Tite convocou só um jogador que atua em clubes do país para os duelos da
seleção brasileira
contra Colômbia e Argentina, nos dias 11 e 16 de novembro, pelas
Eliminatórias da Copa do Mundo do Qatar
. A medida do técnico concretizada hoje (29) vai ao encontro do que a cúpula da CBF queria e evita um desgaste maior com os clubes nacionais, já que diminui o número de desfalques na reta final do
Brasileirão
entre os líderes.
Os próximos compromissos da seleção vão se chocar com três rodadas da Série A (31ª, 32ª e 33ª). Olhando as convocações mais recentes de Tite, não chamar quem está em território nacional poupa Flamengo, Palmeiras,
Atlético-MG
e Internacional, que cederam recentemente
Gabigol
, Éverton Ribeiro, Weverton, Guilherme Arana e Edenílson. Mas os clubes ainda ficam sujeitos a perder nomes por convocações de outras seleções sul-americanas e em caso de necessidade do Brasil, como disse Juninho Paulista, coordenador da seleção:
“Nós chegamos ao consenso de que poderíamos ceder nesta janela e não convocar para a lista de hoje os jogadores que não atuam no Brasil, com uma exceção já acordada com o clube [Gabriel Chapecó, do
Grêmio
]. Mas os clubes estão cientes de que em caso de lesão ou suspensão por cartões usaremos prerrogativa de convocar atletas do Brasil se entendermos o melhor para a vaga”, afirmou o dirigente.
A última vez que uma lista inicial anunciada por Tite que não tinha jogadores do
futebol
nacional foi para os jogos amistosos contra Argentina e Coreia do Sul, em novembro de 2019. Só que o treinador precisou recorrer, ao fim das contas, ao goleiro Santos, do Athletico-PR, porque Ederson se machucou.
A posição de goleiro, inclusive, foi a que demandou a exceção para a comissão técnica da seleção, já que — além de Alisson e Ederson — as opções recorrentes para completar o setor costumeiramente atuam em território brasileiro, como é o caso de Weverton, Everson e do próprio Santos. Gabriel Chapecó, do Grêmio, foi a aposta para a posição.
Do meio para frente, o leque de alternativas é muito maior. Por isso, deixar fora nomes como Edenílson, Everton Ribeiro e Gabigol não chega a desfigurar os planos de Tite para a seleção.
Poupar os clubes brasileiros ganhou relevância maior pela decisão recente da CBF de não adiar mais as partidas de quem tivesse jogador convocado. A estratégia foi usada neste ano em junho e setembro, mas a maioria dos clubes fez pressão contrária em outubro. A CBF chegou a flertar com o adiamento da conclusão do Brasileirão para o fim de dezembro, o que teria reflexo maior no calendário de 2022, mas retrocedeu, encaixando a conclusão da temporada para o dia 15.
A “legião estrangeira” da seleção brasileira enfrentará a Colômbia na Neo Química Arena, em São Paulo, dia 11. O jogo contra a Argentina, dia 16, será no estádio Bicentenário, em San Juan. O Brasil tem 31 pontos em 11 partidas e pode confirmar a classificação para a Copa do Qatar nesta janela de jogos, o que também facilitou com que a CBF abrisse mão dos jogadores mais importantes do país.
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