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Análise: carente de ideias, Flamengo fica preso em “engarrafamento” criado pelo Cuiabá na frente da área


Um ônibus do Cuiabá estacionado na entrada da área, e um Flamengo que não encontrou alternativas para caminhos que o levassem ao gol de Walter. Mérito para os visitantes, que foram bem mais eficientes na estratégia traçada na noite de domingo, no Maracanã.

Renato Gaúcho, Flamengo x Cuiabá, Brasileiro — Foto: André Durão
1 de 2 Renato Gaúcho, Flamengo x Cuiabá, Brasileiro — Foto: André Durão

Renato Gaúcho, Flamengo x Cuiabá, Brasileiro — Foto: André Durão

O empate sem gols pela 27ª rodada é daqueles casos onde os elogios a um não anulam as críticas ao outro. O Cuiabá fez uma grande partida para o que se propôs no Rio de Janeiro? Não há dúvidas disso. Defendeu com um nível de concentração absurdo para minimizar os erros. Mas o Flamengo de Renato Gaúcho devia ter encontrado caminhos ao menos para dificultar a missão do time de Jorginho.

O início foi até promissor. Nos primeiros 20 minutos, quando imprimiu uma intensidade alta nas ações ofensivas e até fez o polêmico gol mal anulado de Michael, o Flamengo deixou o Cuiabá acuado e sem conseguir sequer esfriar o jogo. A medida que o tempo passou e o placar seguia em branco, no entanto, o desenho passou a ficar à feição para os mato-grossenses.

Já com a rotação mais baixa – o que é natural pela exigência física da postura inicial -, o Flamengo precisou ser mais criativo para encontrar espaços. E não foi. Michael era praticamente a única alternativa com suas jogadas individuais, além das ultrapassagens de Matheuzinho. Foi pouco diante de um Cuiabá todo postado atrás da linha da bola e sem muita preocupação nem mesmo em contra-atacar.

Com Everton Ribeiro de volta, Renato preferiu manter Andreas Pereira como meia e Thiago Maia ao lado de Willian Arão na cabeça da área, mas a sintonia nem de longe lembrou a do jogo com o Juventude. Muitas vezes de costas para o gol, Andreas não conseguiu entrar no jogo e Thiago Maia também não deu ritmo na saída de bola.

Everton Ribeiro voltou da Seleção e teve atuação discreta  — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF
2 de 2 Everton Ribeiro voltou da Seleção e teve atuação discreta — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

Everton Ribeiro voltou da Seleção e teve atuação discreta — Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

O Flamengo passou a abrir o jogo pelos lados, mas o “engarrafamento” de jogadores a partir da intermediária ofensiva complicava muito as ações. Gabriel voltou a sair muito da área e não foram poucas as vezes em que Andreas se posicionava entre os zagueiros num primeiro tempo onde o time só acertou duas finalizações na direção do gol.

Na volta do intervalo, Gabigol se posicionou mais centralizado como referência, mas o Flamengo seguia refém das jogadas de Michael. Filipe Luís passou a se aproximar do atacante para tabelas, buscou alternativas também por dentro e a equipe a teve mais volume.

Renato tirou Thiago Maia, colocou Kenedy e recuou Andreas para a posição onde se sente mais confortável. O belga entrou no jogo e melhorou bastante sua performance. Nada, porém, que fosse suficiente para que o Flamengo levasse mais perigo ao gol de Walter.

Com as saídas de Gabriel e Everton Ribeiro, as jogadas tramadas passaram a ser ainda mais escassas, e a cartada de Gustavo Henrique como atacante foi o último ato de desespero de Renato pela vitória. Mas quem saiu? Michael, que era quem mais limpava os lances para alçar bolas na área.

Não foi a noite do Flamengo. A festa da torcida com a derrota do Atlético-MG antes do apito inicial se transformou em vaias de frustração ao apito final. O ônibus do Cuiabá bloqueou os caminhos no Maracanã, e não houve quem encontrasse atalhos.

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