O

São Paulo

se complicou no primeiro jogo das semifinais da Copa Sul-Americana

ao perder por 3 a 1 para o Atlético-GO

, em Goiânia, com direito a falhas do goleiro Jandrei, expulsão de Igor Gomes e a torcida na bronca com as escolhas do técnico Rogério Ceni. Para Arnaldo Ribeiro, é o treinador tricolor o maior responsável pela atuação e a situação do time no confronto, com a necessidade de uma vitória elástica na próxima quinta-feira (8) no Morumbi.

No

Posse de Bola

, ao lado de Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira, Arnaldo cita a série de derrotas consecutivas do São Paulo e a temporada que vai se assemelhando justamente à do ano passado, quando Hernán Crespo foi demitido para a chegada de Rogério Ceni, mas desta vez sem um título e com erros nas tentativas de assinatura do treinador.

“O trabalho do Rogério definha a olhos nus. O São Paulo não tinha quatro derrotas consecutivas desde 2013, quando teve a pior temporada da sua história. O que aconteceu ontem em Goiânia é imperdoável, a partir da escalação, a partir das opções, a partir das intervenções das substituições, mostram um técnico completamente perdido, a entrevista pós-jogo simplesmente confirma isso. As escolhas, os jogadores que falharam na partida são escolhas absolutamente pessoais do Rogério”, diz Arnaldo.

“O Rogério muitas vezes ou quase todas as vezes quer fazer o complexo para ganhar e perde. A campanha do São Paulo no Brasileiro já é idêntica à do ano passado, que o Rogério assumiu no lugar do Crespo, o Crespo tinha vencido um campeonato, o Paulista, diante do Palmeiras, o Rogério chega nessa situação. Quando ele fala em obrigação de vencer o

Atlético-GO

e se classificar, e coloca mais uma vez a responsabilidade nos jogadores, a obrigação é dele, é sobretudo dele. Quem colocou o São Paulo nesse buraco na Copa Sul-Americana tem nome e sobrenome: Rogério Ceni. Cabe a ele tirar o São Paulo do buraco”, completa.

Veja o que mais de interessante rolou na opinião dos comentaristas do UOL:

Juca Kfouri: São Paulo está nessa situação deprimente e revoltante

A sequência de partidas do São Paulo diante do Atlético-GO nos últimos 11 anos mostra um equilíbrio, o que explica também a derrota sofrida em Goiânia no jogo de ida da semifinal, mas Juca Kfouri critica a gestão tricolor, passando por Juvenal Juvêncio, Carlos Miguel Aidar, Leco e agora Julio Casares, apontando como o clube que considera o maior campeão do

futebol

brasileiro chegou ao patamar atual.

“Não estou com disposição de brincar sobre o São Paulo, dada a gravidade da situação e do vexame a que o São Paulo tem se submetido nos últimos tempos. Vai muito mal e eu não vejo saída, ainda vejo um presidente com essa gestão patética querendo se reeleger, querendo dar mais um golpe estatutário. É revoltante do ponto de vista do futebol brasileiro, do que o São Paulo significa, o mais vitorioso do futebol brasileiro. Com menos idade que todos os outros rivais, é o maior campeão do futebol brasileiro e está nesta situação deprimente e revoltante”, diz Juca.

Arnaldo: ‘Torcida que tem sido mais fiel é a do São Paulo’

O momento do São Paulo não tem impedido o torcedor de marcar presença no Morumbi, com a média de público do clube entre as mais altas do país mesmo com as dificuldades que ele enfrenta atualmente. Para a discordância de Juca Kfouri, Arnaldo Ribeiro aponta a torcida tricolor como a mais fiel neste momento.

“Pela primeira vez na história, desde que foi fundado, o São Paulo vai para o seu 10º jogo com mais de 30 mil pessoas em média por partida, isso não existiu nem na época do Telê, nem na época do Cilinho, do Cícero Pompeu de Toledo, nem na época do Leônidas. A torcida que tem sido mais fiel pelo que o time não dá em troca é a do São Paulo e virou a torcida mais popular do país porque em termos de poder aquisitivo tem aquela diferença do tíquete”, diz Arnaldo.

