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Análise: Flamengo é mais refém da falácia de ‘elenco homogêneo’ do que de Renato Gaúcho


O comentário batido e até justo de que é do treinador a responsabilidade de encontrar soluções coletivas para que o time atinja seus objetivos não absolve Renato Gaúcho no Flamengo. Em que pese argumentos e justificativas sobre calendário, lesões e convocações. Mas o desempenho individual dos jogadores mandados a campo em ocasiões como a da derrota para o F

luminense e as atuações recentes deixam claro

: o clube vive uma falácia de elenco homogêneo que o obriga a tentar jogar da mesma forma que o time titular, automatizado desde que teve sua base formada em 2019, lapidada por Jorge Jesus.


Bola de Cristal:


Ferramenta do GLOBO mostra chances de título, risco de queda e outros dados do seu time

Sem Arrascaeta, Bruno Henrique, Gabigol, Filipe Luís, David Luiz, Isla, Pedro… e principalmente sem qualquer tempo para aprontar uma equipe mista encontrada de um dia para o outro, o Flamengo ainda assim tenta controlar o jogo, manter a posse de bola, ser protagonista. E tem enfrentado equipes que percebem a sua incapacidade de executar tais automatismos, refém de ideias que dependem sim de um coletivo, mas também da parte técnica individual de atletas de outro patamar.

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Renato Gaúcho faz o "V" da vitória em seu carro após o treino do Botafogo Foto: Arquivo O Globo / Agência O Globo - 12/05/1992
Renato Gaúcho faz o “V” da vitória em seu carro após o treino do Botafogo Foto: Arquivo O Globo / Agência O Globo – 12/05/1992
O atacante Renato Portaluppi passa por defensor do Santa Cruz, em partida válida pela Copa União de 1987. O placar: Flamengo 3 X 1 Santa Cruz Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo - 22/11/1987
O atacante Renato Portaluppi passa por defensor do Santa Cruz, em partida válida pela Copa União de 1987. O placar: Flamengo 3 X 1 Santa Cruz Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo – 22/11/1987
Renato Gaúcho chega sorridente para treino do Flamengo Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo - 28/07/1987
Renato Gaúcho chega sorridente para treino do Flamengo Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo – 28/07/1987
Renato Gaúcho durante treino do Flamengo em 1988 Foto: Otávio Magalhães / Agência O Globo - 03/03/1988
Renato Gaúcho durante treino do Flamengo em 1988 Foto: Otávio Magalhães / Agência O Globo – 03/03/1988
Renato Gaúcho comemora com o goleiro Welerson o título estadual conquistado sobre o Flamengo com o lendário gol de barriga Foto: Arquivo / Agência O Globo - 25/06/1995
Renato Gaúcho comemora com o goleiro Welerson o título estadual conquistado sobre o Flamengo com o lendário gol de barriga Foto: Arquivo / Agência O Globo – 25/06/1995

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Renato Gaúcho entrega camisa do Fluminense para a apresentadora Xuxa Foto: Arquivo O Globo / Agência O Globo - 23/09/1996
Renato Gaúcho entrega camisa do Fluminense para a apresentadora Xuxa Foto: Arquivo O Globo / Agência O Globo – 23/09/1996
Renato Gaúcho domina bola durante partida do Brasileirão de 1997 Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo - 20/09/1997
Renato Gaúcho domina bola durante partida do Brasileirão de 1997 Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo – 20/09/1997
Renato Gaúcho comandou o Bangu em 1999 Foto: Pércio Campos / Agência O Globo - 03/03/1999
Renato Gaúcho comandou o Bangu em 1999 Foto: Pércio Campos / Agência O Globo – 03/03/1999
Renato Gaúcho posa com bola antes do treino do Madureira Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo - 26/01/2001
Renato Gaúcho posa com bola antes do treino do Madureira Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo – 26/01/2001
Renato Gaúcho conversa com o jogador Beto durante treino do Flu Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo - 09/09/2002
Renato Gaúcho conversa com o jogador Beto durante treino do Flu Foto: Hipólito Pereira / Agência O Globo – 09/09/2002

