Gols, títulos, recordes, irreverência e identificação com a torcida. Esse é um resumo das quatro temporadas de Gabriel Barbosa no Flamengo. Autor dos dois gols do título da Libertadores, Gabigol é considerado um dos maiores ídolos do clube, e sua paixão pela torcida deixa a história ainda mais bonita.

E nesta terça-feira (30) é dia de comemorar o aniversário do artilheiro do Flamengo. Para celebrar a data, o MRN reuniu 26 fatos que marcaram o Camisa 9 na história do Mais Querido. Com essa segunda parte da lista, relembre momentos polêmicos do craque dentro das quatro linhas.

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6 – Gol das cadeiras voadoras no Allianz Parque

Em 2019, já campeão da Libertadores e do Brasileirão, o Flamengo foi cumprir tabela contra o Palmeiras no Allianz Parque, pela 36ª rodada do campeonato. Por decisão do Ministério Público, a torcida do Flamengo foi vetada e o jogo foi disputado com torcida única.

Em campo o Flamengo atropelou o time paulista e venceu por 3 a 1, com dois gols de Gabriel Barbosa. Após o segundo gol do camisa 9, o artilheiro comemorou em frente a torcida organizada do Palmeiras, e junto com os outros jogadores, fizeram um trenzinho. A torcida palmeirense reagiu jogando objetos em campo, incluindo duas cadeiras, que passaram perto dos rubro-negros.

Após a partida, perguntando sobre a comemoração, Gabigol disse que não tinha como comemorar com a torcida do Flamengo e disse quem estava errado na história:

“Onde estava a torcida do Flamengo? Sem a torcida do Flamengo, eu vou comemorar onde? Querem que eu não comemore um gol, o melhor momento do futebol. Não tem como não comemorar um gol. Errados estão eles de jogar cadeiras, não eu de fazer um gol. Onde eu fizer gol, eu vou comemorar”

7 – Expulsão contra o Bahia

No Campeonato Brasileiro de 2020, um lance pode exemplificar a perseguição que Gabigol sofre pelos árbitros. Em partida contra o Bahia, no Maracanã, o Flamengo vencia por 1 a 0, quando aos nove minutos do primeiro tempo o atacante pediu uma falta não marcada e ficou no chão. Na sequência, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza o expulsou sem mais nem menos.

Mas o juiz afirmou que Gabigol o mandou “tomar no c…”. O camisa 9 não queria sair de campo e ficou inconformado, precisando ser acalmado até por Marcos Braz. Na saída de campo, revoltado, perguntou para as câmeras “Como eu vou jogar futebol assim? Eu não jogo mais aqui!”

Sem nenhuma imagem que comprovasse o xingamento, Gabigol foi absolvido pelo STJD posteriormente. Companheiro de Gabi, Bruno Henrique também falou sobre a expulsão: “O juiz já entrou falando pra não ficar metendo perna. Se não pode falar com ele vai falar com quem? Eu estava um pouco longe, mas acho que o Gabigol não falou com ele”.

8 – Torcida do Fluminense chama Gabi de macaco

No Campeonato Carioca desse ano, um episódio triste envolvendo Gabigol no clássico entre Flamengo e Fluminense. Um vídeo mostrou a saída do jogador de campo diante de xingamentos de torcedores do rival, sendo um dos gritos “macaco”.

Vítima de racismo, Gabigol usou suas redes sociais para protestar: “Até quando? Até quando isso vai acontecer sem punição? Jamais vou me calar, é inadmissível que passemos por isso!! Orgulho da minha raça, orgulho da minha cor!! #RacismoNão”, postou Gabigol.

Depois do Fla-Flu, ele passou a comemorar seus gols também com o punho direito cerrado e erguido, um símbolo da luta contra o racismo.

9 – Três gols contra o Santos após ser xingado

As pessoas ainda não entenderam que não podem provocar o camisa 9 do Flamengo. É pior para eles. Na partida entre Santos e Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2021, na Vila Belmiro, quem cometeu esse erro foram os dirigentes do time paulista.

Com o estádio sem torcida por conta da pandemia, Gabigol escutou os xingamentos de dirigentes que estavam nos camarotes, na saída dos jogadores para o intervalo: “Aqui você não engana ninguém, respeita sua casa”. Ainda no gramado, Gabriel virou para a arquibancada e chegou a discutir.

Mas no segundo ele fez o que faz de melhor: Gols. E foram logo três. Hat-trick do ídolo rubro-negro na goleada por 4 a 0. A após a partida, Gabigol provocou:

“Eles têm que respeitar, primeiramente, a minha história no clube. Estava aqui no último título do Santos. Me xingaram não sei de onde, mas é assim, eles mexeram com a pessoa errada: voltei para o segundo tempo e fiz três gols”