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André Rocha: ‘Acho que foi um equívoco colocar o Andreas tão adiantado’


Diante dos desfalques para enfrentar o

Red Bull Bragantino

, o técnico Renato Gaúcho escalou o

Flamengo

com Andreas Pereira mais adiantado, mas, ao menos no duelo em Bragança Paulista, a solução não surtiu o efeito desejado. Em noite pouco inspirada, a equipe rubro-negra

empatou em 1 a 1

e desperdiçou a oportunidade de diminuir a distância para o

Atlético-MG

, líder do

Campeonato Brasileiro

,

que ficou na igualdade com a Chapecoense

.

Na estreia do Fim de Papo Flamengo, live do

UOL Esporte

após os jogos do Rubro-Negro, os colunistas

Renato Maurício Prado

e

André Rocha

debateram as escolhas do treinador do time da Gávea para o compromisso contra o Massa Bruta.

“Fazem muita falta os titulares. O Andreas, hoje, não fez uma grande partida. Quando foi substituído, até achei estranho, mas ele estava sentindo. A gente vê que ele sai e logo coloca gelo na coxa. E, no fim das contas, o Renato fez uma coisa que ele costuma fazer, que é empilhar atacante”, apontou Renato Maurício Prado.

Para este compromisso, o Fla não pôde contar com David Luiz, com uma lesão na coxa esquerda, e com Isla, Arrascaeta, Everton Ribeiro e

Gabigol

, que disputam as Eliminatórias. Além disso, Diego e Gustavo Henrique sentiram lesões e nem sequer viajaram. Com sintomas gripais, o goleiro Diego Alves também não atuou.

Para André Rocha, o técnico do Rubro-Negro, diante dos jogadores que tinha à disposição, poderia ter explorado a formação do time de uma outra forma, otimizando as características de cada um.

“Acho que foi um equívoco colocar o Andreas tão adiantado. Acho que poderia fazer uma outra organização, com o Arão um pouco mais à frente da defesa, com o Thiago Maia e o Andreas. Ao invés de serem dois volantes e um meia mais avançado, que é como o Flamengo joga quando tem o Arrascaeta, fazia um volante, e o Thiago Maia junto com o Andreas. Assim, ninguém ficava de costas. Essa é a questão para mim. Ele poderia ter aproveitado de outra forma o posicionamento. Ele [Andreas] está jogando melhor vindo de trás, com o Everton Ribeiro e Arrascaeta, mas nesta formação, poderia ter avançado um pouco mais o Thiago Maia e o Andreas não ficava tão na frente, jogando só de costas, que já deu para ver que não é a dele”, analisou.

Renato Maurício Prado, por outro lado, acredita que a formação inicial se mostrava a mais correta, mas também vê equívocos na atuação: “Confesso que, até esse jogo, achava que essa era a melhor formação. Não gosto muito do Thiago mais lá na frente, gosto dele vindo de trás. Mas o Thiago Maia, hoje, acho que não jogou bem, errou muito passe. Tanto que, na hora da substituição, pensei que se fosse para tirar alguém, tirava o Thiago Maia e recuava o Andreas, mas ele sentiu. Ele acabou saindo e foi uma pena, e o Flamengo acabou colocando o Vitinho no meio”, lembrou.

“O Vitinho é ‘acende, apaga’ desde que chegou ao Flamengo. Aliás, desde o Botafogo, por onde passou. Não só na temporada, como ao longo dos jogos. A roubada de bola e o passe para o gol, foi um lance perfeito. Ele desarma e dá no tempo certo para o Pedro fazer o gol, participação importante, mas apaga, não tem clarividência. É um jogador que se atrapalha muito, desliga. É o pacote Vitinho. Hoje é um coadjuvante, que acende e apaga. Sempre vai render melhor entrando no segundo tempo. Com o adversário mais cansado, consegue se ambientar. Mas começando desde o início, vai ser isso, vai acertar uma, errar outra. Ele é o cara que tem alguma criatividade para dar um passe diferente, dentro dessa realidade de dificuldade no meio de campo, mas não dá para contar com constância. E é um abismo quando sai Everton Ribeiro e Arrascaeta, e entra o Vitinho”, completou André Rocha.

Para Rocha, inclusive, o Rubro-Negro precisa ir ao mercado e avaliar nomes para, justamente, ocupar essa vaga. Principalmente, pelo fato de Arrascaeta e Everton Ribeiro serem constantemente convocados para as seleções do Uruguai e Brasil, respectivamente.

“Acho que o Flamengo, na ida ao mercado, por mais que se entenda que não tinha dinheiro, se o Andreas não serve para jogar de meia, ele não era para ter sido contratado. Ou podia ser contratado e outro meia poderia ter vindo, e não o Kenedy. O Flamengo, toda vez, sabe que vai perder o Everton Ribeiro e o Arrascaeta e não tem aquele meia que seja um substituto e vá dar conta do recado na criação e armação das jogadas. Já deu para ver que não é o Andreas, que gosta de jogar vindo de trás. Vai ser titular, e isso é bom porque renova, baixa um pouco a média de idade, ainda mais em relação ao Diego, mas não tem a característica que o Flamengo precisa. O Flamengo precisa de um meia criativo para ser reposição do Arrascaeta, principalmente, ou do Everton Ribeiro, e não pegou esse cara no mercado. Não deu agora porque não tinha [dinheiro], mas agora, com esse faturamento projetado de R$ 1 bilhão, classificações, com dinheiro a mais, tem de ir atrás desse cara para a próxima temporada. Está fazendo falta”.

Apesar de concordar com essa carência no grupo, Renato Maurício Prado apontou que a diretoria do Fla imaginou que Andreas Pereira poderia, sim, ser esse nome.

“Concordo com você, mas o Flamengo achou que o Andreas era esse cara. Até porque o Andreas, inclusive quando foi convocado para a seleção [brasileira], foi convocado como meia. É que ele é malandro. Ele chegou e disse para o Renato que era bom de segundo volante. Por que? Porque a vaga [no time] que estava ali ‘pedindo’ era a de segundo volante. Então, ele foi malandro e está se saindo bem como segundo volante. Como meia, pelo menos neste jogo de hoje, ficou devendo. De costas, ele não foi o mesmo jogador”, avaliou.

Ao mesmo tempo, RMP salientou que não é fácil encontrar jogadores para esta posição no

mercado da bola

. O colunista do

UOL Esporte

classificou a

contratação de Nacho Fernández

pelo Atlético-MG como uma “bela sacada”:

“Também não é muito fácil buscar um meia. Quem é um meia bom? O último meia bom que vi alguém contratar, aliás foi uma bela sacada, foi o Atlético-MG que foi buscar o Nacho Fernández no River [Plate, da Argentina]. Mas é uma posição muito complicada, mas concordo que é a posição que o Flamengo mais precisa. Até porque, nos grandes momentos, acaba ficando sem os dois, Everton Ribeiro e Arrascaeta”.

A próxima edição do Fim de Papo Flamengo será no sábado (9), logo após a partida contra o Fortaleza, pelo Brasileirão. Você pode acompanhar a

live

pelo

Canal UOL

, no

app


Placar UOL

, na

página do Flamengo no UOL Esporte

ou no

canal do UOL Esporte no YouTube

.

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