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Renato Gaúcho na praia de Ipanema Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo - 17/03/2003
Renato Gaúcho na praia de Ipanema Foto: Guilherme Pinto / Agência O Globo – 17/03/2003
Romário conversa com Renato durante treino do Vasco Foto: Fernando Maia / Agência O Globo - 14/03/2006
Romário conversa com Renato durante treino do Vasco Foto: Fernando Maia / Agência O Globo – 14/03/2006
Renato Gaúcho orienta Edmundo, Leandro Amaral e Eduardo Luiz durante treino do Vasco, em São Januário Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo - 26/09/2008
Renato Gaúcho orienta Edmundo, Leandro Amaral e Eduardo Luiz durante treino do Vasco, em São Januário Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo – 26/09/2008
Treino do Fluminense nas Laranjeiras sob o comando do técnico Renato Gaúcho Foto: Jorge William / Agência O Globo - 01/06/2007
Treino do Fluminense nas Laranjeiras sob o comando do técnico Renato Gaúcho Foto: Jorge William / Agência O Globo – 01/06/2007
Renato Gaúcho teve Valdir Espinosa como auxiliar técnico no Fluminense Foto: Jorge William / Agência O Globo - 04/08/2009
Renato Gaúcho teve Valdir Espinosa como auxiliar técnico no Fluminense Foto: Jorge William / Agência O Globo – 04/08/2009

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Renato Gaúcho de férias no Rio em 2017 Foto: Marluci Martins / Agência O Globo
Renato Gaúcho de férias no Rio em 2017 Foto: Marluci Martins / Agência O Globo
Renato Gaúcho jogou o Mundialito de Futevôlei 4x4, em 2013, realizado em Copacabana Foto: Divulgação
Renato Gaúcho jogou o Mundialito de Futevôlei 4×4, em 2013, realizado em Copacabana Foto: Divulgação
Renato Gaúcho jogou o Mundialito de Futevôlei 4x4, em 2013, realizado em Copacabana Foto: Arquivo O Globo - 08/03/2013
Renato Gaúcho jogou o Mundialito de Futevôlei 4×4, em 2013, realizado em Copacabana Foto: Arquivo O Globo – 08/03/2013
Renato Gaúcho visita Arena do Grêmio depois de ser anunciado como técnico do time para a temporada de 2013 Foto: LUCAS UEBEL / Agência O Globo - 25/07/2013
Renato Gaúcho visita Arena do Grêmio depois de ser anunciado como técnico do time para a temporada de 2013 Foto: LUCAS UEBEL / Agência O Globo – 25/07/2013
O primeiro título de Renato Gaúcho como técnico do Grêmio foi a Copa do Brasil conquistada sobre o Atlético-MG, em 2016. O tricolor vendeu o time de Minas Gerais por 4 x 2 no placar acumulado. O jogo da final, na casa do adversário, terminou empatado em 1 a 1 Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA
O primeiro título de Renato Gaúcho como técnico do Grêmio foi a Copa do Brasil conquistada sobre o Atlético-MG, em 2016. O tricolor vendeu o time de Minas Gerais por 4 x 2 no placar acumulado. O jogo da final, na casa do adversário, terminou empatado em 1 a 1 Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA

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Renato Gaúcho é erguido pelos comandados depois de conquistar a Libertadores de 2017. Na sequência ele foi vice-campeão mundial e campeão da Recopa Foto: EITAN ABRAMOVICH / AFP
Renato Gaúcho é erguido pelos comandados depois de conquistar a Libertadores de 2017. Na sequência ele foi vice-campeão mundial e campeão da Recopa Foto: EITAN ABRAMOVICH / AFP
Renato carrega troféu da Recopa 2018, conquistada nos pênaltis: 5 x 4, depois de um placar acumulado de 1 x 1, sobre o Independiente, da Argentina Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA
Renato carrega troféu da Recopa 2018, conquistada nos pênaltis: 5 x 4, depois de um placar acumulado de 1 x 1, sobre o Independiente, da Argentina Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA
Com uma goleada de 6 a 0 sobre o Avenida, Renato Gaúcho conquistou, em 2019, a Recopa Gaúcha Foto: Max Peixoto / DiaEsportivo
Com uma goleada de 6 a 0 sobre o Avenida, Renato Gaúcho conquistou, em 2019, a Recopa Gaúcha Foto: Max Peixoto / DiaEsportivo
O primeiro título do tri estadual saiu em 2018, depois de conquistar a Recopa Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA
O primeiro título do tri estadual saiu em 2018, depois de conquistar a Recopa Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA
Renato ergue a taça de campeão gaúcho em 2019 Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA
Renato ergue a taça de campeão gaúcho em 2019 Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA

