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Temporada “real” vai começar, mas apenas Palmeiras e Galo seguem no topo


Os principais estaduais, enfim, terminaram, deixando aquela ilusão de relevância na reta final, com os grandes confrontos locais envolvendo muita rivalidade e estádios cheios.

Mas agora começa a temporada para valer no Brasil. Copa do Brasil na terceira fase, já com os principais times do país, Brasileiro e Libertadores/Sul-Americana.

E a primeira prateleira fica com menos um time. Não porque o Flamengo perdeu o Carioca para o Fluminense, mas pelo desempenho sofrível e a falta de perspectivas do trabalho de Paulo Sousa diante dos jogos seguidos e pouco tempo para treinar a partir de agora. Apesar da qualidade de um elenco que ainda vai ganhar o reforço dos lesionados Pablo e Ayrton Lucas, além do goleiro Santos, os fracassos recentes deixam uma impressão de decadência.

Apenas Galo e Palmeiras permanecem no topo. Se vão confirmar o protagonismo com mais taças em novembro é outro papo. Mas o resto que corra atrás agora, porque a distância ficou grande.

Os mineiros confirmaram o favoritismo no estadual com maior disparidade de forças: o America focou na Libertadores; o Cruzeiro evoluiu, mas ainda é um time de Série B e não teve forças para duelar com o atual campeão brasileiro, da Copa e da Supercopa do Brasil.

Que manteve a estrutura com a troca forçada de Cuca por Antonio “Turco” Mohamed e adicionou elementos na dinâmica ofensiva, como Hulk mais móvel e participando da articulação ofensiva também com bons passes. Ademir não é titular absoluto, mas o elenco ganhou um acréscimo ofensivo valioso. A defesa ainda inspira cuidados, porém o retorno de Junior Alonso deve restabelecer a ordem.

O Palmeiras tem o desafio de manter o altíssimo nível de desempenho que alcançou ao longo do Paulista, especialmente no duelo final contra o São Paulo. Depois de queimar etapas de preparação para ser competitivo já em fevereiro, na disputa do Mundial de Clubes, emendando com a Recopa Sul-Americana.

É a melhor versão do time de Abel Ferreira, com Dudu voando e Raphael Veiga ainda mais decisivo, além do forte sistema defensivo. Mas o elenco precisa de reforços para equilibrar um pouco o rendimento de titulares e reservas. Isso se o Brasileiro não for relegado novamente a segundo ou terceiro plano por Abel.

Na segunda prateleira estão, além do Flamengo, o Fortaleza campeão da Copa do Nordeste e o São Paulo em ascensão, caso não perca o rumo com a surra no Allianz Parque. Trabalho consolidado de Vojvoda e elenco reforçado para enfrentar o desafio de uma temporada estafante, com longas viagens e ainda a final cearense a disputar.

No Morumbi, Rogério Ceni recuperou a moral perdida e dá as cartas no desafio de recuperar os mais rodados para que a base titular e destaques, como Pablo Maia, Welington e Rodrigo Nestor, não paguem pela inexperiência , como na final estadual.

Fluminense e

Corinthians

são incógnitas. O primeiro porque falhou na missão de se classificar para a fase de grupos da Libertadores e fica a dúvida se é o time que foi muito mal contra Olimpia em Assunção e diante do Botafogo no Maracanã pela volta da semifinal carioca, ou a equipe mobilizada, intensa e letal dos Fla-Flus.

O segundo porque tem elenco qualificado, porém envelhecido, e o bom treinador Vitor Pereira, no entanto a falta de uma pré-temporada, desperdiçada pela insistência com Sylvinho, deve pesar na tarefa de equilibrar juventude e experiência em um calendário também apertado.

Athletico e Internacional perderam os estaduais e ainda precisam encontrar um rumo; o Botafogo de Textor perdeu tempo na reconstrução e esperou demais por Luís Castro, mas a despedida do estadual foi trágica e promissora, ao mesmo tempo. O Santos de Fabian Bustos aposta em equatorianos para tentar algo além de fugir do rebaixamento.

O

Red Bull Bragantino

ocupa uma prateleira só dele. Tem investimento, mas as pretensões são modestas e o trabalho de Mauricio Barbieri sinaliza estagnação e teto baixo. Sem torcida numerosa e, portanto, mídia, a pressão é pequena e isso traz paz, mas também uma certa acomodação.

O Ceará vai tentar equilibrar a gangorra com o maior rival, mas a volta de Dorival Júnior à Série A é um ponto de interrogação. América deve seguir priorizando a participação inédita na Libertadores;

Atlético-GO

e Cuiabá vão aproveitar a rodagem na Série A para tentar algo maior na tabelas, caso não priorizem a Sul-Americana.

O

Coritiba

, com o título estadual e o trabalho já longevo de Gustavo Morínigo, é o time mais promissor dos que subiram. Goiás e Avaí devem penar um pouco no retorno da Série A e lutar com o Juventude e as surpresas negativas de toda edição, como foi o

Grêmio

em 2021, pela permanência.

O calendário ainda mais apertado pela Copa do Mundo em novembro deve criar um contexto particularíssimo e muitos clubes priorizarão o mata-mata como uma maior possibilidade de conquista ou campanha sólida, com premiações interessantes. No aperto, os pontos corridos, de fato, viram uma ladeira um tanto íngreme. O que torna tudo mais imprevisível e emocionante, como efeito colateral.

Enfim, a bola vai rolar de verdade no Brasil. Que venha a maratona dos jogos “reais”!

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