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SUPERSTIÇÃO: Palmeirenses e flamenguistas contam o que farão para ajudar os times na final da Libertadores


O futebol mexe com emoções. Em jogos ainda mais importantes, torcedores procuram se envolver ao máximo para ver o seu time vencedor. Em casos de disputa de títulos, principalmente, o sentimento e a adrenalina disparam, levando muitas vezes às superstições.

Neste sábado (27), conheceremos o mais novo campeão da Libertadores da América. Por isso, palmeirenses e flamenguistas já se preparam para seguir todos os seus rituais a fim de ver a sua equipe levantando o troféu. A reportagem da

TNT Sports

ouviu alguns dos torcedores para saber quais as superstições que nunca podem faltar em uma partida dessa.

Do lado carioca, a torcedora Cecília Teles, de 24 anos, escolhe a mesma roupa, o mesmo lugar do chão para assistir ao jogo e as mesmas companhias. Fernanda Fernandes segue a mesma linha: depois da Libertadores de 2019, quando o Flamengo foi campeão diante do River Plate, todas as finais de competição a camisa escolhida para assistir ao jogo é a mesma. “Na Libertadores daquele ano funcionou um pouco, né. Vamos ver agora”.

Além disso, Fernanda muda a sua rotina em dias de jogos importantes do Mengão. “Eu acordo e a primeira coisa que faço é colocar cânticos ou vídeos do Flamengo na televisão. Deixo tocar até a hora do jogo. Então, se eu acordar, por exemplo, às 7h da manhã, vai ficar lá até a hora do jogo”, revelou.

Já Isabelle Rodrigues, de 23 anos, apesar de também repetir a camisa de todas as vitórias da Libertadores de 2019 – e ter acrescentado o número 9, do Gabigol, com o objetivo de dar sorte para o jogador marcar novamente na final –, usa a sua fé como superstição.

Eu acabo ficando muito nervosa e eu não gosto de criar superstição. Mas antes de todo jogo que eu vou, sempre tenho que fazer a minha oração sentada no estádio, seja onde for. Mas como eu vou mais ao Maracanã e eu tenho um respeito muito grande pelo Maracanã, que eu considero minha casa, eu sempre entro, coloco a mão no chão da arquibancada, sento, faço minha oração e fico de boa até a hora do jogo. Quando vai começar, eu fecho os olhos, faço outra oração, me benzo três vezes e o jogo começa”.

Por conta da pandemia, Isabelle seguiu seu ritual de oração em casa, mas também permaneceu com um outro costume: o de escrever. “Escrevo o que estou sentindo antes do jogo. Como eu uso a escrita pra minha vida, em todos os momentos, antes de jogo eu gosto muito de escrever. Isso ou antes ou depois, pra eu ter de memória no futuro, quando eu tiver que mostrar pra alguém. Eu sinto que isso dá sorte. Pretendo fazer isso agora também, principalmente porque vou ver com o meu pai”, contou.


Isabelle e Milton, pai e filha, torcedores supersticiosos do Flamengo. Foto: Arquivo Pessoal

Milton Rodrigues, 52, pai de Isabelle, também é adepto da superstição, que foi comprovada quando Gabigol virou o jogo diante do River Plate e deu o título ao Rubro-Negro, há dois anos. “Quando a gente está jogando e o gol está demorando a sair, e a gente precisa daquele resultado, precisa da vitória, eu tiro a camisa do Flamengo autografada pelo Zico, coloco em cima da cama ou em cima do sofá, no lugar onde eu estiver vendo o jogo, e me dá aquela esperança e aquela motivação de que o gol vai sair. Em 2019 foi surreal, porque nós fechamos o placar em 2 a 1, viramos faltando cinco minutos pra acabar. Ali foi o símbolo da superstição falando mais alto”.

Do lado Alviverde da força, há também muita crença de que se algumas atitudes forem tomadas, o universo irá colaborar e conceder o título ao time de São Paulo. O analista de logística, Matheus Leyses, de 27 anos, tem peças de roupas que são consideradas como amuletos, utilizados em confrontos de decisão da equipe. “Todo jogo importante eu estou sempre com a mesma camisa e sempre com a mesma cueca. Uma cueca da sorte (item que tem desde 2016)”.