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Com medalha no peito e ao lado do troféu, o ex-técnico Renato Gaúcho comemora o tricampeonato gaúcho, conquistado em 2020 Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA
Com medalha no peito e ao lado do troféu, o ex-técnico Renato Gaúcho comemora o tricampeonato gaúcho, conquistado em 2020 Foto: Lucas Uebel / Lucas Uebel/Gremio FBPA

Diego já havia perdido espaço no Flamengo em 2019, agora com 36 anos, prestes a renovar por mais uma temporada, deixa claro que não é solução criativa. Andreas Pereira, contratado neste ano, já o substitui, mas sentiu a sequência recente. E tem atuado mais adiantado, em posição que não se sente confortável. Prefere ser segundo homem, organizar o time por trás. Everton Ribeiro, convocado algumas vezes, caiu de produção mais do que todos. Não é agudo, não cria pelos lados, não tem fôlego pela direita. Vitinho, tão contestado, é quem tem surgido como melhor opção, mas que nunca se confirma.

Do lado esquerdo, sem Filipe Luís, o time tem a ligação de Renê com Michael. Tem velocidade, mas pouco poder criativo e de decisão. A bola não chega na área nem por um lado, nem por outro. Pelo meio, os times se fecham. Por isso Renato tem apostado em centroavantes de área. Mas sem Pedro, lançou Vitor Gabriel, que tem limitações. O Fluminense esperou o erro nas jogadas ofensivas, bloqueou a área e foi letal.


Ano bom:


Fluminense transforma 2021 no ano com mais vitórias sobre Flamengo na história do clássico

Na defesa, o Flamengo sofreu mais do que de costume com nova troca de peças. Matheuzinho deixa claro que tem potencial, mas sofre quando é bloqueado em seus avanços por jogadores talentosos como Luiz Henrique. Ao seu lado, joga o lento Gustavo Henrique, aclamado para a vaga de Léo Pereira, mas igualmente inseguro. Tem o jogo aéreo, e só. Mesmo o titularíssimo Rodrigo Caio sofre contra ataques velozes. Com Renê, se desdobra. O lateral reserva não tem nem perto o nível de construção de jogo de Filipe Luís. Não lançar o jovem Ramon é, sim, inexplicável.

Área desprotegida

Na ausência de Arão por opção, o Flamengo também não tem a área bem protegida e expõe seus zagaueiros, sobretudo os lentos. Thiago Maia, com status de repatriado da Europa como outros, ainda oscila após voltar de grave lesão. Não tem entrosamento com os demais companheiros e erra passes em excesso para o lugar do campo que ocupa. O time não consegue fazer a bola circular da defesa para o ataque com as peças disponíveis. Sofre para lançar em profundidade e tentar o cruzamento. E finaliza muito pouco. Outro reforço, Kenedy, poderia dar essa qualidade para abrir defesas, mas precisa evoluir fisicamente.

Os movimentos táticos exigidos par furar marcações bem feitas poderiam acontecer com estes jogadores e contra equipes fechadas? Bastaria treinar, ter outras ideias, trocar o técnico? São perguntas sem respostas ainda. E se houvesse uma tentativa de mudar o estilo de jogo, adequar aos atletas disponíveis, seria tolerável jogar feio e ganhar? Esperar o adversário e lhe entregar a bola, como Cuiabá, Athletico-PR e Fluminense fizeram em momentos de seus confrontos com o Flamengo? Certo é que, contra um elenco cansado, com a obrigação de vencer, a estratégia funciona bem. E a única solução até agora para superá-la é o talento individual e um time entrosado e que se conhece sem treino. É única receita para o Flamengo tentar ganhar tudo como quer sua diretoria. Não há plano B.

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