Andreas Pereira é um ótimo jogador. Cabe em qualquer equipe do Brasil e da América do Sul. Mas não parece mais caber no Flamengo. O erro terrível em Montevidéu é muito caro. Quase tanto quanto pagar 60 milhões como está na etiqueta do preço. E com a falta de apreço abissal do rubro-negro.

Um erro mais banal dele lá no campo de ataque no Nilton Santos contra o Vasco deu no belo gol de empate de Pec. A única finalização em gol vascaína na segunda etapa arrastada – até Arrasca…

Eram apenas 5 minutos do tempo final no clássico que estava 1 a 0, gol de cabeça de Filipe Luis em cruzamento de Arão, aos 11min iniciais.

Cinco minutos depois de mais uma falha de Andreas, e com NINGUÉM para interceptar a grande carreira de Pec até o empate, Paulo Sousa o sacou do time. Vaias abertas no Engenhão. João Gomes enfim entrou no lugar que tem merecido em campo. E Andreas foi xingado até não mais merecer. Parecia Gabigol na outra semana também arrasado pelo rubro-negro 100% sempre: ou é Zico ou é zero no Flamengo. Não tem meio termo.

É sabido que não é fácil jogar no Flamengo em momento instável. Mas é ainda mais que compensador jogar com essa torcida em grande fase. Como foi com grande parte desse elenco quando quis jogo com Jorge Jesus em 2019. E ninguém em lugar algum jogou melhor no século no Brasil.

Parecia que seria eterna aquela bola como a glória de Lima de 2019 até a saída de JJ. De lá pra cá, ainda que bicampeão brasileiro na última bola anulada de Edenilson no Beira-Rio,  ainda que vice campeão da Libertadores também pelo erro fatal de Andresa (e de outras falhas não só dele), parece que tudo dá errado no

Flamengo. Ou como segue mal de tudo o Vasco.

Tudo não funciona como deve com o time e com o elenco de PS. Talvez por passar a impressão de que eles acham  e se acham que tudo vai dar certo no final como se fosse o golaço aos 44 de Arrascaeta.

Parece que eles não precisam correr mais. Nem falo jogar mais do que um rival fragilíssimo como Vasco atual. Falo de qualquer adversário. O Flamengo não precisa marcar mais. Não precisa mais prestar atenção no jogo e nos rivais. É o que passam.

O elenco rubro-negro parece estar com a mente em outro lugar. Andreas, desabado no Centenário. Parte da direção do futebol na Câmara do Rio. A outra, na Petrobras. No Planalto. Ou no Alvorada. Ou no panteão onde eles se colocam.

Não era preciso sofrer com o jogo e com o rival como o Vasco que sofreu mais apavoro em Araraquara contra a Ferroviária do que contra o Flamengo no Niltão.

O Flamengo foi mais uma vez uma caricatura mal feita de um grande time. Só não perdeu o clássico em que voltou a jogar pouco por ter jogadores como Arrascaeta.

Todo dinheiro que pode ser invertido em Andreas merece ser pago para o contrato vitalício com o craque uruguaio.

E, hoje, só para ele. Mais ninguém.

Gabi e BH não se entendem. Paulo Sousa parece não entender o melhor lugar para eles jogarem. O Flamengo continua trocando bem a bola, faz jogadas bonitas, mas acaba criando pouco. Falta movimentação na frente. Falta vontade e organização pra recuperar essa bola.

Fica aquele ar blasé de um time que só corre quando leva gol. E aí vai pro PS. E esse não é um pronto atendimento. Demora para dar retorno. E essa “virose” detectada no Flamengo pra qualquer coisa só vira solução, salvação e remédio pelos pés de craques. Não sai do banco que vai perdendo crédito.

Os craques ainda são muitos. Ótimos nomes. Com números baixos. E alguns seguem jogando pouco. Alguns que parecem não estar mais nem aí.

Talvez já tenha passado mesma a hora de muita gente dentro do Flamengo. Gente que já é eterna. Mas que não pode ser eternizada e parar no tempo em campo.

Eu gostaria de elogiar mais esse Flamengo com enorme potencial. Eu gostaria de falar um pouco mais desse Vasco que só tem tido camisa. Mas é tudo muito pouco para o tamanho desse clássico que só teve dois chutes certos no segundo tempo. Dois belos gols.

Não pode ser só isso.

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