O palmeirense também prepara sua rotina de uma forma que tende a ajudar o time. “Em dia de final, eu sempre me reúno com os amigos e com pessoas que gostam do Palmeiras para tentar atrair coisa boa. Quando a gente assiste ao jogo juntos, não pode não ter palmeirense, mesmo que seja amigo, irmão, primo, namorada… Tem que ser palmeirense, senão, atrai coisa ruim”.


Matheus (meio) e os amigos palmeirenses que fazem parte da rotina de jogos importantes. Foto: Arquivo Pessoal

Além do planejamento e dos itens da sorte, Matheus conta muito com a fé como forma de “abençoar” e conduzir o clube para conquista. “Cinco minutinhos antes do começo do jogo, eu saio e faço minhas preces, peço ajuda pra Deus. Também tem flamenguista que acredita em Deus, mas a gente sempre pensa que Ele é palmeirense e ajuda bastante a gente”, garantiu.

O número 27, marcado para decidir a final em Montevidéu, também virou item de superstição. O empresário Ericson Lopes Santos acredita que o fato da esposa, Neuma Pegado, completar 27 semanas de gravidez neste próximo sábado (27) é um grande sinal da conquista do Tri da América pelo Palmeiras.

O dia previsto para o nascimento da criança, 27 de fevereiro de 2022, também colabora com a crença do dono de uma pizzaria em Recife. Para ele, é uma forma do universo usar as datas da formação no útero materno e nascimento do Heitor, filho esperado, para reforçar que o Verdão será campeão mais uma vez e, por isso, ele precisa “ficar mais tranquilo”.

Fora esses “possíveis sinais”, Ericson também tem outros rituais considerados importantes para conquista do título. Em toda partida importante, o torcedor usa a camisa que estava na final da Copa do Brasil de 2012, e se senta num local específico do sofá. Para reforçar a crença, deixa os dois controles da televisão virados para frente.


O sofá de Ericson pronto para a decisão da Libertadores. Foto: Arquivo Pessoal

As cores do adversário também são evitadas. Então, nesta decisão, o lema é: “nada de usar vermelho”, para não trazer qualquer tipo de azar ao time comandado por Abel Ferreira. “Vamos ganhar por acreditar no treinador e nos jogadores, talvez o gol saia aos 27 minutos. Veiga e Dudu vão brilhar nessa final, mas ainda acho que o Gabriel Veron, o número 27, vai dar o título”.

Um banho no intervalo do jogo entre Palmeiras e Vasco, na Copa Mercosul de 2000, fez com que o arquiteto Danilo Butignoli Delazari, de 33 anos, começasse a ter superstições relacionadas ao futebol.

Naquela ocasião, o time paulista dominou no primeiro tempo e levava o título por 3 a 0. Até que sofreu a virada na segunda etapa, da equipe que tinha Romário como craque, e perdeu a taça num placar que ficou 4 a 2.

“Fui tomar banho no intervalo e quando eu voltei, estava sem a camisa. O Vasco virou e o Palmeiras perdeu o título. Desde então, comecei a ter umas manias e prestar atenção na roupa que visto em dia de final”.

Para evitar que sua rotina tenha impacto negativo nesta decisão, Danilo já tem um planejamento para seguir. Assim como esteve vestido na final da Libertadores de 2020, o torcedor irá acompanhar a partida com a camisa do time e com uma sunga. O grande detalhe desta vez é: o arquiteto não estará na praia.


Danilo iniciou suas superstições com futebol a partir de 2000. Foto: Arquivo Pessoal

“Eu estou muito confiante, mesmo sabendo que o Flamengo é um time muito forte, né? A gente sabe que na final não tem favorito, mas o coração verde e branco fala mais alto. O Palmeiras é o atual campeão e acho que a gente tem muita chance pra buscar o tri”, finalizou.

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