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Adriano se diz incompreendido durante carreira: ‘Não era tratado como ser humano’


O ex-jogador falou sobre a estreia de “Adriano Imperador”, documentário produzido com a ideia de revelar um Adriano que poucos conhecem

Adriano Imperador ficou à vontade para abordar diferentes assuntos ligados a sua vida e carreira

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Por: , 19/07/2022

Adriano Imperador fala sobre carreira Foto: Reprodução/Onefootball , de ganhar a alcunha de Imperador em Milão e de deixar em prantos os argentinos na conquista da Copa América de 2004 com a seleção brasileira.

“Não me arrependo de nada do que aconteceu. Se pudesse, faria de novo. Voltei à favela pela minha felicidade. Pô, saí da favela para ser Imperador na Itália. Precisava dar uma recuada na minha vida. Naquele momento foi uma decisão pensada que eu tomei”, explicou.

A série documental tem depoimentos de Aloísio Chulapa, Dejan Petkovic, Javier Zanetti, Léo Moura, Ronaldo Fenômeno e Massimo Moratti, presidente da Inter de Milão na época e uma das pessoas mais queridas por Adriano. Foi o empresário italiano que ajudou o Imperador quando teve de lidar com a depressão que o acometeu principalmente em decorrência da morte de seu pai. Poucos, segundo ele, davam atenção ao ser humano Adriano. Só se lembravam do Imperador, um atacante forte e impetuoso e dono de um chute potente em seu pé esquerdo, mas que tinha suas fraquezas.

“As pessoas não veem jogadores de futebol como um cara normal. Na minha época, quando eu comecei foi mais pesado, digamos assim. Mas a gente tem que saber compreender uma pessoa, independentemente de ser atleta ou trabalhador normal. A gente passa por dificuldades, ainda mais com a perda de um ente querido”, ressaltou Adriano, mais uma vez mencionando a morte de seu pai há 18 anos em decorrência de um ataque cardíaco, que o fez atravessar o Oceano Atlântico e sair da Itália para retornar ao Brasil. De acordo com a diretora do documentário, Susanna Lira, foi esse o ponto de virada na vida de Adriano e o assunto que mais lhe deixou emocionado durante a entrevista.

“Na época eu decidi fazer aquilo tudo porque eu não estava a fim, não estava com a cabeça legal. Ganhava muito dinheiro na época, mas, pela educação que minha família me deu, isso era totalmente errado”.

Outros tópicos abordados na entrevista:

ARREPENDE-SE DE ALGO?

“Não me arrependo de nada. Porque eu fiz o que quis fazer. As coisas que aconteceram na minha vida foi aquilo que eu quis fazer, não tem porque ficar me culpando pelo que aconteceu. Era para acontecer. Como sempre digo, Deus sabe de tudo na nossa vida. O que fiz foi pensado, no momento em que eu precisava, por causa de coisas tristes. Acho que não me arrependo, não. Quer dizer, tenho certeza”.

APOSENTADORIA

“Quando parei foi uma decisão porque não estava mais com a cabeça focada. Logo que vim da Roma para o Corinthians e meu tendão arrebentou no primeiro treino, veio a tristeza de antes e isso me abatia muito. Quando eu ficava triste me desligava, então é melhor deixar de lado, deixar o futebol. Foi uma tristeza para mim e todos os brasileiros, porque eu era considerado um dos melhores atacantes na época. Não foi fácil, mas naquele momento achei necessário”.

CAMISA 9 DA SELEÇÃO BRASILEIRA

“Tem o Hulk, tem o Gabigol, depende muito da forma que a seleção joga. Tem Neymar, que joga mais fora da área do que dentro. Se eu estivesse ali com certeza dava conta (risos), mas tem jogadores que se forem convocados vão fazer por onde e dar alegria para a gente”.

TORCIDA PELA SELEÇÃO NO CATAR

“Infelizmente eu não pude ganhar uma Copa, mas o coração está junto com os jogadores, torcendo. Sei da responsabilidade de jogar uma e com certeza a seleção está bem preparada para conseguir o título”.

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Link do Artigo do FalandodeFlamengo

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