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Arão fala sobre saída do Fla: ‘Fui feliz em cada momento’


Flamengo recusa proposta do Fenerbahçe por Willian Arão
Foto: Gilvan de Souza/CRF

Arão deixou o Flamengo neste ano após sete temporadas, 377 jogos disputados e títulos importantes conquistados. O volante foi cedido ao Fenerbahçe, da Turquia, treinado por Jorge Jesus. Em entrevista exclusiva ao ‘GE’, entre diversos assuntos, Arão falou sobre a saída do Fla.

“Acho que aproveitei todas as partidas que joguei. Desfrutei mesmo vestir essa camisa. Eu fui feliz em cada momento. Não sei dizer se meu ciclo encerrou, mas no momento sim”, disse, antes de emendar sobre adaptação ao Fenerbahçe:

“Eu estou muito feliz, vivendo novas experiências. Foram muitos anos no Rio de Janeiro e já estava habituado, conhecia praticamente tudo. Quase que um carioca já. Meus filhos são cariocas”, complementou.

Confira outros trechos da entrevista:

Saída do Flamengo

“Não é que foi difícil, mas também não foi fácil. Tive que sentar com a minha esposa e analisar os prós e contras. Mas sempre foi um sonho meu jogar na Europa, viver essa experiência. Estava há muito tempo no Flamengo, já tinha vencido quase tudo. Mas não foi fácil porque eu sabia que esse ano o clube iria estar perto de conquistar mais taças. Sair de um clube que você sabe que vai brigar por títulos e ir para um novo projeto, uma nova vida… Mas conversei com minha esposa e meu pai e topamos. Estou muito feliz. É um clube gigante, com uma torcida imensa e uma pressão tão grande quanto a do Flamengo. A cobrança também. Também é um clube que está montando um projeto de ganhar títulos, e está passando por um processo de muito tempo sem ganhar. Trouxe uma nova comissão técnica e novos jogadores para dar um fim a isso. Feliz de ter sido um dos escolhidos, assim como fui no Flamengo lá atrás”

Influência de Jorge Jesus na ida ao Fenerbahçe

“Ele ligou sim, conversou comigo, me explicou o projeto, qual era a expectativa do clube… Me disse que contava comigo. Claro que quando se recebe a ligação do treinador é muito importante para o jogador. Mas eu já tinha o sonho de ir para Europa e jogar em grandes competições, todo jogador tem. Quando tem uma proposta de um clube grande como o Fenerbahçe e uma ligação de um treinador te querendo, tudo fica mais confortável. Mas claro que tenho que mostrar meu trabalho como qualquer outro”

Palavra que define a passagem no Fla

“O orgulho. Acho que a palavra é essa. De ter cumprido meu papel. Era o jogador mais antigo, que tinha mais jogos. E sou ser humano, não vou ser perfeito. Como eu nunca tive lesão, estava sempre em campo. Claro que o ser humano passa por fases boas e ruins, sistemas diferentes, treinadores diferentes… e se adapta. No fim de tudo, me sinto orgulhoso pelo que construí e conquistei, pelo legado que deixei para os companheiros.

Quando completei 300 jogos, as mensagens que recebi… Isso fica marcado para a minha vida, é muito gratificante. Tive uma passagem de sucesso e fui muito feliz”

Cobrança da torcida

“Acredito que é positivo. Cobrança exagerada sempre vai ter. São mais de 40 milhões de torcedores, é impossível agradar a todos. Sempre vai ter um grupo que não gosta e um outro que gosta mais. É natural, com todos os jogadores. Talvez por ser um dos mais antigos, era mais visado. Foi assim com outros quando eu estava no clube. Depois que eu saí, continua. Parece que quanto mais velho o jogador fica, ele é tachado. O mais velho parece que é sempre o da vez. Em alguns momentos não estive no meu melhor rendimento, o que é normal. Mas depois vejo que consegui jogar e vencer com todos os treinadores. Joguei de zagueiro, lateral, primeiro volante, segundo volante, ponta… então, fico feliz com isso. Poucas pessoas lembram disso, mas eu sei que dei a minha vida em todas as partidas para sair vencedor. Se pude agradar uma parte ou uma grande parte, não tenho controle. Sempre dei o meu melhor, e isso ninguém vai poder falar diferente”

Recado aos ex-companheiros do Flamengo

“Desejo boa sorte aos meus amigos, e são muitos. Estou torcendo por eles, pela felicidade deles. Muitos que estão ali me ajudaram muito e fazem parte da minha família. Amo alguns daqueles jogadores. Vivemos grandes coisas. Nossas famílias também fora do campo. Filhos crescendo juntos. Desejo boa sorte e boa recuperação ao meu grande amigo Denir. Estou orando para Deus fazer um milagre na vida dele. Ele é um cara especial”, encerrou Arão.

Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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