Mauro Cezar sobre Jandrei: ‘Me lembrei muito do Muralha no Flamengo’

Um fator decisivo para a derrota do São Paulo no Serra Dourada foi a atuação do goleiro Jandrei, que errou ao tentar cortar um cruzamento rasteiro no segundo gol e também não foi capaz de salvar o time na finalização que rendeu o terceiro gol do Atlético-GO nos 3 a 1. Mauro Cezar Pereira diz que o desempenho do defensor da meta são-paulina o lembrou Muralha nos tempos de Flamengo.

“Entra também muito na conta da fragilidade do goleiro, ontem quando eu vi o Jandrei em ação, lembrei muito do Muralha na época em que ele estava no Flamengo, porque era bem parecido. Já estão no mesmo nível capaz de provocar angústia e desespero no torcedor. O outro goleiro também, o Tiago, é novo, o Felipe Alves é um goleiro instável, o São Paulo não tem goleiro, essa que é a verdade”, opina.

Mauro Cezar: ‘Dorival tem o melhor elenco da história do Flamengo’

O Flamengo goleou o Vélez Sarsfield na Argentina pela

Libertadores

e encaminhou a classificação para a final já no primeiro jogo, dando ao técnico Dorival Júnior a possibilidade até de preservar jogadores na partida do Maracanã para tentar se aproximar do Palmeiras no Brasileirão. O colunista do UOL ressalta a qualidade do elenco rubro-negro atual como a maior na história do clube da Gávea.

“O Dorival agora tem mais opções ainda, ele já é o técnico que tem o melhor elenco acho que da história do Flamengo. Se você pegar a história do Flamengo, vai encontrar grandes times, mas quantidade de jogadores reservas de bom nível, eu acho que o Flamengo nunca teve, a quantidade é muito grande. Eu não sei se o Flamengo teve um elenco tão forte. Tem reservas a todo, em várias posições e você consegue manejar isso de maneira bem interessante. Nem com Jorge Jesus, Abel Braga, Domenec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho teve essa fartura”.

Arnaldo Ribeiro: ‘É Endrick e mais dez em Bragança!’

O Palmeiras tem na terça-feira o jogo de volta pela semifinal da Libertadores contra o Athletico-PR após perder por 1 a 0 em Curitiba. Enquanto Juca Kfouri acredita que Abel Ferreira deve escalar o time com força máxima para garantir o título brasileiro, Arnaldo Ferreira discorda e considera que o treinador português deveria colocar o sub-20 e preservar seus titulares para o jogo eliminatório.

“É Endrick e mais dez em Bragança. O Bragantino faca entre os dentes não existe. Não é para colocar time para perder, é colocar time para ganhar ponto. A chance de uma terceira final de Libertadores, jogando em casa e precisando descontar, não tem preço. Depois disso tem um mês de Brasileirão, é uma partida para disputar a decisão. Eu levaria o Endrick e mais dez”, afirma.

Mauro Cezar: Renato volta para casa que deixou desarrumada no Grêmio

A má fase do

Grêmio

na Série B custou a demissão do técnico Roger Machado, com a direção decidindo pelo retorno de Renato Gaúcho, que comandou o clube até o início da temporada passada, que culminou justamente no rebaixamento para a segunda divisão. Para Mauro Cezar Pereira, este é mais um passo errado na conta da gestão do clube.

“O final de trabalho do Renato foi péssimo no Grêmio, ele volta para a casa que ele deixou desarrumada. Como as pessoas têm memória curta e a relação de boa parte da torcida com o Renato é de amor incondicional, todo mundo apaga o que aconteceu e traz o Renato de volta. O que vai acontecer agora? A meta é muito baixa, o Grêmio está em quarto, tem só que subir, não é nada difícil, vai alcançar a meta, ficar coberto de glórias e o Grêmio vai começar 2023 pensando que está em 2016, com os mesmos problemas, a mesma conversa. Eu acho que é muito maios uma tentativa desesperada para tentar o acesso e usar o prestígio do Renato com a torcida para pacificar um pouco as coisas”, conclui.

O

Posse de Bola

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