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Análise Tática Flamengo 2 x 2 Atlético-MG: Banho de água fria


(Foto: Reprodução/Marcelo Cortes/Flamengo)

O Flamengo perdeu o título da Supercopa do Brasil para o Atlético-MG neste domingo (20/02), na Arena Pantanal, em Cuiabá. A partida foi um verdadeiro banho de água fria. O Mais Querido começou muito bem, mas perdeu gols e viu o adversário abrir o placar, em uma falha de Hugo Souza. Depois, virou o jogo, só que tomou o empate e foi para os pênaltis. Nas penalidades, o rubro-negro teve quatro chances de ser campeão, porém desperdiçou-as e acabou sendo vice.

A partida foi como se fosse a primeira oficial de Paulo Sousa, já que os cinco jogos que comandou do Carioca foram uma espécie de pré-temporada, em que o treinador fez vários testes. O treinador não teve à disposição três jogadores: Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e Thiago Maia. Assim, ele botou em campo praticamente a “equipe ideal”, mantendo o esquema do 3-4-2-1 com a bola, sendo: Hugo Sousa; Fabrício Bruno, David Luiz e Filipe Luís; Rodinei, Arão, João Gomes e Everton Ribeiro; Arrascaeta e Bruno Henrique; Gabigol.

O time começou bem o jogo. O trio ofensivo se movimentava muito. Muitas vezes Gabigol recuava pela direita, Arrascaeta caía para a esquerda e Bruno Henrique entrava no espaço deixado por Gabi. Ou, Arrasca, que atuou mais na direita, invertia de posição com BH, que ficou mais para esquerda. Logo com 15 segundos, Bruno Henrique teve uma boa chance, quando infiltrou por dentro e recebeu lindo lançamento de Fabrício Bruno, mas não conseguiu dominar. Já em uma boa jogada de Arrascaeta pela direita, aos 15, o camisa 14 serviu Gabigol na pequena área, que não conseguiu finalizar direito e desperdiçou.

Já João Gomes se movimentava muito pelo campo, pisando na área e teve ótima atuação. O volante fez uma grande jogada aos 27, em que pegou no meio de campo pela esquerda, foi cortando por dentro na diagonal e serviu Gabigol dentro da área, que bateu mal com a perna direita e perdeu. O Flamengo estava muito melhor e quase não dava chances ao adversário. Entretanto, foi o Galo que abriu o placar, aos 41. Arana arriscou chute de fora da área, Hugo Souza falhou e espalmou para o meio, nos pés de Nacho Fernández. O argentino chutou e marcou.

Segunda etapa

O rubro-negro voltou para o segundo tempo com o mesmo time e esquema do primeiro. A equipe começou bem, em cima. Então, abriu o placar aos 10, justamente graças à movimentação dos jogadores de frente. Arrascaeta caiu pela esquerda, recebeu a bola, driblou a marcação, entrou na área e deu belo cruzamento na segunda trave para Bruno Henrique, dessa vez na direita. O atacante deu bela cabeçada, Éverson fez grande defesa e, no rebote, Gabigol botou para dentro.

A primeira substituição de Paulo Sousa foi aos 17 e teve impacto imediato. O treinador tirou Everton Ribeiro, que atuou na ala-esquerda, e colocou Lázaro na posição. No mesmo minuto, Arão recuperou a bola na defesa e deu para Arrascaeta, dessa vez na direita. O meia abriu do outro lado para Lázaro, aberto, que conduziu. Bruno Henrique dessa vez estava por dentro pela esquerda. Gabigol, centralizado, abriu para esquerda, puxando a marcação e abrindo um buraco na direita, aonde BH correu na diagonal e recebeu passe milimétrico de Lázaro, ficando na cara do goleiro e dando lindo toque por cima.

Depois de sofrer a virada, o Galo foi para cima e começou a pressionar o Flamengo. Então, Paulo Sousa fez uma mudança. Entretanto, diferente da anterior, essa não teve um efeito positivo. Pelo contrário. O treinador tirou Bruno Henrique para botar Diego. O camisa 10 entrou na função adiantada, por dentro pela direita, onde estava Arrascaeta, invertendo, assim, o uruguaio para a esquerda. Mas, dois minutos depois, o Atlético-MG empatou, com Hulk, após Vargas escorar cruzamento na segunda trave.

O Flamengo não estava bem na partida. Aos 36, Paulo Sousa fez três mudanças. Tirou Filipe Luís, cansado, Rodinei e Arrascaeta, para botar Léo Pereira, Matheuzinho e Vitinho. Além das mudanças dos jogadores, o time passou para uma espécie de 4-1-4-1. Na primeira linha, Matheuzinho ficou como lateral-direito e Léo Pereira na esquerda. Arão ficou de primeiro volante, Lázaro, que estava na ala-esquerda, passou para a direita, com Vitinho aberto na esquerda, Diego e João Gomes por dentro e Gabigol de centroavante.

O time melhorou. Vitinho chegou a ter uma chance. Lázaro recebeu na direita, inverteu para o camisa 11, que cortou e chutou em cima da zaga. Depois, a principal chance, novamente envolvendo a dupla. Vitinho recebeu na esquerda e cruzou rasteiro na medida para Lázaro, que entrou pela diagonal na pequena área, mas chutou travado pelo zagueiro e não marcou. A partida terminou empatada em 2 a 2. Nos pênaltis, o Flamengo perdeu na décima segunda cobrança, sendo que teve 4 oportunidades de ser campeão.

A partida foi um banho de água fria. Mas, mesmo com a perda do título, há pontos positivos para se tirar e outros negativos para aprender. A equipe teve ótimo primeiro tempo, por exemplo, deixando poucas oportunidades ao adversário, criando bem, se movimentando e mostrando intensidade. Na segunda, caiu de ritmo, porém por pouco Paulo Sousa não sai como “herói”, por botar Lázaro, que fez a jogada do segundo gol. Entretanto, o treinador fez mudança equivocada, com a entrada de Diego, tendo outras peças no banco. Aprendizados para o resto da temporada.

Link do Artigo do DiariodoFla.com.br

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