Dos cinco gols do
Flamengo
na goleada sobre o Athletico-PR, quatro foram marcados por jogadores formados fora do clube. As assistências também vieram de pés que não nasceram na Gávea e nem no Ninho, mas a base teve muita importância na vitória por 5 a 0.
Lázaro fez o dele, Victor Hugo manteve a rotina de boas atuações, e Matheuzinho, que começou a base no Londrina mas se profissionalizou como Garoto do Ninho, deu arrancada impressionante no gol de Ayrton Lucas.
A ascensão do trio e de outros pratas da casa tem a ver somente com o jargão “Craque o
Flamengo
faz em casa”? Dorival Júnior acredita que não. Embora se autointitule como o treinador brasileiro que mais gosta de trabalhar com a base, vê na liderança dos mais cascudos do grupo como uma segurança para os mais jovens performarem.
– Quero destacar outro ponto muito importante. A figura do Diego, do Filipe e do David Luiz… Everton (Ribeiro) e alguns jogadores mais que têm sido fundamentais com uma participação expressiva. Às vezes a torcida não vê, é natural, é mais restrito de vestiário. Mas são jogadores fundamentais para que tenhamos um trânsito entre atletas, comissão e diretoria. E isso fazendo com que se fortaleça ainda mais esse vínculo. E que cada um tenha responsabilidade por seu espaço e pelas necessidades que o grupo tenha. Então eu acho que essa distribuição e divisão importantes têm sido fundamentais na evolução de tudo isso.
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Os experientes Diego e David Luiz abraçam Lázaro no quarto gol do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Os experientes Diego e David Luiz abraçam Lázaro no quarto gol do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
– Sem essa aproximação e sustentação principalmente de vestiário, fica difícil para qualquer profissional. Esse trabalho de todos eles tem sido fundamental para a segurança da nossa equipe – emendou.
– Eu gosto de ter aproximação da base com o profissional. Pode ter treinador que goste de trabalhar com categoria de base igual a mim. Sinceramente não vejo nenhum que goste mais, porque sempre lancei muitos jogadores em todas as equipes nas quais trabalhei.
Victor Hugo, Lázaro e Matheuzinho formam o trio de Garotos do Ninho em alta com Dorival. E Matheus França, o meio-campista monitorado por Real Madrid e outros gigantes da Europa:
por onde anda?
Depois da fratura na fíbula do tornozelo direito, sofrida na segunda rodada do primeiro turno, as oportunidades escassearam. Ostracismo? Não. Zelo.
– França é muito interessante, vai ter uma carreira brilhante. Temos um pouco de cuidado com ele. E, com o elenco que temos, com um número ótimo de grandes jogadores, às vezes acaba inibindo a possibilidade de um garoto. Colocar é fácil, o difícil é saber quem retirar.
– E com o França estamos tentando ter esse cuidado. O Lázaro aproveitou as chances, o Victor Hugo também, o Matheus (Matheuzinho) tem feito isso com frequência. Eu acho que essa disputa leal mostra que o ambiente se fortalece independente do nome que vai a campo.
E que a turma do sub-20 não pense que está fora do radar, pois Dorival garante:
– Cada um tem uma forma de trabalhar e temos que respeitar. Sempre gostei de integração e de conhecer o sub-20, o 17 e o 18. Daqui a pouco vai precisar recorrer a um garoto da base. Eventualmente estamos trazendo para conhecermos as características.
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Matheus França chega ao Maraca para Flamengo x Athletico-PR — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Matheus França chega ao Maraca para Flamengo x Athletico-PR — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
Com treinos que tentam aproximar as equipes A e B do
Flamengo
, Dorival tenta encurtar a distância entre os mais jovens e os experientes na base do diálogo. E a resposta tem sido positiva.
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