no jogo e, com assistência do Edmundo, conseguir fazer aquele gol. Era uma característica minha de velocidade e chute de fora da área. Fiquei muito feliz.

O que você lembra do ambiente do jogo? Teve muita pressão da torcida? Como foi a recepção ao Flamengo no estádio?

No hotel até que foi tranquilo, mas a chegada ao estádio, durante e após a partida… sempre existem os torcedores frustrados após uma derrota em um jogo importante. Teve tumulto, pressão no ônibus. Lembro que foi tenso depois do jogo.

No jogo de volta, em Uberlândia, o Flamengo venceu por 3 a 0 e houve a confusão entre o Zandona e o Edmundo. Você entrou no lugar do Sávio naquele jogo. Lembra com detalhes daquele dia?

Com o resultado na Argentina, sabíamos que seria mais tranquilo no Brasil. Jogamos no Parque do Sabiá, um campo imenso, que seria uma vantagem para o nosso estilo de jogo. Acabamos fazendo o resultado (3 a 0).

Quando deu a confusão com o Zandona e Edmundo, eu estava dentro da área. Aí surgiu aquele tumulto todo, mas nem entendemos direito o que aconteceu. Depois que vi na televisão a agressão do Zandona ao Edmundo e depois o Romário (chutou o argentino). Depois pessoal do banco invade e foi uma confusão danada.

Depois fizemos o 3 a 0 com a assistência que dei para o Romário. Foram confrontos marcantes com o Vélez.

Em 1995, Flamengo vence o Vélez Sarsfield pela Supercopa

O gol do Romário, o do 3 a 0, foi uma assistência sua depois de dar aquele seu drible característico em cima do Zandona, que virou até bandeira da torcida do Flamengo…

Eu vi… Eu não tinha visto ainda uma homenagem dessa maneira vindo da torcida do Flamengo. Me identifico demais, desde criança, ainda mais tendo feito toda a minha formação no clube. Para mim ser lembrado dessa maneira, com um lance muito positivo que era o meu drible, ainda mais com o desfecho do gol e a classificação.

Sequência vetada no Maracanã lembrava drible de Rodrigo Mendes e voadora da Romário

Divulgação

Como era para um jovem fazer parte daquele elenco, no centenário do clube, com a badalação das estrelas Sávio, Romário e Edmundo?

Eu peguei uma geração muito boa. Em 1993, subimos 11, incluindo o Sávio, que é um ano mais velho do que eu. Magno, Hugo, Gelson Baresi, Fábio Baiano, Fabiano, Índio… Tivemos a chance de ir muito cedo para o profissional, e foi muito legal. Em 95, já tínhamos alguma bagagem.

Eu nem tinha completado 20 anos e tinha a chance de jogar com o Romário, que veio como o melhor do mundo, com o Edmundo, que sempre foi um craque, e o Sávio, que despontava como uma das grandes revelações do Flamengo. Fico muito feliz mesmo. Tinha o Gilmar Rinaldi, e depois ainda chegaram Ronaldão e Branco, que tinham sido campeões da Copa de 94.

Uma pena que o grupo não conseguiu traduzir em títulos todo o potencial que tinha.

Depois de 95 você ainda viveu momentos históricos pelo Flamengo, principalmente em 99, com o gol do título do Carioca e a conquista da Mercosul. Qual você acredita que tenha sido seu momento mais marcante com a camisa do Flamengo?

Sempre falamos em conquistas, né. Eu tive uma base muito boa, mas no profissional o que ficou bem marcado foi o título carioca, fazendo o gol do título, sendo protagonista. O título da Mercosul foi muito importante, porque desde o Mundial que o clube não tinha títulos internacionais de peso.

Hoje que vemos ainda mais a importância, porque houve um espaço grande de tentativas e insucessos depois daquele título. Tinha uma garotada, e o Romário nem estava mais na reta final. A média de idade devia ser 22, 23 anos. Reinaldo, Lê, Athirson, Julio César, Juan… toda essa galera com 18, 19 anos. Fico muito feliz de ter participado com consistência desses títulos.

Rodrigo Mendes lembra do gol marcado contra o Vasco na final do Carioca de 1999

Os gols de Palmeiras 3 X 3 Flamengo pela final da Copa Mercosul de 1999

O Flamengo hoje vive um momento diferente, principalmente administrativamente. Como é sua relação com o clube hoje em dia? Se considera um torcedor ainda?

Se a gente tenta fazer uma comparação com o Flamengo de 95, do Centenário, que tinha o Kleber Leite, com as últimas administrações, é um abismo de diferença. O Flamengo sempre foi uma bomba relógio de pressão política e da torcida.

Hoje é possível dizer que o momento é de tremenda harmonia, mas é claro que sempre tem a pressão. Financeiramente está com as contas equilibradas, tem um grande elenco, conquista títulos, está revelando e vendendo, lotando os estádios… O sucesso mostra que o Flamengo está no caminho certo. Montou uma baita estrutura no Ninho. Quando eu cheguei em 91, era um sonho construir algo no terreno e não acontecia nada.

A minha relação com o Flamengo é muito próxima. Primeiro pela minha história no clube. E até ano passado eu jogava Fut7 com o Flamengo. Fomos campeões mundiais e da Copa do Brasil. Claro que quero estreitar ainda mais, de repente voltar trabalhando pelo clube.

Qual sua previsão para o confronto do Flamengo com o Vélez?

O primeiro jogo vai ser bem complicado, por ser fora. Lá o Vélez é sempre muito forte, mas o Flamengo tem time e um grupo forte para vencer os dois jogos. Importante não ter um resultado muito ruim na Argentina, o que eu não acho que vá acontecer. Acredito em duas vitórias.

Rodrigo Mendes em passagem pelo Flamengo

Reprodução

Qual sua atividade hoje em dia?

Eu resido em Porto Alegre há dez anos. Em 2017 eu construí o Centro Esportivo Rodrigo Mendes e faço a gestão. Temos a escola do Grêmio lá e fazemos a iniciação com crianças de 5 a 15 anos. Eu vinha fazendo a gestão da Federação Internacional de Fut7, mas hoje estou um pouco mais afastado. Meu mandato se encerra no fim do ano.

Tentando ainda ser atleta (risos), mas as obrigações do centro esportivo me dificultam bastante. E com 47 anos já fica um pouco mais difícil competir com a gurizada de 20 e poucos anos.

Sávio relembra duelos com Vélez Sarsfield, adversário do Flamengo na Libertadores

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