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Após saída de Renato, analista tático diz: ‘Não sustenta a sequência por falta de conteúdo dentro de campo’


Após saída de Renato, analista tático diz: 'Não sustenta a sequência por falta de conteúdo dentro de campo'
Foto: Alexandre Vidal/CRF

Após derrota para o Palmeiras, o clima entre Renato Gaúcho e Flamengo estava insustentável e o treinador acabou sendo demitido nesta segunda-feira. Nos quase cinco meses que esteve no cargo, o técnico viveu altos e baixos, mas não resistiu ao vice campeonato da Libertadores. Após o anúncio, o jornalista e analista tático, Rodrigo Coutinho, ao ‘UOL’, avaliou o trabalho de Renato Gaúcho.

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”Foram quase cinco meses no cargo, pouco tempo em comparação aos mais de quatro anos que dirigiu o Grêmio em sua última passagem. Mas o roteiro dos dois trabalhos é muito parecido e reflete exatamente o que ex-ponta é como treinador. Identifica bem os problemas inicialmente, consegue uma boa sequência e gere o ambiente com habilidade, mas não sustenta a sequência por falta de conteúdo mais elaborado dentro de campo”, declarou o analista.

Os números não são ruins. Ao todo, foram 38 jogos à frente do Mais Querido, com 25 vitórias, 8 empates e 5 derrotas, totalizando um aproveitamento de 72,8%. Porém, o desempenho dentro de campo não agradava. Rodrigo Coutinho ainda complementou sobre os acertos e erros do técnico.

”Assim que chegou, teve a sua disposição o retorno de titulares que estavam disputando a Copa América ou aqueles que estavam lesionados. O cenário ideal para começar a implementar suas ideias. Soube entender quais eram os principais problemas do time, e o grande acerto foi tentar aproximar a movimentação ofensiva da equipe do que era feito com Jorge Jesus em 2019/2020. Jesus criou um conjunto de movimentos quando o Flamengo estava em fase ofensiva que foi visto em alguns períodos com Renato. A memória tática dos atletas, somada a um ambiente mais leve, fez o time emendar goleadas e vitórias. Ele também tentou tirar a responsabilidade de empurrar o adversário pra trás a todo momento. Não foram poucos os jogos em que o rubro-negro abria o placar e recuava para ter espaços para o contra-ataque. Estratégia válida quando as goleadas surgiam assim, mas que começou a incomodar a torcida quando as coisas não fluíam”, disse, antes de finalizar:

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”Os desfalques, porém, vieram, e com eles a ausência de soluções para tornar a equipe competitiva. Mesmo com um elenco melhor do que Jorge Jesus tinha em 2019, Portaluppi não conseguiu honrar a polêmica declaração que deu há dois anos. Não conseguiu vencer tudo com um time de ”200 milhões”. Este Flamengo, aliás, custou muito mais do que isso. Nem o retorno dos principais atletas na sequência fez a equipe reagir e a pressão só cresceu. Se no Grêmio conseguiu manter o bom desempenho da equipe durante as duas primeiras temporadas, e depois viveu da idolatria que havia construído no Tricolor, no Flamengo não repetiu. Renato sai do rubro-negro no mesmo viés que sua carreira como treinador voltou a ter em meados de 2019, quando o Imortal passou a jogar mal, em baixa”, completou o analista.

 



Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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